Não sou exatamente fã do Carlos Drummond. Mas olha que beleza, que sensacional esse poema que desconhecia e achei por aí!
No corpo feminino, esse retiro
- a doce bunda - é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
Pois tanto mais a apalpo quanto a miro.
Que tanto mais a quero, se me firo
Em unhas protestantes, a respiro
A brisa dos planetas, no seu giro
Lento, violento... Então, se ponho tiro
A mão em concha - a mão, sábio papiro,
Iluminando o gozo, qual lampiro.
Ou se, dessedentado, já me estiro,
Me penso, me restauro, me confiro,
O sentimento da morte ei que adquiro:
De rola, a bunda torna-se vampiro.
3 comentários:
Pô, ou todo mundo conhece o poema ou sou o único encantado pel'A bunda?
Poema de bunda é rola, conforme o último verso.
É, Rubão... todo mundo conhece. rs
Abs
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