sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

...

Hoje, prevejo, será uma nova rodada de coices. 

O sono da razão

Ontem banquei o bode expiatório numa apresentação (para um determinado cliente em uma produtora de vídeo) que mais se assemelhou a um sacrifício ritual. Mais não posso dizer, mas saí de lá com uma súbita e estranha compreensão da mente de um vândalo, além da arrebatadora vontade de chutar postes. 
Foi um quadro de Goya. Se o sono da razão produz monstros, a alquimia entre a pusilanimidade e a idiotia produz centauros ciclópicos, que estão por aí entre relinchos de glória e patadas impunes.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Big B* Brasil

Não vi nenhum programa do BBB9 e provavelmente não verei. Mas de vez em quando acompanhar o veneno do pessoal do Tedouumdado no site especial a respeito - aposto - é muito mais divertido! 

Embasbaquei com o vídeo de um playboy narcisista aqui de BH, preterido para a edição deste ano. Segundo li, o distinto - que fala de si na terceira pessoa e se autodenomina Dejota Miranda - é "a pessoa lá fora" de uma tal de Francine. 

Como dizia o Nelson, a profundidade do sujeito é a de uma formiguinha atravessar pires com a água batendo nas canelas. É de rir e chorar. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Anti-agenda

Um fim de semana calórico e caloroso na Serra da Piedade, em Caeté. Hotel vazio, tudo tranqüilo (trema, nada tema: não a abandonarei assim tão facilmente) no desfrute deste retiro. Apesar do céu nebuloso a maior parte da estada, tempo bom e luminoso na companhia de Laura, Gabriela e Margarida - as Três Marias. Enfim, foi sem percalços.

A não ser no início. Pois, logo que chegamos, constatamos, ao abrir o porta-malas, que o cabeça-de-vento aqui havia esquecido a bagagem com todos os seus pertences. Lá vou eu voltar a BH. Meno male que não era tão longe, problema foi encarar o trânsito da cidade no final de tarde de uma sexta.

Por elementar coincidência, quando voltamos, no domingo, Doc havia recebido pelo correio uma agenda 2009 da qual não precisaria. Me ofereceu e aceitei, embora nunca tenha sido sujeito disciplinado para fazer uso.

Porque agora me vem à mente que talvez fosse bom que ninguém tivesse lapsos de memória. Você se lembraria de tudo o que quisesse, seus compromissos, suas senhas, aquela conta a pagar, o dia do dentista. Toda recordação seria compulsória, salvo sua disposição em contrário. Nesse mundo fantástico, talvez as agendas não fossem necessárias. Ao contrário, talvez se transformassem em agendas invertidas, para que você simplesmente marcasse o dia e a hora em que desejasse magicamente apagar alguma memória de seu repertório. De forma oposta ao trabalho que dá lembrar de certas coisas, seria necessário apenas um singelo agendamento para deletar um dia ruim, uma frase fora de hora que magoou alguém, a partida em que seu time perdeu de goleada. Diríamos: - Com licença, tenho que marcar um esquecimento. Falo com você nesse instante. Ou - Sinto muito, hoje não dá; preciso olvidar um trauma de infância muito importante, faz anos que tento conseguir um dia na agenda pra isso. - Ora, é claro que me lembro de você! Estudamos no primário, você sentava na quinta carteira da quarta fila e seu nome é...

Agora, depois deste final de semana, por favor, dá licença que vou à labuta. Tenho mais o que lembrar.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pílulas no divã

Às vezes, me vejo como sujeito afortunado; mas, no mais das vezes, me sinto cagado de arara. 

Aí você descobre que sempre tem alguém em apuros maiores (quase dizia palpos de aranha), o que, indubitavelmente, relativiza a sua situação. Como o caso do prestador de assistência técnica em computadores aqui da agência. O bicho teve a loja roubada - levaram todos os notebooks e máquinas dos seus clientes. Ai. E não creio que ele tenha seguro.

E mais - se tem uma coisa que a prudência ensina é jamais dizer: mais não dá pra piorar. Sempre dá, sempre dá.

 * * *

Por ora, difícil precisar o que é mais esparso neste blog: o número de posts ou o número de acessos. Corpo trabalha, cérebro e tesão tiraram férias.

* * *

Xô ver... da última leva de filmes que vi, indico a quem quiser o clássico A Malvada, o brasileiro Estômago (acho que já falei isso aqui) e Balzac e a Costureirinha Chinesa. O resto é paisagem cinematográfica. 

Ultimamente, assisto muito drama, suspense, filme marromeno cabeça. Sinto falta de uma boa comédia ou um bom thriller de ficção científica. Mas tenho gostos, imagino, peculiares. Não acho a menor graça dos filmes de comédia disponíveis (em geral, americanos) e faz tempo que um sci-fi minimamente assistível, com uma boa história, dá as caras nas prateleiras. Nunca assisti a Star Trek e talvez não seja agora - a nova versão da série continua a parsecs de distância das minhas listinhas de prioridades.

A propósito - a última comédia legal foi Miss Little Sunshine. E a última ficção, não necessariamente de bom-gosto, o discurso de posse do Lula em 2002.

PS. Aliás, rola uma transferência engraçada: tem filme de comédia que dá medo; e filme de terror que só faz rir.

* * *

Só li um pouquinho, mas, do mínimo que li, posso adiantar que o Dilema do Onívoro é bárbaro. Suscita um monte de questões. 

Recomendo fortemente. Pai, mãe, irmãs, amigos, é uma ótima pedida não só para quem se preocupa com o que come, mas também para entender e rever socraticamente algumas convenções, hábitos e modelos de nossa muderna sociedade de consumo. 

Dá vontade de virar hippie. Hurra.

* * *

Este findi, sigo para um hotel no campo com Doc and the little angels! Lá tem lagos para pesca, mas não sei se vou arriscar, posso passar vergonha. A única vez que pesquei, era um garoto de 7, 8 anos. Embora não tivesse problema de pegar e colocar a isca, tirar o peixe de lá me parece complicado até hoje. Dá meio que dó ver o bicho com o gancho de ferro na boca, agonizando, se debatendo. Paradoxalmente, enfiar anzol no c* da minhoca (ou na cabeça, vai saber) não faz nem cócegas.

Já sei. Se as menininhas insistirem em pescar comigo, vou botar milho de isca, dizer a elas que milho é batata; nada melhor pra pegar peixe, não há isca melhor do que milho, que não há peixe que resista a um grãozinho de milho dourado. E aí nada vai morder, não precisarei tirar peixe nenhum do anzol e explicarei aos anjinhos que esses peixes devem estar todos preguiçosos, ou que acabaram de almoçar, é por isso que agora não querem o delicioso milho, depois a gente volta, vamos brincar de tubarão na piscina que é melhor.




segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Emergência

Estávamos numa boa, no sábado, quando minha querida sogrinha ligou de Viçosa, pedindo a Meg para ir à casa do pai. Ele havia desistido de viajar para lá porque havia se sentido mal. 

Meg ligou e, embora o pai insistisse que estava tudo bem, não se sentia tonto nem nada, ela haiva achado a voz dele um tanto quanto arrastada. Em seguida, D. Zezinha insistiu para que ela fosse lá verificar. Depois de alguns minutos, ela ligou uma vez mais para o pai; achou a fluência na voz ainda pior. Seguiu direto para lá. 

Combinamos: se estivesse tudo bem, Meg ficaria um par de horas com o pai, mantendo-o sob observação. Em caso de hospital, ela me ligaria avisando. 

Quando finalmente Meg ligou, já se encontrava no hospital. Hipoglicemia. Por agora, está tudo bem, mas na hora foi um desespero, como contaria depois. O pai, semi-inconsciente, sem condições de ficar de pé, telefonemas em sucessão dos familiares preocupados, ela tendo de falar com a médica, lembrar o endereço para o socorro médico, chamar os vizinhos para acorrerem, dar açúcar, achar os documentos paternos: tudo praticamente ao mesmo tempo. 

Eu me senti mal quando ela falou isso. Deveria ter estado lá para ajudar. 

Cá com meus botões, fico a pensar se eu saberia o que fazer em uma emergência. Ignoro o número do SAMU e meu treinamento de massagem cardíaca e respiração boca-a-boca se baseia nos filmes de Hollywood.

Mas pelo menos eu poderia servir um copo de água com açúcar.  Que seria, no caso, de extrema conveniência a todos - principalmente para o sogrão.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Touché


A Gataça acertou em cheio: me presenteou com uma linda edição de luxo de O Conde de Monte Cristo. Novíssima, recém-lançada, fino acabamento. Dois tomos carnudos, envoltos em uma embalagem de capa dura e com ilustrações originais. Mal posso esperar terminar os outros cinco ou seis livros que estão pela metade e consumar esse clássico pelo qual minha adolescência passou incólume.

Precisamos fazer mais anos de namoro.

Brrr

Falar em assovio - moçada, o vento que faz agora, aqui em cima da Raja Gabaglia, tá de assustar qualquer cristão. Evém uma tempestade medonha. Se tivesse um gravador profissa cá comigo, ia ter acervo sonoplástico pra qualquer produção cinematográfica de casa mal-assombrada e naufrágio. Temos, da nossa perspectiva, uma ampla visão da região oeste de BH. É de lá que o terror se aproxima da agência dos ventos uivantes. 

Pronto. O dia, que tava maior calorzão, virou noite.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Uma translação: assoviando

Io voglio per me le tue carezze, 
Si, io t´amo più della mia vita...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Lost


Anúncio oferece R$ 40 mil para vaga de zelador de ilha paradisíaca

Vaga de zelador rende contrato de seis meses e salário de US$ 150 mil.



Que beleza, hein? Sem ursos polares, fumaça preta do capeta ou outros pra incomodar, seria o bicho. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sincronia

O computador da Meg deu pau. Aí o meu deu pau também. O amor é lindo. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Perguntas

Vida Eletrônica:
Por que o mesmo terminal eletrônico bancário, depois de decretar que o cartão está com problemas de leitura, muda de idéia após a 11ª tentativa?

Vida Bandida:
Filmes e softwares piratas são uma pequena concessão ao crime ou, diante de um mundo como este, uma indulgente concessão a si mesmo? 

Vida Musical:
Há um complô organizado ou é paranóia e mania de perseguição detectar, pelo menos uma vez por dia em alguma das estações de rádio que ouve, um Jorge Vercillo ou uma Fernandinha Takai? Ou o melhor é desligar o rádio, ouvir CD e/ou reavaliar suas preferências? 

Vida Numérica:
É melhor jogar na mega-sena os números que menos caíram até hoje ou os mais sorteados até então? NDA?

Vida Fácil:
É possível prostituir a mente? 

Vida Breve:
Insetos que vivem apenas um dia, procriam e morrem, seriam mais filosófica e biologicamente realizados do que você (caso compreendessem o que isso quer dizer)?

Vida Moderna:
Qual a origem secreta do superpoder, infalível, ao que parece, de provocar a estagnação da fila no caixa de supermercado? Será contagioso ou radioativo? 

Vida Atrasada:
Por que a tudo se adia? Medo da morte ou medo da vida?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Subservientes

Leio no Estado de Minas de hoje que a UFMG está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União, quanto ao uso/destino/gestão de verbas. Polêmica à parte, chamou-me atenção um detalhe. 

Em determinados formatos jornalísticos, é de praxe acrescentar ao texto uma espécie de aposto, entre colchetes, para contextualizar o leitor acerca do assunto ou pessoa de que se fala. 

Muito comum em entrevistas. Sujeito diz algo como "...não víamos iniciativa parecida desde o Barão de Coubertin [idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna]" ou "... foi aí que eu e o Braga[Rubem Braga, escritor, cronista e jornalista brasileiro] decidimos passar o fim de semana em Petrópolis".

Mas, na matéria em questão, a determinada altura do comentário do procurador-geral da UFMG, estranhei o parêntese: "Ir ao STF não é uma afronta às autoridades do tribunal...Uma relação de respeito recíproco não é o mesmo que uma relação de subserviência (submissão)".

Obviamente, o jornalista julgou que o leitor desconhece o significado de "subserviência". E a palavra foi dita pelo entrevistado; estava entre aspas, não se tratava do texto redigido para a reportagem. 

A intervenção era de fato necessária? É preciso explicação neste caso? O leitor, os leitores do jornal, desconhecemos o que significa ser subserviente? Mesmo na remotíssima hipótese de que a resposta seja afirmativa, de que a grande massa ignara absolutamente nunca ouviu, e, se ouviu, não compreendeu o que é subserviência, não incorre o jornalista num arriscado juízo de valor, de menosprezo?  

Na edificação que é todo texto, desde que este não o conduza pelos corredores do pernosticismo e do rococó, qualquer encontro com uma palavra nova deve ser salutar, de bom grado, de bom tom. Deve-se perder a vergonha com a deslumbrante, fascinante Palavra Nova. Diante dela, cabe, por que não, tirar o chapéu e exclamar, educadamente: - "Prazer, madame. Encantado. Qual a vossa graça? Porventura, de onde vieste?" 

A busca pelo conhecimento deve sobrepujar a timidez e a preguiça mental, e, em muitos casos, dar a coisa toda mastigadinha ao leitor é abdicar da oportunidade de ele se exercitar - nem que seja esticar as pernas para buscar o dicionário. 

Como círculos concêntricos em um lago, os pequenos parênteses deste evento remetem a episódios da mesma natureza, só que ainda mais amplos, em outras escalas sociais. Isso, na minha opinião, mesmo em se tratando dessa areia movediça chamada indústria de massa, é nivelar por baixo. Tudo: os critérios da criação publicitária, as composições da atual MPB, as produções cinematográficas, a competência exigida por profissionais de quaisquer áreas, as relações interpessoais. 

É ser subserviente ao estado de obtusidade e aviltamento geral.





A situação periclita

Chefe, em tom de confissão ou desabafo, acabou de falar que a coisa tá braba, a crise tá pegando geral. Nenhuma demanda, nenhum serviço, nenhum e-mail solicitando trabalho (normalmente, são uns 50 por dia). As empresas obliteram seus orçamentos, adiam os pedidos, aviltam os custos, acurralam os prestadores. Todos aguardam a turbulência passar. Chefe revela que a esperança é sobreviver, sobreviver é a palavra utilizada, ao primeiro trimestre. 

E me fita, dizendo funestamente dentro dos meus olhos: - "A coisa é séria! Séria!".


O nome da Pulga

Ninguém perguntou, mas, na minha imodesta opinião, a partir do exato instante em que o centrocampista Agamenon, do Guarani de Divinópolis, anunciar ao mundo sua aposentadoria dos campos, nossa admiração estará enfim livre e pronta para testemunhar o maior craque de bola dos próximos cinco, dez anos - Lionel Messi.

Enquanto La Pulga mantiver as pernas ágeis e a velocidade, acho que não tem pra ninguém: o moleque está sobrando. E, com o tempo, como em qualquer outra profissão - do sapateiro à vendedora da Avon - o virtuose apura, depura, encanta quanto mais decanta: o que há de essencial, de denso, de profundo, vai se desvencilhando do supérfluo.

Cumpre registrar que, para mim, esse demônio se conjurou pela primeira vez  num mundialito sub-alguma coisa (sub-17, creio) promovido pela FIFA em 2005, na Alemanha, quando ele,  praticamente sozinho, derrotou a Seleção Brasileira, por 2 x 1. Vi na TV o menino fazer o diabo e, depois de descobrir sua identidade e ouvir o seu nome, tive um desses assombros malignos e fatais. 

Como se sabe, nos círculos esotéricos e nos inextricáveis labirintos da magia, nome é muito importante; nome é poder, dizem; é preciso sabê-lo ao integral e corretamente, seus significados mil e suas transliterações cabalísticas e suas pronúncias tais e quetais, para invocar das profundezas as forças certas, para descerrar o véu entre as dimensões herméticas sem se machucar. O conhecimento inequívoco de obscuras nomenclaturas, das sagradas às mais profanas, conserva os dentes e a alma.

Ora, que de magia entendo eu? Nada. Mas Messi - Messi parece um desses nomes mágicos, predestinados, irresistíveis - como Rossi, Pelé, Platini e Zinedine Zidane, no futebol; Napoleão Bonaparte, Matarazzo, Merlin ou Carlos Drummond de Andrade, noutros gramados. Outro me ocorre: Chico Buarque. Alguém se chama ou se chamaria Francisco Buarque de Hollanda, assim, impunemente?

Bem. De volta a Messi e seus caprichos. O menino é um espanto. Por onde passa, é aplaudido pela própria torcida e pela torcida adversária. Não treme diante das chuteiras perdigueiras que o caçam como a uma lebre. Em seus arranques vertiginosos, a bola lhe é inviolável. Na cara do gol, tem uma frieza assassina. Quando Messi brilha, todos os outros parecem figurantes irreais e indistintos. E de repente se descobre que o público na arquibancada parece ter saído de casa não apenas para seu time de coração, mas para o espetáculo de um homem só. Um menino, ainda. O povo ri com seus dribles ariscos, o povo prende a respiração em suas arrancadas delirantes. 

Talvez me apedrejem aqui por dizer tudo isso, mas Messi me lembra Chaplin, lembra Garrincha e lembra até aquilo que todos sentimos quando em 2002 vimos o Denílson perserguido por uma horda de turcos sedentos de sangue, lembram?

Lionel Messi. Ainda vamos ouvir muito este nome. Cultuado como um semideus no céu do Olimpo alviceleste, amaldiçoado como um coisa-ruim nos brasis do nosso Hades.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ressaca

Percorro as ruas e desconfio: a cidade respira ressaca. As quase-carrancas, os olhares parados e vazios, o andar lânguido e sonambulento. Os cérebros a meio-pau, as falas em stop-motion. Até os carros parecem solidariamente ressaqueados, como seus ocupantes; como se exalasse dos escapamentos aquele conhecido budum de quem encheu a cara na véspera. 

E por que a cidade rodopia como uma barata bêbada em busca de seu chá de boldo, de seu engov e de seu epocler? Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, acho que nada tem a ver com as taças de champanhe, as bebericagens de vinho ou o glutigluti das canecas de chopp dos últimos dias. 

Acho que a ressaca cidadã vem destes feriados em catadupa - que nos embriagam como um aperitivo das férias que não vieram e nos embotam os sentidos.

Companheiro: como ainda não ganhei a mega-sena, também lhe desejo um excelente mês de trabalho. 

(PS. Aí, Doc: usei catadupa!)