quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ilhado

Acabou-se, é o que parece. Existe culpa? Não creio. Somente se compartilhada.
Para comentar o desenlace, a presença fulgurante de Chiquinho Olhos Verdes:

"Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir"

Viver é isso aí. Por ora, ancoramos no cais. Debelado o motim, a nau ainda precisa de reparos. Mas estamos otimistas. Em breve esperamos partir. E aí, como diria o bom capitão Jack Sparrow, "tragam-me aquele horizonte".

domingo, 25 de novembro de 2007

Trim!

É impressionante o número de enganos que recebo depois que instalei o telefone fixo da Oi. Não falha, é mais assíduo que serviço de despertador de hotel. O pior é que a maioria é de gente sem educação. Tem uma dona, acho que nem foi a primeira vez que a atendi. Começa assim. Eu atendo, com uma voz das profundezas, "Alô". Em vez de dizer "Alô", ela pergunta (pergunta, não: inquere), rápida e cortante - "Quem tá falando?". Diabos, pensei, custa conversar igual gente normal? Hoje (domingo, 9h20, ressaca, isso não se faz) ela me pegou desprevenido e bobo de sono, por isso fui respondendo: "Rubens". E ela: "Quero falar com a mãe do Tuca". "Engano", lhe disse. "Mas quem tá falando?", voltou a mulher. "Rubens", eu disse. Redargüiu: "Mas aí é da casa de quem?". Deu vontade de dizer: "Você não vai acreditar, mas sabe de quem é essa casa? Rubens". E enquanto eu explicava que tinha sido engano, a safada desligou na minha cara.
Preciso de uma secretária. Pode ser eletrônica.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Brasil 1 x 1 Peru

Dunga: "O Vágner Love é um jogador que se movimenta mais, e o Luís Fabiano é mais de área, é mais um jogador de choque. E como a defesa peruana estava se sobressaindo no combate físico, fiz a alteração." ???

A essa miopia inexplicável, soma-se a orientação de botar o Gaúcho atrás e o Kaká na frente, perdendo o melhor dos dois. Pô, apesar da substituição equivocada - sair o Robinho - foi só o Gaúcho ir pra frente, lá na esquerda, que o bicho ficou mais animado, participativo e mais decisivo. Com a amarelinha, ele já não é unaminidade. Botar o cara no círculo central pra dar quinze toquinhos na bola até ele decidir soltar a danada é duro.

Pra quê dois volantes acima de 30? Gilberto Silva já teve seu tempo. Mineiro é mais velho (embora mais veloz). Temos bons volantes por aí e pelas oropa dando sopa.

E se na esquerda temos poucas opções, na direita é o contrário: Cicinho, Daniel Alves, Rafinha.

Se metade do time na linha for de garotada, qual o problema de colocar um experiente no gol, ainda por cima em melhor fase? Ele já orienta os moleques no São Paulo, não ia ter problema.

Os jogos em que o Brasil não perdeu nas eliminatórias não foram fruto do jogo coletivo. O Brasil abriu o marcador em jogadas fortuitas, não construídas. E o treinador com a comissão técnica parecem não ver ou não querer ver isso; acham a crítica em geral motivo de justa indignação. Se a crítica for em dia de vitória então, lá vem a cantilena de que são os mesmos jornalistas venenosos de sempre, que "só vêem o lado negativo" e que "querem tumultuar o ambiente da seleção brasileira". Essa presunção é dose. Graças ao talento pessoal e à improvisação, os caras resolvem a parada dentro de campo e os incautos crêem, embora publicamente não admitam, que o mérito da vitória (ou grande parte dela) é de quem está do lado de fora do gramado.

Muda, muda, e tudo continua a mesma coisa. Mas que esperar de gente que, ainda que bem intencionada, esteja sob o jugo do medieval Ricardo Teixeira?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Friozinho

Eta dia bom de ficar na cama.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Bons links

Que diabo, ainda não achei um jeito de botar os links aí no blog. Tô me sentindo meio burro. Vou tentar depois, com mais calma.

Enquanto isso, indicações de boas leituras, minha gente: blog da Meg, o mesadebar.blogspot, falando de tudo um pouco; as colunas do Reinaldo José Lopes, no portal G1, em Ciências e Saúde (acho que se chama Visões da Vida). Ambos escrevem que é uma beleza.

De futebol, Alberto Helena Júnior, no último segundo, do IG, e Juca Kfouri, do uol blog. Indicaria ainda a trupe do O Globo - Renato Maurício Prado e Fernando Calazans, no esporte, e João Ubaldo e Verissimo, em opinião - mas já tem um tempinho que o jornal restringiu o acesso ao conteúdo online. Tudo coisa boa.

Perdão pela falta dos endereços certinhos, mas o Google tá aí pra isso. Se os três leitores do blog estiverem servidos, depois tem mais.

Borat

Kkkkkkkkkk! Hauhuhauhauhauhuhauauha! Hihihihihihihih! Hoohohohoho! Quáquaquaquaquaqua!

Blogar é...

Faz muito tempo que não me arrisco a escrever crônicas. Quando o fazia, eu não era bom nem tão ruim. Da primeira vez que postei neste blog, observaram que eu deveria melhorar. Talvez quanto à qualidade do texto, o ritmo, os temas, sei lá. Compreendo a observação, mas é um equívoco, me parece. Porque blogar tem outra proposta, pelo menos é assim que vejo.

Neste caso particular, é menos uma experiência do que uma necessidade. Escrevo profissionalmente há anos, e, às vezes, bate vontade de escrever à toa, falar de qualquer coisa, inventar o que se quiser. Não há razão certa que explique por que fazer isso. É da minha natureza, acho. Pergunte a um cão por que ele ladra ou a aranha por que ela solta teia pela bunda.

Acho que blogar pode parecer crônica, às vezes é, às vezes parece e não é. Saber que bicho é esse importa? O fato é que este espaço não tem pretensão nenhuma, nenhuma, ainda mais a literária. Daí as homenagens -implícitas e explícitas - do primeiro post, aos escritores que gosto.

Não sei se blog um dia será um gênero como a crônica, mas em comum eles têm a questão de serem escravos do tempo, ou de um tempo bem específico e pessoal - coisa que o Braguinha (o trecho debaixo de Boêmios no Divã é dele, do texto "Um sonho de simplicidade") dizia: "Sempre escrevi pra ser publicado no dia seguinte". Dita por um gênio como Rubem Braga, a frase toma ares de modéstia. Dita pelo Rubem Brega, fica pedante.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Computador nas costas

Veiera é isso. Há duas semanas, nem fui trabalhar. Fiquei à base de analgésicos e me recuperei. Achei que a crise tinha passado, mas há dois dias estou meio travado, pescoço doendo, dores musculares, o diabo. Só com remedinho mesmo pra tolerar. O pessoal aqui na NETi ficou zoando, dizendo que é nisso que dá ficar dando beijinho pra trás. Ha.

Fui ao médico ontem. Ele diz que isso é comum, uma síndrome nun-sei-lá-das-quantas, a maior parte dos atendimentos dele era em decorrência disso. A causa, pelo que entendi, é de fundo emocional, estresse. Manifesta-se ou em forma de úlcera ou em nódulos musculares na região do trapézio e pescoço - o meu caso.

Voltei para o trabalho e fui imediatamente à sala do chefe, desafiá-lo: - "Sabe o que o médico falou que vai curar essas dores?". Fez que não. Continuei: - "Férias e aumento de salário". Não se fez de rogado: "- Então, lamento dizer que seu caso é terminal".

Pobricitário é isso: só levando nas costas.

Efeméride

Faço hoje 6 anos de Neti Comunicação Integrada. Dá pra comemorar, mas em parte e à parte.

Amores perros

Semana passada, de repente, no meio do serviço, bateu uma vontade, assim, de ter cachorro. De vez em quando essas sensações tomam a gente de assalto. Não sei se era pretexto para prevaricar e deixar de cumprir com as minhas obrigações, mas o fato é que fiquei fuçando na net sobre as diferentes raças, cogitando umas e outras.

Ignoro se aqui no prédio pode ter cachorro. O edifício é novo, todo mundo é primeiro morador, mais ou menos da mesma idade, porém ninguém tem cachorro. Acho que ainda não temos convenção do condomínio, mas permitido mesmo, na bucha, não deve ser. Talvez com cães pequenos, dê pra fazer vista grossa (mas não ouvidos moucos, imagino).

O danado é que eu não gostaria de ter um cão pequeno. Já basta uma vez que fiz um desses testes bobos de frivolidades pela web - pra ver que cão você seria, pela análise de sua personalidade - e deu chiuaua. Encasquetei, fiz o teste novamente, dessa vez mudando as respostas anteriores e - cáspite - deu chiuaua na cabeça!

Eu gostaria de ter um cachorro, sei lá, de grande pra médio, mas que não latisse muito. Minhas irmãs já tem Akita; silencioso, mas muito grande, solta pêlo. Um cão menor. O beagle poderia ser uma boa, mas, diabos, não consigo sentir tanta simpatia por eles. Cocker, nem pensar. Nem shitzu ou lhasa. São cães legais, mas não sei se combinam comigo.

Pesquisei e achei o bull terrier uma opção muito interessante. Li descrições de temperamento e gostei: não late, é alegre, valente e bem-disposto. Como é um cão rústico, não necessita de cuidados especiais e pode viver em pequenos espaços. Mas será que dá pra confiar na palavra dos donos de que não são violentos ou dado a ataques gratuitos? Afinal, ele e a máquina mortífera pitt bull têm um ancestral comum, além do histórico de rinhas. O que eu gostei mesmo no bull terrier é que, á primeira vista, ele é esquisito, estranho, engraçado. Pra quem não se lembra, é aquele cachorro atentado de Snatch - Porcos e Diamantes, branquinho com uma mancha preta no olho. Ele é bonito de tão feio que parece. Não sei explicar.

Taí. Se um dia eu tiver um bull terrier, ele se chamará Lindão.

Futebor

Copa de 2014. Imagino que muita gente já deve estar pensando sobre como ganhar um troquinho. Se estiver aqui em BH, estarei com 30 e alguns anos. E espero que seja com saúde e sem barriga. Um difícil desafio abdominal, mas é aquela história: de que vale barriga tanquinho se a torneira não funciona?

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São Paulo acabou de ser campeão. Pentacampeão brasileiro. Com méritos, mas sem um futebol que empolgue. Aliás, nenhuma equipe vem apresentando futebol - futebol mesmo, na melhor acepção da palavra- nos últimos campeonatos brasileiros. Por fim, não é só o Rogério Ceni que deveria estar na Seleção, não. Abram o olho com esse menino, Hernanes. Alô Dunga, que tá fazendo aí o tal de Fernando?

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Preciso fazer essa bola rolar mais rápido no blog. Não tenho conseguido me disciplinar pra postar com maior regularidade. Vamos ver se daqui pra frente toco só de prima.