sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Camiseta
O slogan da caixa de cotonetes importada que ganhei - "Gentle and Safe". Hmm, isso poderia ou não poderia ser uma frase pra camiseta?
Nome aos boys
Nelson Rodrigues costumava dizer que nome é destino. Ninguém nasce Napoleão Bonaparte impunemente, filosofava.
Este trecho de notíca da Agência Estado me fez ter pena de um pobre rapaz.
Justiça aprova e Wonarllevyston tira Paullynelly Mell do nome
O adolescente Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell (que ainda tem mais quatro sobrenomes que não foram divulgados por se tratar de menor), de 13 anos, obteve na Justiça a alteração de seu nome em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS), o adolescente foi autorizado a mudar o nome no fim do ano passado. Com a mudança, ele continuou com o primeiro nome, Wonarllevyston, pelo qual já era conhecido, e retirou os outros, permanecendo apenas Bruno, além dos sobrenomes não divulgados.
Em audiência, a mãe dele, Dalvina Xuxa, disse que o nome do filho é fruto de diversas sugestões, mas reconheceu ter exagerado, segundo o Tribunal de Justiça do Estado.
/ / /
Que fria, já pensou? Se fosse eu no lugar do pobre Wonarllevyston, como me chamaria? Rubbernylson Valdisnei Celestial Chakra de Kalimantra Wellingtom Cruise Rérrisonfor de Azeyte Ômega?
E se fosse você fosse o filho da Dona Xuxa?
Este trecho de notíca da Agência Estado me fez ter pena de um pobre rapaz.
Justiça aprova e Wonarllevyston tira Paullynelly Mell do nome
O adolescente Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell (que ainda tem mais quatro sobrenomes que não foram divulgados por se tratar de menor), de 13 anos, obteve na Justiça a alteração de seu nome em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS), o adolescente foi autorizado a mudar o nome no fim do ano passado. Com a mudança, ele continuou com o primeiro nome, Wonarllevyston, pelo qual já era conhecido, e retirou os outros, permanecendo apenas Bruno, além dos sobrenomes não divulgados.
Em audiência, a mãe dele, Dalvina Xuxa, disse que o nome do filho é fruto de diversas sugestões, mas reconheceu ter exagerado, segundo o Tribunal de Justiça do Estado.
/ / /
Que fria, já pensou? Se fosse eu no lugar do pobre Wonarllevyston, como me chamaria? Rubbernylson Valdisnei Celestial Chakra de Kalimantra Wellingtom Cruise Rérrisonfor de Azeyte Ômega?
E se fosse você fosse o filho da Dona Xuxa?
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Ninguém
Ninguém precisa conviver com quem não presta. Ninguém merece compartilhar o tempo mais do que o minimamente necessário com os canalhas, os cretinos, os covardes. Ninguém tem que continuamente sofrer e achar que esse padecer intermitente é um fato normal, irrevogável e imutável. Ninguém tem que acatar ameaças, bravatas e ofensas sem ter o legítimo direito de reagir. Ninguém deve ficar calado quando bocas fétidas vertem merda para nausear e conspurcar um dia que não lhes pertence. Ninguém deve permanecer em silêncio diante de pessoas comprometidas com o seu fim.
Porque a vida é curta, curta, curta, amigos. Curta.
Porque a vida é curta, curta, curta, amigos. Curta.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A bunda
Não sou exatamente fã do Carlos Drummond. Mas olha que beleza, que sensacional esse poema que desconhecia e achei por aí!
No corpo feminino, esse retiro
- a doce bunda - é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
Pois tanto mais a apalpo quanto a miro.
Que tanto mais a quero, se me firo
Em unhas protestantes, a respiro
A brisa dos planetas, no seu giro
Lento, violento... Então, se ponho tiro
A mão em concha - a mão, sábio papiro,
Iluminando o gozo, qual lampiro.
Ou se, dessedentado, já me estiro,
Me penso, me restauro, me confiro,
O sentimento da morte ei que adquiro:
De rola, a bunda torna-se vampiro.
No corpo feminino, esse retiro
- a doce bunda - é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
Pois tanto mais a apalpo quanto a miro.
Que tanto mais a quero, se me firo
Em unhas protestantes, a respiro
A brisa dos planetas, no seu giro
Lento, violento... Então, se ponho tiro
A mão em concha - a mão, sábio papiro,
Iluminando o gozo, qual lampiro.
Ou se, dessedentado, já me estiro,
Me penso, me restauro, me confiro,
O sentimento da morte ei que adquiro:
De rola, a bunda torna-se vampiro.
Novo festival
Moçada de BH. O Comida di Buteco acaba de ganhar um clone: Bar em Bar. Na prática, uma re-edição do festival original, com alguns bares já velhos de guerra e outros que debutam, como alguns do Mercado Central.
Quem quiser conferir, acesse: http://www.barembar.com.br
De cara, pensei num que a patroa pode gostar: o Dela Noche (embora de buteco ele não tenha nada, é um restaurantão meio chicoso). Além do prato ser apetecível ao gosto da exigente Doutora, o Dela Noche é pertinho pra gente.
E você? Escolha seu bar, seu par e bom apetite.
Quem quiser conferir, acesse: http://www.barembar.com.br
De cara, pensei num que a patroa pode gostar: o Dela Noche (embora de buteco ele não tenha nada, é um restaurantão meio chicoso). Além do prato ser apetecível ao gosto da exigente Doutora, o Dela Noche é pertinho pra gente.
E você? Escolha seu bar, seu par e bom apetite.
Nossas opções
Copiei do blog do Tas que copiou do blog da Cora Ronái. Ignoro se a Cora é "do mal" ou "do bem" - como nas histórias infantis, a simplificação facilita a vida da gente. Mas deve ser do bem. Ela escreveu sobre o Paes e o Gabeira, mas, de certa forma, traduziu um pouco a indignação com nossos políticos.
Bem, pelo menos lá no Rio eles tiveram opção.
A derrota de Paes
Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado, gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando descaradamente a máquina estadual, federal e universal, beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira por 50 mil míseros votos.
Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante. Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar. Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém?
Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado. Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração.
Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção.
Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante "Liberou geral!"
Nojo, nojo, nojo.
Bem, pelo menos lá no Rio eles tiveram opção.
A derrota de Paes
Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado, gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando descaradamente a máquina estadual, federal e universal, beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira por 50 mil míseros votos.
Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante. Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar. Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém?
Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado. Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração.
Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção.
Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante "Liberou geral!"
Nojo, nojo, nojo.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Toma um Quirido?
1ª visita ao Governo de Minas: Casa Verde, s/ nº, Praça da Liberdade. Reunião que inclui a criação da agência, com diretrizes e parâmetros gerais, o jeito de fazer, o que pode e o que não pode ser dito. Vamos lá, Rubovsky: não vá falar besteira e estragar tudo logo de cara. Prestenção.
Parece que o calor que faz lá fora esquentou os ânimos aqui dentro. Tava um converseiro só entre a alta cúpula aquinagência hoje cedo. Tudo parece calmo agora.
E a briguinha do Fábio Fernandes e o Nizan Guanaes no Maximídia, hein? Tremenda Egofight! No blog do Tas tem uma amostra. Sei lá, acho que ambos tem suas razões e me abstenho. Mas ó, eu casava dezinho no Nizan se ele ainda tivesse aquele corpanzil de antes da redução de estômago.
E, já que o papo tá publicitário, achei formidável a expressão que me contaram: "Tomar um Quirido"! A expressão rola por aí entre os "colaboradores" de uma agência de um amigo e significa tomar um carão, uma chamada desqualificante, reprimenda vexatória ou observação sarcástica do chefe, que começa com um esgar no rosto, seguido do gestinho de vemcá com os dedos e o inevitável bordão - "Ôôô, meu querido...". A censura tem que ser pública, é claro. De preferência, com o cliente vendo.
Vejo na expressão muito futuro, aplicável em inúmeras situações e possibilidades sociais. Afinal, quem é que nunca tomou um Quirido? Brasileiro vive tomando Quirido todo dia.
Parece que o calor que faz lá fora esquentou os ânimos aqui dentro. Tava um converseiro só entre a alta cúpula aquinagência hoje cedo. Tudo parece calmo agora.
E a briguinha do Fábio Fernandes e o Nizan Guanaes no Maximídia, hein? Tremenda Egofight! No blog do Tas tem uma amostra. Sei lá, acho que ambos tem suas razões e me abstenho. Mas ó, eu casava dezinho no Nizan se ele ainda tivesse aquele corpanzil de antes da redução de estômago.
E, já que o papo tá publicitário, achei formidável a expressão que me contaram: "Tomar um Quirido"! A expressão rola por aí entre os "colaboradores" de uma agência de um amigo e significa tomar um carão, uma chamada desqualificante, reprimenda vexatória ou observação sarcástica do chefe, que começa com um esgar no rosto, seguido do gestinho de vemcá com os dedos e o inevitável bordão - "Ôôô, meu querido...". A censura tem que ser pública, é claro. De preferência, com o cliente vendo.
Vejo na expressão muito futuro, aplicável em inúmeras situações e possibilidades sociais. Afinal, quem é que nunca tomou um Quirido? Brasileiro vive tomando Quirido todo dia.
Pregui
1h07 am. Paro por aqui os trabalhos da pós. Não fosse tão preguiçoso, jamais admitiria uma certa satisfação em fazê-los. Me compraz a tarefa de concatenar raciocínios, bordar um ou outro sofismazinho, fletir os músculos cerebrais... No entanto, penso que de alguma maneira é confortável ter a pregui como escusa ou, possivelmente, como auto-absolvição; assim, a segurança de que você poderia ser brilhante, mas não estava no clima, permanece como uma possibilidade que sempre estará com vento a favor.
No fim, é a constatação um pouco triste de uma possível covardia? Talvez.
De burrice, sem dúvida.
No fim, é a constatação um pouco triste de uma possível covardia? Talvez.
De burrice, sem dúvida.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Cotonetes
Sábado teve cervejinha boa com Leo. O amigo, que voltou de uma viagem recente dos EUA, me trouxe de surpresa uma camiseta do Spider-man e uma caixa contendo 500 cotonetes cujo slogan é "Gentle and Safe".
Os cotonetes são piada interna há alguns anos. Entre meus amigos do Serro, tem um que foi aos Estados Unidos com quase tudo subvencionado pela irmã. Na época, ele era um duro. Sem um mango no bolso, achou ainda assim que seria um vexame pra ele voltar da América (onde quase todo mundo compra uma coisinha, um eletrônicozinho, um aipodezinho, um parzinho de tênis, enfim) de mãos abanando. Então, pra não passar atestado de pobreza, pra ninguém dizer que ele foi aos Estados Unidos e não trouxera nada, quase na hora de embarcar para o Brasil, entrou numa free shop, vasculhou o que tava em promoção e fosse o mais baratinho e então comprou caixas e caixas de cotonetes.
Nascia ali uma lenda, e até hoje o bicho paga na pele o imposto dessa importação.
E o Leo, óbvio, não resistiu à tentação de emular a história. Agora, não sei o que o amigo do Serro fez com os cotonetes dele - se deu de presente, se usou e de que forma usou, se revendeu ou estocou. Mas caso eu apareça de orelha suja na rua e controle remoto encardido em casa daqui em diante, podem me cobrar.
Os cotonetes são piada interna há alguns anos. Entre meus amigos do Serro, tem um que foi aos Estados Unidos com quase tudo subvencionado pela irmã. Na época, ele era um duro. Sem um mango no bolso, achou ainda assim que seria um vexame pra ele voltar da América (onde quase todo mundo compra uma coisinha, um eletrônicozinho, um aipodezinho, um parzinho de tênis, enfim) de mãos abanando. Então, pra não passar atestado de pobreza, pra ninguém dizer que ele foi aos Estados Unidos e não trouxera nada, quase na hora de embarcar para o Brasil, entrou numa free shop, vasculhou o que tava em promoção e fosse o mais baratinho e então comprou caixas e caixas de cotonetes.
Nascia ali uma lenda, e até hoje o bicho paga na pele o imposto dessa importação.
E o Leo, óbvio, não resistiu à tentação de emular a história. Agora, não sei o que o amigo do Serro fez com os cotonetes dele - se deu de presente, se usou e de que forma usou, se revendeu ou estocou. Mas caso eu apareça de orelha suja na rua e controle remoto encardido em casa daqui em diante, podem me cobrar.
Previsão Meteoropostológica
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Coletânea
Um pequeno apanhado das manchetes hoje. Associei-as por correlação:
- 'Gás do pum' pode reduzir a pressão alta
Estudo encontrou sulfeto de hidrogênio nas paredes venosas
- Peito pequeno: Café diminui os seios
Mais de três xícaras por dia afetariam hormônios femininos
- Mulher é presa por matar marido virtualmente
Japonesa ficou brava por causa de divórcio virtual
- Banida das piscinas, Rebeca Gusmão vai jogar a liga nacional de futebol feminino
- Berlusconi quer separar aluno italiano de estrangeiro
- Bandidos invadem prédio na Zona Sul de Niterói
- Liv Tyler passeia com cão
- Michael Jackson tira o dia para cuidar da beleza
- Dinossauros dominaram o mundo por pura sorte, afirma estudo
Comparação de répteis com principais rivais não revelou superioridade.
- O Rei está amando
Roberto Carlos está namorando uma estudante de medicina de 23 anos
- 'Gás do pum' pode reduzir a pressão alta
Estudo encontrou sulfeto de hidrogênio nas paredes venosas
- Peito pequeno: Café diminui os seios
Mais de três xícaras por dia afetariam hormônios femininos
- Mulher é presa por matar marido virtualmente
Japonesa ficou brava por causa de divórcio virtual
- Banida das piscinas, Rebeca Gusmão vai jogar a liga nacional de futebol feminino
- Berlusconi quer separar aluno italiano de estrangeiro
- Bandidos invadem prédio na Zona Sul de Niterói
- Liv Tyler passeia com cão
- Michael Jackson tira o dia para cuidar da beleza
- Dinossauros dominaram o mundo por pura sorte, afirma estudo
Comparação de répteis com principais rivais não revelou superioridade.
- O Rei está amando
Roberto Carlos está namorando uma estudante de medicina de 23 anos
Vou trocar de orientador na monografia
Como não pensei nele antes?
O Botafogo passa por uma grave crise financeira e tem atrasado os salários dos jogadores. Se você fosse presidente do clube, o que faria para resolver essa situação?
Tem que ter parceiros, investidores, patrocinadores, buscar recursos. Eu, que entendo muito de marketing, sei que o futebol sem o marketing é inviável fazer futebol sem isso. Você não consegue contratar grandes jogadores e é preciso tomar cuidar com a sua receita. Você não pode gastar mais do que ganha. Essa é a primeira lição básica do futebol e da economia.
Túlio Maravilha, para o GloboEsporte.com
O Botafogo passa por uma grave crise financeira e tem atrasado os salários dos jogadores. Se você fosse presidente do clube, o que faria para resolver essa situação?
Tem que ter parceiros, investidores, patrocinadores, buscar recursos. Eu, que entendo muito de marketing, sei que o futebol sem o marketing é inviável fazer futebol sem isso. Você não consegue contratar grandes jogadores e é preciso tomar cuidar com a sua receita. Você não pode gastar mais do que ganha. Essa é a primeira lição básica do futebol e da economia.
Túlio Maravilha, para o GloboEsporte.com
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Resquícios
Sei que vai me desmoralizar perante a tropa e a sólida reputação de minha macheza pode sofrer alguns abalos (espero que sejamtemporários) - mas foi isso mesmo.
Desde o baile em Viçosa na noite de sábado - desde aquela hora em que bailes tocam anos 80 para dizer que o fim está próximo -, que uma musiquinha infantil me pentelhava. Ora de dia, ora de noite. Ia e voltava, sem pedir licença.
Resolvi vencer a vergonha alheia. Cheguei na agência e expus aos colegas: "Pessoal, não sei a letra, não sei quem canta. É assim-assim...". Vermelho e Helena são cantores, tremenda cultura musical, devem conhecer a musiquinha. Mas a minha pulga multiplicou-se na orelha de todos; logo, o estúdio inteiro debatia e procurava a resposta na internet.
Depois de um tempo sem sucesso, a busca cessou - disseram que era da Xuxa. Não era. Eu insisti e acabei encontrando: Trem da Alegria, Dona Felicidade.
Acho que não tem a ver com complexo de Peter Pan, nem com nada de nostalgia, principalmente nessa quadra da vida. E, embora cinismo cresça com a idade, é bom saber possuir alguma coisa que não sei nominar; um fiapinho que não deve ser escovado como simples sonho pueril, embora você tenha consciência de ser uma ingenuidade agora intolerável. Mas é algo que se recusa a partir, mesmo de carona em lágrimas impertinentes.
Desde o baile em Viçosa na noite de sábado - desde aquela hora em que bailes tocam anos 80 para dizer que o fim está próximo -, que uma musiquinha infantil me pentelhava. Ora de dia, ora de noite. Ia e voltava, sem pedir licença.
Resolvi vencer a vergonha alheia. Cheguei na agência e expus aos colegas: "Pessoal, não sei a letra, não sei quem canta. É assim-assim...". Vermelho e Helena são cantores, tremenda cultura musical, devem conhecer a musiquinha. Mas a minha pulga multiplicou-se na orelha de todos; logo, o estúdio inteiro debatia e procurava a resposta na internet.
Depois de um tempo sem sucesso, a busca cessou - disseram que era da Xuxa. Não era. Eu insisti e acabei encontrando: Trem da Alegria, Dona Felicidade.
Acho que não tem a ver com complexo de Peter Pan, nem com nada de nostalgia, principalmente nessa quadra da vida. E, embora cinismo cresça com a idade, é bom saber possuir alguma coisa que não sei nominar; um fiapinho que não deve ser escovado como simples sonho pueril, embora você tenha consciência de ser uma ingenuidade agora intolerável. Mas é algo que se recusa a partir, mesmo de carona em lágrimas impertinentes.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Humor
Tenho inveja das pessoas que conseguem manter o bom-humor regularmente ao longo do dia e dos dias. Gente que acorda a mil por hora, sorrisão na cara, semblante bom. Eu, não.
Tenho medo de ser bipolar e/ou ciclotímico, nem que seja um grauzinho. Sei de quem certamente deveria ser classificado como Tripolar - já namorei algumas - mas esse risco não corro, sou no máximo um modelo mono.
Tenho preguiça de ser político com as pessoas quando o humor não está em alta. Sinto-me despreparado para fazer o social em qualquer situação. Se não dou ligança pra ninguém, também não perturbo: prefiro a quietude. Antes meditabundo que nauseabundo.
Tenho noção de que, quando estou com o ânimo em baixa, sou péssima, péssima companhia. Não converso, não me interesso, não me importo. Sou o desestímulo total e contagiante.
Tenho consciência, por outro lado, de que, animado, sou ótimo. Faço rir, faço graça, sou um grande companheiro. Algumas vezes, nessas ocasiões, me ocorre o registro (uma nota mental com um assimzinho de melancolia) dessa euforia fugaz e passageira, justamente por sabê-la breve e transitória e pelo querer inútil de que esse estado de espírito fosse perene.
Tenho pavor de um dia chegar à conclusão de que, no fundo, sou é um mal-humorado com recaídas.
Tenho convicção de que o humor é uma das coisas mais valiosas que alguém pode desejar possuir e compartilhar com o outro. E por mais bem que o seu humor faça a outrem, ele é ainda melhor para si mesmo. O humor é uma forma de sobrevivência.
Tenho medo de ser bipolar e/ou ciclotímico, nem que seja um grauzinho. Sei de quem certamente deveria ser classificado como Tripolar - já namorei algumas - mas esse risco não corro, sou no máximo um modelo mono.
Tenho preguiça de ser político com as pessoas quando o humor não está em alta. Sinto-me despreparado para fazer o social em qualquer situação. Se não dou ligança pra ninguém, também não perturbo: prefiro a quietude. Antes meditabundo que nauseabundo.
Tenho noção de que, quando estou com o ânimo em baixa, sou péssima, péssima companhia. Não converso, não me interesso, não me importo. Sou o desestímulo total e contagiante.
Tenho consciência, por outro lado, de que, animado, sou ótimo. Faço rir, faço graça, sou um grande companheiro. Algumas vezes, nessas ocasiões, me ocorre o registro (uma nota mental com um assimzinho de melancolia) dessa euforia fugaz e passageira, justamente por sabê-la breve e transitória e pelo querer inútil de que esse estado de espírito fosse perene.
Tenho pavor de um dia chegar à conclusão de que, no fundo, sou é um mal-humorado com recaídas.
Tenho convicção de que o humor é uma das coisas mais valiosas que alguém pode desejar possuir e compartilhar com o outro. E por mais bem que o seu humor faça a outrem, ele é ainda melhor para si mesmo. O humor é uma forma de sobrevivência.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Que país é esse
Ia falar de assassinatos; prefiro não.
Amenidades, então. Outro dia, uma notinha, de tão pequena e desapercebida que lhe cabia mesmo a estatura de rodapé.
Dizia que Amarildo, o possesso Amarildo, um dos imprescindíveis da conquista do bi em 62, no Chile, fora barrado às portas do Maracanã em um jogo aí qualquer.
Hoje, outra notícia. Sobre Falcão, do futsal. Termina a final da Copa neste domingo, o Brasil vence a Espanha nos pênaltis. Jogadores de ambas as seleções se cumprimentam esportivamente em quadra. Falcão se aproxima do bololô e desfere um soco covarde num desavisado jogador espanhol. Depois, se refugia atrás de torcedores, do banco de reservas, sei lá. Nenhuma TV registra a cena. Mais tarde, reportagens cobrem sua homenagem no hall da fama do Mário Filho, onde cimentou suas pegadas ao lado das solas mais ilustres do futebol brasileiro. Sorriso, acenos, pose para os fotógrafos.
Entre notas do caderno policial ou das páginas esportivas, morre um pouquinho a pátria de cada dia. Ainda pagaremos seu enterro.
Amenidades, então. Outro dia, uma notinha, de tão pequena e desapercebida que lhe cabia mesmo a estatura de rodapé.
Dizia que Amarildo, o possesso Amarildo, um dos imprescindíveis da conquista do bi em 62, no Chile, fora barrado às portas do Maracanã em um jogo aí qualquer.
Hoje, outra notícia. Sobre Falcão, do futsal. Termina a final da Copa neste domingo, o Brasil vence a Espanha nos pênaltis. Jogadores de ambas as seleções se cumprimentam esportivamente em quadra. Falcão se aproxima do bololô e desfere um soco covarde num desavisado jogador espanhol. Depois, se refugia atrás de torcedores, do banco de reservas, sei lá. Nenhuma TV registra a cena. Mais tarde, reportagens cobrem sua homenagem no hall da fama do Mário Filho, onde cimentou suas pegadas ao lado das solas mais ilustres do futebol brasileiro. Sorriso, acenos, pose para os fotógrafos.
Entre notas do caderno policial ou das páginas esportivas, morre um pouquinho a pátria de cada dia. Ainda pagaremos seu enterro.
Viçosa
Fim de semana ótimo na "cidade educadora". Fui muito bem acolhido pelos pais da doutora. Fiquei um pouco nervoso, procedendo a tudo com cautela para não dar bandeira na casa dos sogros. Lembrava-me o tempo inteiro de Entrando numa fria, e sei lá, meio que às vezes me sinto o próprio Ben Stiller. À exceção de algum ou outro deslize e contratempos menores - como o café que entornei de forma caudalosa no derredor do meu prato, exatamente um segundo após D. Zezinha adverter a pequena Bibi para não fazer bagunça e não sujar a limpíssima toalha (que, se bobear, deve estar na família há gerações e, como grande parte dos objetos da casa, peça importada)-, acho que me salvei.
A chuva que caiu a partir das 19h de sábado não chegou a atrapalhar o baile no clube, numa noite que só acabou quase nove da manhã, horário de verão incluído. Todos dançamos, conversamos e nos divertimos.
A viagem de volta foi tranqüila. Só uma altercaçãozinha de Bibi, que, enjoada, tadinha, esperou até a gente parar para só então vomitar dentro do carro.
Fomos e voltamos bem, graças a Deus; temos muitos trabalhos pela frente, boa comida na panela, sonhos por que lutar e até o chato do Eduardo Almeida Reis anda melhorando. Boa semana pra você também.
.
A chuva que caiu a partir das 19h de sábado não chegou a atrapalhar o baile no clube, numa noite que só acabou quase nove da manhã, horário de verão incluído. Todos dançamos, conversamos e nos divertimos.
A viagem de volta foi tranqüila. Só uma altercaçãozinha de Bibi, que, enjoada, tadinha, esperou até a gente parar para só então vomitar dentro do carro.
Fomos e voltamos bem, graças a Deus; temos muitos trabalhos pela frente, boa comida na panela, sonhos por que lutar e até o chato do Eduardo Almeida Reis anda melhorando. Boa semana pra você também.
.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Ueba
O primeiro passo para o projeto de pesquisa foi dado! Recebi a resposta do e-mail que mandei ao professor; que disse que "acertamos na mosca", que os "elementos iniciais do trabalho já estão delineados, restando o desenvolvimento" e "que está honrado em aceitar prontamente o convite de orientador", querendo até encontrar conosco fora do horário de aula. Como não escrevi nada hoje, ponho o email a seguir - tá meio prolixo; mas julguei necessário que fosse assim, dadas as circunstâncias. Sambarilovi, toca pintinho. Simbora.
"Olá, professor!
Eu e Igor somos seus alunos em Metodologia do Trabalho Científico, no curso Gestão de Marcas do IEC.
Sentimos pela demora. Estamos cientes do atraso de uma semana; e embora não seja nossa intenção reproduzir aqui o reconhecível e habitual tom das desculpas, os numerosos compromissos da vida profissional não superam as dificuldades características e pertinentes à definição de um problema, momento crucial de todo trabalho científico.
De forma que, se ainda não apresentamos um pré-projeto, formatado segundo os trâmites usuais, gostaríamos de delinear o arremedo de algumas idéias para o trabalho.
Sempre nos chama atenção o fato de a grande parcela da literatura disponível, conhecimento utilizável e ferramentas de gestão em branding sejam baseadas ou focadas nas experiências que envolvem grandes empresas, grandes marcas, multinacionais, organizações de grande porte.
É possível inferir em nossa capital, por exemplo, que a questão da gestão de marcas seja uma preocupação restrita às grandes organizações - indústria automobilística, operadoras de telefonia, mineradoras.
A caminharmos nesta linha de raciocínio, perguntamo-nos:
E os pequenos? Quem cuida da gestão de marca deles? É possível assumir este papel? É viável?
Admitindo-se que a resposta seja afirmativa, há, sem dúvida, todo um mercado de pequenas e médias em Belo Horizonte sem assistência em gestão de marca.
Consultorias, como a Troiano, e profissionais liberais que atuam na área prestam serviços a empresas que podem pagar o custo de um serviço complexo e multidisciplinar como o branding.
Mas, não serão as médias e pequenas um expressivo e intocado nicho de mercado? Como montar para estas empresas um modelo de prestação de serviço que comporte sua falta de cultura em comunicação e marca, sua desconfiança e resistência a interferências externas, sua provável baixa disponibilidade financeira para investimentos, pesquisa, construção de reputação, identidade e gestão da marca?
Esta é a linha que gostaríamos de seguir: como seria esse modelo de prestação de serviços, como adaptar e estruturar um modelo de gestão de marca adequado à realidade das pequenas e médias empresas de Belo Horizonte.
No entanto, ainda não nos sentimos exatamente seguros quanto ao tema; temos dúvidas e outras observações. Por isso, queremos muito ouvi-lo e discutir o assunto com o Sr. o quanto antes. Inclusive, caso seja de seu interesse e disponibilidade, gostaríamos de oficializar o convite: talvez o Sr. possa nos brindar com a honra de ser o orientador do nosso projeto.
Com os melhores cumprimentos,
R."
"Olá, professor!
Eu e Igor somos seus alunos em Metodologia do Trabalho Científico, no curso Gestão de Marcas do IEC.
Sentimos pela demora. Estamos cientes do atraso de uma semana; e embora não seja nossa intenção reproduzir aqui o reconhecível e habitual tom das desculpas, os numerosos compromissos da vida profissional não superam as dificuldades características e pertinentes à definição de um problema, momento crucial de todo trabalho científico.
De forma que, se ainda não apresentamos um pré-projeto, formatado segundo os trâmites usuais, gostaríamos de delinear o arremedo de algumas idéias para o trabalho.
Sempre nos chama atenção o fato de a grande parcela da literatura disponível, conhecimento utilizável e ferramentas de gestão em branding sejam baseadas ou focadas nas experiências que envolvem grandes empresas, grandes marcas, multinacionais, organizações de grande porte.
É possível inferir em nossa capital, por exemplo, que a questão da gestão de marcas seja uma preocupação restrita às grandes organizações - indústria automobilística, operadoras de telefonia, mineradoras.
A caminharmos nesta linha de raciocínio, perguntamo-nos:
E os pequenos? Quem cuida da gestão de marca deles? É possível assumir este papel? É viável?
Admitindo-se que a resposta seja afirmativa, há, sem dúvida, todo um mercado de pequenas e médias em Belo Horizonte sem assistência em gestão de marca.
Consultorias, como a Troiano, e profissionais liberais que atuam na área prestam serviços a empresas que podem pagar o custo de um serviço complexo e multidisciplinar como o branding.
Mas, não serão as médias e pequenas um expressivo e intocado nicho de mercado? Como montar para estas empresas um modelo de prestação de serviço que comporte sua falta de cultura em comunicação e marca, sua desconfiança e resistência a interferências externas, sua provável baixa disponibilidade financeira para investimentos, pesquisa, construção de reputação, identidade e gestão da marca?
Esta é a linha que gostaríamos de seguir: como seria esse modelo de prestação de serviços, como adaptar e estruturar um modelo de gestão de marca adequado à realidade das pequenas e médias empresas de Belo Horizonte.
No entanto, ainda não nos sentimos exatamente seguros quanto ao tema; temos dúvidas e outras observações. Por isso, queremos muito ouvi-lo e discutir o assunto com o Sr. o quanto antes. Inclusive, caso seja de seu interesse e disponibilidade, gostaríamos de oficializar o convite: talvez o Sr. possa nos brindar com a honra de ser o orientador do nosso projeto.
Com os melhores cumprimentos,
R."
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Imaginando férias
Enquanto pleiteio alguns dias de férias e decreto uma CPI nas minhas contas, fico a viajar na imaginação, que ainda é de graça e livre de impostos. No Uol, manchete de um roteiro turístico sobre as Ilhas Maurício me atraiu.
Imagina, você passeando nessa estradinha (mesmo com sistema de tráfego à inglesa).
Dizer o quê?
Port Louis, a capital, parece interessantíssima.
Lá rola hinduísmo, islamismo e catolicismo. Um verdadeiro ipod religioso.
Lá rola hinduísmo, islamismo e catolicismo. Um verdadeiro ipod religioso.
Ai de mim, não me perguntem o custo do investimento, que não sei, tenho raiva de quem sabe e muito mais de quem pode.
Mas é aquela maravilha de sempre: céu iridescente, paisagens estonteantes, o azul do Índico, o dolce far niente dos trópicos.
No fim, o que surpreendeu mesmo foi o pitoresco nome de ilhas que formam o arquipélago. Deve ser quase impossível evocar uma imagem ou idéia de onde ou do que se está falando. Imagine chegar para alguém sem conhecimento prévio e dizer que vai para "Cargados Carajos".
Ninguém imagina.
Ô gente!
Ouvi o programa eleitoral no rádio, agorinha. "Agorinha" é beleza, não? Êta flor do Lácio. Pois então. Cada vez mais o prélio no curral eleitoral de BH se revela periclitante para o gado: encruzilhamos entre o populismo caricato perigoso e o perigo oculto fabricado.
Prestenção, gente. Dia 26 é o dia do nosso abate.
Prestenção, gente. Dia 26 é o dia do nosso abate.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Novos negócios
Eu ia escrever “A gangorra das bolsas e o carrossel financeiro mundial me levam...”. Me levam a quê. A onde? Estaquei na busca de uma comparação que me socorresse. Diante do impasse, cortei caminho para outra história.
À órbita de idéias para novos negócios - sem jamais possuir os recursos econômicos e intelectuais para implementá-los -, imaginei um Armazém de Metáforas. Claro, a iniciativa não é original: já me ocorre que Nelson Rodrigues abrira uma loja de frases para Otto Lara Resende. Mas, por que não estender o conceito? Afinal, como faz falta hoje uma boa metáfora! Sobretudo para posts em blogs.
Se os negócios prosperassem, a expansão comercial poderia ser viável, inclusive com a ampliação da linha de produtos para atender a novos nichos e aumentar o market share. Que tal uma franquia de figuras de linguagem? Redes de fast letter com frases recheadas de onomatopéias de boi, porco, aves e peixes, a gosto do freguês. Mercearias onde nada faltasse, nem um grama de zeugma ou um potinho de elipse. Uma drugstore com remédio para casos de prolepses, disfemismo e anacoluto. Armarinhos para pequenas urgências, como um eufemismo na parte interna da manga assim como quem prega um botão. Butiques com o que há de melhor na moda mundial - hipérboles ultradecotadas e paradoxos de nobre tecido - e também com o que nunca sai de moda - o velho e bom sarcasmo, surrado mas utilíssimo para diversas ocasiões sociais. Calçaremos frases elegantes com metonímias, assim como quem calça botas, e experimentaremos metáforas em períodos curtos e apertados, assim como quem troca um sapato que não serviu. E, quem sabe, você venceria a timidez de entrar em uma sexshop para perguntar à balconista se ali eles vendiam “Clímax”, quais tamanhos e sabores disponíveis.
Contudo, nem todas as figuras de linguagem seriam acessíveis ao grande público. Ironias, por exemplo. Jóias raras, finas, preciosas. E por elas você costuma pagar caro.
À órbita de idéias para novos negócios - sem jamais possuir os recursos econômicos e intelectuais para implementá-los -, imaginei um Armazém de Metáforas. Claro, a iniciativa não é original: já me ocorre que Nelson Rodrigues abrira uma loja de frases para Otto Lara Resende. Mas, por que não estender o conceito? Afinal, como faz falta hoje uma boa metáfora! Sobretudo para posts em blogs.
Se os negócios prosperassem, a expansão comercial poderia ser viável, inclusive com a ampliação da linha de produtos para atender a novos nichos e aumentar o market share. Que tal uma franquia de figuras de linguagem? Redes de fast letter com frases recheadas de onomatopéias de boi, porco, aves e peixes, a gosto do freguês. Mercearias onde nada faltasse, nem um grama de zeugma ou um potinho de elipse. Uma drugstore com remédio para casos de prolepses, disfemismo e anacoluto. Armarinhos para pequenas urgências, como um eufemismo na parte interna da manga assim como quem prega um botão. Butiques com o que há de melhor na moda mundial - hipérboles ultradecotadas e paradoxos de nobre tecido - e também com o que nunca sai de moda - o velho e bom sarcasmo, surrado mas utilíssimo para diversas ocasiões sociais. Calçaremos frases elegantes com metonímias, assim como quem calça botas, e experimentaremos metáforas em períodos curtos e apertados, assim como quem troca um sapato que não serviu. E, quem sabe, você venceria a timidez de entrar em uma sexshop para perguntar à balconista se ali eles vendiam “Clímax”, quais tamanhos e sabores disponíveis.
Contudo, nem todas as figuras de linguagem seriam acessíveis ao grande público. Ironias, por exemplo. Jóias raras, finas, preciosas. E por elas você costuma pagar caro.
Do Cildo
Essa é para a Doutora.
Meg, lembra que em Inhotim você ficou particularmente bem impressionada com a obra do tal Cildo Meireles? Ele está com uma exposição em Londres, na Galeria Tate. Em meio a diversas instalações que chamam a atenção - como Babel e a própria Através - uma das obras mais impactantes é Missões, composta por um forro de centenas de ossos bovinos e um tapede de milhares de moedas.
E aí. Bora?
terça-feira, 14 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Espetáculo filosófico
Cá estava me sentindo uma anta, com o cérebro embotado, sem conseguir concatenar lé com cré pra matar um job, quando encontro essa entrevista da Cláudia Alencar, concedida à revista Veja.
É um alívio em meio a essa correria atroz, renova a gente de esperança, me faz querer acreditar mais em mim mesmo.
A atriz Cláudia Alencar, que interpreta a mãe de um rapaz com o poder de parar o tempo na novela Os Mutantes, da Record, está escrevendo uma peça teatral intitulada À Procura de Deus:
De onde veio a idéia de fazer um espetáculo filosófico?
Sempre tive essa vontade. Quero que seja leve e denso. Vou falar sobre filósofos, antigos e modernos, e questionar a divindade. Afinal, o que é Deus?
O que é Deus?
É ser humano? Acho que não. É uma força que rege tudo.
Você sempre se interessou por filosofia?
Sempre. Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O “ama a si próprio como a ti mesmo” vem daí.
Não seria “ama teu próximo como a ti mesmo”?
Isso. Em casa, tive influência indagadora. Meu pai era filósofo e minha mãe, católica. Tenho uma mistura de crenças, tipo um iPod religioso. A espiritualidade é um dos sentidos da vida.
Quais são os outros?
A amorosa reprodução. Quando você gera um filho amorosamente, você se sente Deus, sabe? Você é mãe?
Não.
As pessoas não querem mais ser mãe. Se você for, vai ver. Vai entender o lado divino do ser humano e vai passar para uma segunda dimensão. Os físicos falam isso, não é?
Falam?
É, acho muito poético. Sempre gostei de poesia. Já publiquei três livros. Às vezes, crio uma pérola do tipo “a ansiedade é falta de delicadeza com o andar da natureza”.
É um alívio em meio a essa correria atroz, renova a gente de esperança, me faz querer acreditar mais em mim mesmo.
A atriz Cláudia Alencar, que interpreta a mãe de um rapaz com o poder de parar o tempo na novela Os Mutantes, da Record, está escrevendo uma peça teatral intitulada À Procura de Deus:
De onde veio a idéia de fazer um espetáculo filosófico?
Sempre tive essa vontade. Quero que seja leve e denso. Vou falar sobre filósofos, antigos e modernos, e questionar a divindade. Afinal, o que é Deus?
O que é Deus?
É ser humano? Acho que não. É uma força que rege tudo.
Você sempre se interessou por filosofia?
Sempre. Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O “ama a si próprio como a ti mesmo” vem daí.
Não seria “ama teu próximo como a ti mesmo”?
Isso. Em casa, tive influência indagadora. Meu pai era filósofo e minha mãe, católica. Tenho uma mistura de crenças, tipo um iPod religioso. A espiritualidade é um dos sentidos da vida.
Quais são os outros?
A amorosa reprodução. Quando você gera um filho amorosamente, você se sente Deus, sabe? Você é mãe?
Não.
As pessoas não querem mais ser mãe. Se você for, vai ver. Vai entender o lado divino do ser humano e vai passar para uma segunda dimensão. Os físicos falam isso, não é?
Falam?
É, acho muito poético. Sempre gostei de poesia. Já publiquei três livros. Às vezes, crio uma pérola do tipo “a ansiedade é falta de delicadeza com o andar da natureza”.
Canastrões
Pra mim, não há dúvidas de que os galãs maçarandubas são uma piada. A sensação que tenho é a de que o staff por trás dos filmes de ação se dá conta disso - tudo é canastrão, histriônico e absurdo demais. No máximo, arregaçando as mangas e espremendo o gênero até o caroço, rende duas horas de sessão-pipoca - indigestas ou não. Parece óbvio que, no íntimo, nem neomachões como Triple X, The Rock e Jason Statham, ou clásssicos Chuck Norris, Steven Seagal e Jean-Claude Van Damme se levam a sério. Aliás, é possível acreditar que toda vez que eles demonstraram a pretensão de fazer algo um pouquinho “cabeça” ou passar um verniz de “seriedade” na trama, o efeito tenha sido o inverso: o filme abusa do ridículo. Quanto mais sério o filme de ação tenta ser, menos se torna.
Por isso, achei curiosa a nota divulgada pelo Omelete sobre o novo filme JCVD, a auto-paródia de Van Damme: “O roteiro fala de um astro do cinema, Jean-Claude Van Damme, vivido pelo próprio, que é preso vezes demais nos EUA. Alcoólatra, sua vida vai do sucesso ao fracasso. Agora esse cara está deixando os EUA para se renovar, voltar para Bruxelas e ver seus pais. Ele não tem dinheiro e está procurando qualquer papel em filmes de ação para pagar seus advogados pela custódia dos filhos”.
Por nada não: dadas as circunstâncias, não é que achei até uma boa idéia do roteirista? Uma metalinguagenzinha como essa é igual pizza de 10 real entregue em domicílio: com bom azeite, dá pra passar por cima do recheio e achar razoável. O perigo são certas declarações, como a de que o belga “considera este o melhor filme da carreira”. Aiai, olha uma pretensão ali debaixo daquela azeitona.
Pensando bem, esses caras nunca foram atores; eles são eles mesmos dentro ou fora das telas. Ou então levam a sério demais o papel de canastrão.
Por isso, achei curiosa a nota divulgada pelo Omelete sobre o novo filme JCVD, a auto-paródia de Van Damme: “O roteiro fala de um astro do cinema, Jean-Claude Van Damme, vivido pelo próprio, que é preso vezes demais nos EUA. Alcoólatra, sua vida vai do sucesso ao fracasso. Agora esse cara está deixando os EUA para se renovar, voltar para Bruxelas e ver seus pais. Ele não tem dinheiro e está procurando qualquer papel em filmes de ação para pagar seus advogados pela custódia dos filhos”.
Por nada não: dadas as circunstâncias, não é que achei até uma boa idéia do roteirista? Uma metalinguagenzinha como essa é igual pizza de 10 real entregue em domicílio: com bom azeite, dá pra passar por cima do recheio e achar razoável. O perigo são certas declarações, como a de que o belga “considera este o melhor filme da carreira”. Aiai, olha uma pretensão ali debaixo daquela azeitona.
Pensando bem, esses caras nunca foram atores; eles são eles mesmos dentro ou fora das telas. Ou então levam a sério demais o papel de canastrão.
Dura semana
Prova, problemas pessoais e procrastinações que cobram seu débito. Uma semana de muitos prós contra mim.
Vamos em frente.
* * *
Fim de semana família com Doc and the little Angels! Sábado, ensaio dentro de casa. Domingo, show de Dia das Crianças em um clube recreativo. Sempre um aprendizado ver como essa banda toca.
* * *
Cara, o Galo, quando vence, é efeméride.
* * *
De relance, espiei trechos do debate entre Quintão e Lacerda ontem à noite. O jeito "mineirim" de falar do Quintão me deixa cabreiro - em alguns momentos, lembra certas novelas das seis, em que atrizes/modelas grobais tentam reproduzir com aquela naturalidade o nosso pitoresco sotaque.
Uma hora, deu a impressão de que o Quintão quase falou "poblema" - talvez até tenha sido tentado a falar - pra mó do eleitorado se identificar.
E o inevitável, o inexcedível polegar fazendo positivo ao fim de cada exortação? Mico. Quintão, o candidato das Organizações Tabajara: "O governador do estado e o prefeito da sua cidade querem lhe empurrar um candidato goela abaixo?" Você balança a cabeça que sim. "Cansado de ouvir o blablablá sobre 'aliança' e 'convergência', que você está careca de saber que são conchavos de interesses que não são os seus e os do cidadão comum?" Você balança a cabeça que sim. "Seus problemas acabaram! Chegou Leonardo Quentão, o candidato à PBH que fala a língua do povo! E - não ligue agora - só Quintão tem um plus a mais que os outros candidatos! Depois dele falar do jeitim procê intendê tudim, cê puxa a cordinha que ele faz joinha, sô!".
Enfim, duas pinga e um teco de queijo minas pra quem acertar quem leva essa parada.
Vamos em frente.
* * *
Fim de semana família com Doc and the little Angels! Sábado, ensaio dentro de casa. Domingo, show de Dia das Crianças em um clube recreativo. Sempre um aprendizado ver como essa banda toca.
* * *
Cara, o Galo, quando vence, é efeméride.
* * *
De relance, espiei trechos do debate entre Quintão e Lacerda ontem à noite. O jeito "mineirim" de falar do Quintão me deixa cabreiro - em alguns momentos, lembra certas novelas das seis, em que atrizes/modelas grobais tentam reproduzir com aquela naturalidade o nosso pitoresco sotaque.
Uma hora, deu a impressão de que o Quintão quase falou "poblema" - talvez até tenha sido tentado a falar - pra mó do eleitorado se identificar.
E o inevitável, o inexcedível polegar fazendo positivo ao fim de cada exortação? Mico. Quintão, o candidato das Organizações Tabajara: "O governador do estado e o prefeito da sua cidade querem lhe empurrar um candidato goela abaixo?" Você balança a cabeça que sim. "Cansado de ouvir o blablablá sobre 'aliança' e 'convergência', que você está careca de saber que são conchavos de interesses que não são os seus e os do cidadão comum?" Você balança a cabeça que sim. "Seus problemas acabaram! Chegou Leonardo Quentão, o candidato à PBH que fala a língua do povo! E - não ligue agora - só Quintão tem um plus a mais que os outros candidatos! Depois dele falar do jeitim procê intendê tudim, cê puxa a cordinha que ele faz joinha, sô!".
Enfim, duas pinga e um teco de queijo minas pra quem acertar quem leva essa parada.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Pra fechar
...hoje a infame jornada de pequenas expropriações e furtos do meliantezinho pé-de-chinelo ladrão de linhas. Se pego em flagrante, o infrator diria: - "Liberaí, dotô. Eu rôbo é pra comê."
"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas. Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."
Mario Quintana
Lembra Instantes. Que, dizem, não é de Borges.
Surrupiado daqui.
"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas. Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."
Mario Quintana
Lembra Instantes. Que, dizem, não é de Borges.
Surrupiado daqui.
Calmaria e vendaval
Vinicius de Moraes
Choro e canto,
mato e morro
Corro entre o bem e o mal
Sem querer faço da vida
Calmaria e vendaval
Passarinho e águia brava
Brisa mansa e temporal
Vendo o dia se apagando
Vejo a noite amanhecer
Passo o tempo procurando
Quem me possa responder
Como é que tem quem vive
Sem ninguém por quem morrer
(excerto)
Choro e canto,
mato e morro
Corro entre o bem e o mal
Sem querer faço da vida
Calmaria e vendaval
Passarinho e águia brava
Brisa mansa e temporal
Vendo o dia se apagando
Vejo a noite amanhecer
Passo o tempo procurando
Quem me possa responder
Como é que tem quem vive
Sem ninguém por quem morrer
(excerto)
Frases
Já tive tantos homens na vida que às vezes acho que o FBI devia me procurar, quando quisesse comparar suas impressões digitais.
Mae West
Sexta-feira é o dia em que a virtude prevarica.
Nelson Rodrigues
[Diálogo às cinco da tarde]
LADY ASTOR: Se você fosse meu marido, Winston, eu envenenaria esse chá.
WINSTON CHURCHILL: Se eu fosse seu marido, Nancy,eu tomaria esse chá.
Mae West
Sexta-feira é o dia em que a virtude prevarica.
Nelson Rodrigues
[Diálogo às cinco da tarde]
LADY ASTOR: Se você fosse meu marido, Winston, eu envenenaria esse chá.
WINSTON CHURCHILL: Se eu fosse seu marido, Nancy,eu tomaria esse chá.
Eu, hein
Acho que vou arrancar o post Mia gioventu. Nada contra Io che amo solo te, tão romântica que tem que ser macho pra gostar. Mas a cara de canastra do Sergio Endrigo me olhando esquisito a cada vez que entro no blog... eu, hein!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Voyage
Olha que foto linda achei por aí! Estava no blog Feira Moderna, do Beto Largman (link adicionado), lendo sobre a polêmica da nova pirâmide que pretendem construir na Cidade Luz. Na nota, havia menção à Torre de Montparnasse, de onde parece ter sido tirada esta foto.
Um dia - não sei como, não sei quando, não $ei quanto - eu vou lá. Claro, com minha intérprete.
Um dia - não sei como, não sei quando, não $ei quanto - eu vou lá. Claro, com minha intérprete.
Atualização: (mesmo no link, o blogger não reproduziu a foto em sua máxima magnitude, que se encontra aqui)
Problema, venha até a mim
Nas duas oportunidades em que me formei - em publicidade e jornalismo -, evitei a monografia. Desenvolvi projeto prático como trabalho final para conclusão do curso. O que me exigiu, no máximo, relatórios detalhados além dos projetos.
Equívocos à parte, creio ser um, digamos, simpatizante do espírito científico. Mas a definição de um problema - o big bang de qualquer trabalho desta natureza - sempre me pareceu extremamente difícil. Por isso, escolhi outras vias no passado.
Agora, na pós-graduação de gestão de marcas e identidade corporativa, revela-se improvável repetir o procedimento. A definição de um problema bem que poderia, por si só, metalinguística e tautologicamente, ser o objeto da monografia.
Alguém tem algum problema sobrando por aí? Passe pra cá.
Equívocos à parte, creio ser um, digamos, simpatizante do espírito científico. Mas a definição de um problema - o big bang de qualquer trabalho desta natureza - sempre me pareceu extremamente difícil. Por isso, escolhi outras vias no passado.
Agora, na pós-graduação de gestão de marcas e identidade corporativa, revela-se improvável repetir o procedimento. A definição de um problema bem que poderia, por si só, metalinguística e tautologicamente, ser o objeto da monografia.
Alguém tem algum problema sobrando por aí? Passe pra cá.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Les Surfs - A present tu peux t'en aller
Atenção que a dancinha é impagável. A quase monocoreografia tem sua apoteose no meio do vídeo. Fiquei me imaginando velho, numa festa com meus filhos adolescentes, dançando assim somente para envergonhá-los.
Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Ineficazes
1 - Ver TV
Não há atividade que não seja possível deixar a pessoa mais ineficaz do que ver TV. Se for rede aberta, ainda melhor. É difícil, mas as pessoas que conseguem adquirir o hábito de utilizar todo o tempo livre disponível em frente à televisão são exemplos incríveis de resistência e força de vontade. Ou falta dela.
2 - Primeiro, o menos importante
Prioridade é uma palavra inventada, oca de significado para a pessoa que realmente deseja ser ineficaz. Resista à tentação de priorizar qualquer assunto ou decisão. Caso as forças começarem a lhe faltar, lembre-se: a ordem dos fatores não altera o produto.
3 - Dormir
Dormir é muito bom, é ótimo pra deixar de fazer as coisas que esperam que você faça. Mas, cuidado! Dormir tem seus riscos. Você pode acordar descansado e ter um súbito e animado ataque de disposição.
4 - Postergue
Pra quê deixar de fazer amanhã o que você pode deixar de fazer hoje? Daqui em diante, delete agora mesmo da memória conceitos perigosos como “compromisso”, “responsabilidade” e “agenda”. Relógios de pulso são contra-indicados, a menos que não funcionem direito e façam apenas figuração no figurino. Como você no trabalho.
5 - Culpe alguém
Sempre, sempre é possível transferir para o semelhante as conseqüências do que você fez ou deixou de fazer. Cada vez mais, no mundo de hoje, compartilhar é preciso, e você não quer ser visto como egoísta. Mostre sua abnegação e reparta franciscanamente toda a culpa que tiver entre amigos e inimigos, conhecidos e desconhecidos: "Culpar a alguém sem olhar a quem".
6 - Seja reativo, mas nem tanto
As pessoas consideradas proativas não compreendem uma das maiores sabedorias da vida, que é "quem espera sempre alcança". Toda ação gera reação, mas você não precisa levar isso ao pé da letra. Em se falando de conceitos da física, nunca se esqueça do postulado da inércia que realmente importa: corpos em repouso tendem a se manter em repouso.
7 - Leia blogs
Como este. Em pouco tempo, a leitura constante de certas páginas pessoais virtuais vão elevar o seu grau de ineficácia a patamares que você jamais sonhou. Blogs são tremendas oportunidades de perder seu tempo em diferentes inutilidades. Como esta.
Não há atividade que não seja possível deixar a pessoa mais ineficaz do que ver TV. Se for rede aberta, ainda melhor. É difícil, mas as pessoas que conseguem adquirir o hábito de utilizar todo o tempo livre disponível em frente à televisão são exemplos incríveis de resistência e força de vontade. Ou falta dela.
2 - Primeiro, o menos importante
Prioridade é uma palavra inventada, oca de significado para a pessoa que realmente deseja ser ineficaz. Resista à tentação de priorizar qualquer assunto ou decisão. Caso as forças começarem a lhe faltar, lembre-se: a ordem dos fatores não altera o produto.
3 - Dormir
Dormir é muito bom, é ótimo pra deixar de fazer as coisas que esperam que você faça. Mas, cuidado! Dormir tem seus riscos. Você pode acordar descansado e ter um súbito e animado ataque de disposição.
4 - Postergue
Pra quê deixar de fazer amanhã o que você pode deixar de fazer hoje? Daqui em diante, delete agora mesmo da memória conceitos perigosos como “compromisso”, “responsabilidade” e “agenda”. Relógios de pulso são contra-indicados, a menos que não funcionem direito e façam apenas figuração no figurino. Como você no trabalho.
5 - Culpe alguém
Sempre, sempre é possível transferir para o semelhante as conseqüências do que você fez ou deixou de fazer. Cada vez mais, no mundo de hoje, compartilhar é preciso, e você não quer ser visto como egoísta. Mostre sua abnegação e reparta franciscanamente toda a culpa que tiver entre amigos e inimigos, conhecidos e desconhecidos: "Culpar a alguém sem olhar a quem".
6 - Seja reativo, mas nem tanto
As pessoas consideradas proativas não compreendem uma das maiores sabedorias da vida, que é "quem espera sempre alcança". Toda ação gera reação, mas você não precisa levar isso ao pé da letra. Em se falando de conceitos da física, nunca se esqueça do postulado da inércia que realmente importa: corpos em repouso tendem a se manter em repouso.
7 - Leia blogs
Como este. Em pouco tempo, a leitura constante de certas páginas pessoais virtuais vão elevar o seu grau de ineficácia a patamares que você jamais sonhou. Blogs são tremendas oportunidades de perder seu tempo em diferentes inutilidades. Como esta.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Bronca
Às vezes, dá raiva essa aleatória, maldita e fortuita injustiça da vida. Principalmente nessa porcaria de país com tantos corruptos, canalhas e mentecaptos.
Já quis dormir e gritar ao mesmo tempo?
Já quis dormir e gritar ao mesmo tempo?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Temos que formatar o usuário
Por motivos diversos (nenhum deles a doce irresponsabilidade boêmia, como seria possível ocorrer, de início, a quem conhece o escriba), fiquei 24 horas acordado - das 4h de sexta às 4h de sábado.
Em plena madrugada, usando o uord, consegui a proeza de travar o teclado do notebúqui da gataça. Nada se digitava em nenhum programa do uindous, no qual ela possui todos os arquivos pessoais e os diferentes projetos em que trabalha.
Saí em uma carreira frenética e avassaladora em busca de lojas de assistência técnica abertas no sábado de manhã. Fui em três e deu em nada, a não ser pra escutar, angustiado, a terrível e clássica frase dos "entendidos" diante da maioria dos problemas de computador:
- Temos que formatar o agá-dê!
Tranqüilizei (sou Trema Futebol Clube, dane-se a reforma ortográfica) a doutora, garanti que tudo sairia bem, eu arrumaria tudo. Cheguei na agência com o notebúqui e já ia ligar para os nossos fornecedores quando um abençoado colega destravou o teclado em, sei lá, trinta segundos, assim, como quem chupa um chicabon.
Ignorância é uma merda, não? Mas fico com mais raiva da minha do que a de quem se assume como "Assistência Técnica em Informática".
Em plena madrugada, usando o uord, consegui a proeza de travar o teclado do notebúqui da gataça. Nada se digitava em nenhum programa do uindous, no qual ela possui todos os arquivos pessoais e os diferentes projetos em que trabalha.
Saí em uma carreira frenética e avassaladora em busca de lojas de assistência técnica abertas no sábado de manhã. Fui em três e deu em nada, a não ser pra escutar, angustiado, a terrível e clássica frase dos "entendidos" diante da maioria dos problemas de computador:
- Temos que formatar o agá-dê!
Tranqüilizei (sou Trema Futebol Clube, dane-se a reforma ortográfica) a doutora, garanti que tudo sairia bem, eu arrumaria tudo. Cheguei na agência com o notebúqui e já ia ligar para os nossos fornecedores quando um abençoado colega destravou o teclado em, sei lá, trinta segundos, assim, como quem chupa um chicabon.
Ignorância é uma merda, não? Mas fico com mais raiva da minha do que a de quem se assume como "Assistência Técnica em Informática".
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Em um ano
Nada de interesse público. Mas rolou o seguinte no meu mundinho:
- Terminei namoro de 2 anos
- Bati o carro
- Vendi o carro
- Paguei conserto e seguradora
- Financiei outro
- Peguei empréstimo da Caixa de 20 anos pra casa própria
- Comprei brigas
- Dois parentes próximos partiram
- Entrei na academia pela milionésima vez
- Saí da academia
- Engordei
- Emagreci
- Comecei pós-graduação
- Descobri novos babacas
- Questionei amizades
- Vislumbrei outras
Mas o mais bacana foi ter encontrado uma mulher sensacional. E isso tem a ver com o blog.
Por tudo, e sobretudo por esse fato, sou grato.
Se decepcionei a alguns, desculpem.
Aprendi que cada um dá o que tem.
Pra rimar, amém.
- Terminei namoro de 2 anos
- Bati o carro
- Vendi o carro
- Paguei conserto e seguradora
- Financiei outro
- Peguei empréstimo da Caixa de 20 anos pra casa própria
- Comprei brigas
- Dois parentes próximos partiram
- Entrei na academia pela milionésima vez
- Saí da academia
- Engordei
- Emagreci
- Comecei pós-graduação
- Descobri novos babacas
- Questionei amizades
- Vislumbrei outras
Mas o mais bacana foi ter encontrado uma mulher sensacional. E isso tem a ver com o blog.
Por tudo, e sobretudo por esse fato, sou grato.
Se decepcionei a alguns, desculpem.
Aprendi que cada um dá o que tem.
Pra rimar, amém.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Return to sender
No dia 2 de setembro, enviei e-mail para uma pousada nas cercanias de BH:
"Olá, gostaria de saber quanto está a diária para final de semana - casal, de sábado para domingo. Obrigado,
r"
Hoje, 2 de outubro, a resposta chega. Nem me lembrava mais. Tive que pesquisar sobre a pousada na internet novamente. Mui bien. Eis o teor da resposta, que, por misterioso capricho, precisou vir anexa num arquivo do Word:
"SENHORAS E SENHORES
NÃO RESPONDEMOS VOSSAS MENSGS. POR MOTIVOS DE CONEXAO.
NOSSA REGIAO E DEFICIENTE EM COMUNICACOES VIA INTERNET
SOLICITAMOS, QUE QUASISQUER CONTATO SEJAM FEITOS PELO TELEFONE ____.
POUSADA DAS B____."
Beleza. Isso, um mês depois. Caríssima Pousada das B___, por que deixais então o e-mail como forma de contato em vossa homepage? E já que conseguistes superar as tais dificuldades de conexão, por que não aproveitar e mandar o tarifário junto? Mandastes o e-mail justamente pra dizer que não podes dar uma resposta? Brincastes.
"Olá, gostaria de saber quanto está a diária para final de semana - casal, de sábado para domingo. Obrigado,
r"
Hoje, 2 de outubro, a resposta chega. Nem me lembrava mais. Tive que pesquisar sobre a pousada na internet novamente. Mui bien. Eis o teor da resposta, que, por misterioso capricho, precisou vir anexa num arquivo do Word:
"SENHORAS E SENHORES
NÃO RESPONDEMOS VOSSAS MENSGS. POR MOTIVOS DE CONEXAO.
NOSSA REGIAO E DEFICIENTE EM COMUNICACOES VIA INTERNET
SOLICITAMOS, QUE QUASISQUER CONTATO SEJAM FEITOS PELO TELEFONE ____.
POUSADA DAS B____."
Beleza. Isso, um mês depois. Caríssima Pousada das B___, por que deixais então o e-mail como forma de contato em vossa homepage? E já que conseguistes superar as tais dificuldades de conexão, por que não aproveitar e mandar o tarifário junto? Mandastes o e-mail justamente pra dizer que não podes dar uma resposta? Brincastes.
O líquido expansor da inteligêngia (e da cintura)
Copiei a notícia de um tal canal Bemstar, portal Grobo:
O lado bom da cerveja
Bebida do bem: Apesar de apresentar teor alcoólico, a cerveja pode ser benéfica, desde que consumida com moderação
Malte, cevada, lúpulo e água. Com esses ingredientes principais e um processo complexo de produção, a cerveja é hoje a terceira bebida mais consumida em todo o mundo, atrás apenas do café e do leite. Se ingerida com moderação, a cerveja não apresenta nenhum mal para a saúde. Com 90% de água, a bebida hidrata o corpo. E com apenas três a cinco graus de álcool, como as do tipo pilsen, a cerveja reativa o metabolismo. Além disso, é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Outra preocupação é a cerveja na dieta. Cerveja engorda? É exagero quando se associa 80 calorias de um copo de 200 ml com a formação de barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam. É claro que, se tomar grandes quantidades diárias, fica impossível evitar a “barriguinha”.
Hmmmmm.... dancei.
Vou ficar craque na matemática, subcategoria múltiplos de 80.
Pra vezo de indulgência, a informação não poderia ser mais precisa? O que se quer dizer exatamente com "reativa o metabolismo"?
Legal que dá pra ver que a nota foi redigida por mulher, né? Acho que macho nenhum escreveria "barriguinha".
Pança é muito mais bonito (eufonicamente, eufonicamente.)
O lado bom da cerveja
Bebida do bem: Apesar de apresentar teor alcoólico, a cerveja pode ser benéfica, desde que consumida com moderação
Malte, cevada, lúpulo e água. Com esses ingredientes principais e um processo complexo de produção, a cerveja é hoje a terceira bebida mais consumida em todo o mundo, atrás apenas do café e do leite. Se ingerida com moderação, a cerveja não apresenta nenhum mal para a saúde. Com 90% de água, a bebida hidrata o corpo. E com apenas três a cinco graus de álcool, como as do tipo pilsen, a cerveja reativa o metabolismo. Além disso, é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Outra preocupação é a cerveja na dieta. Cerveja engorda? É exagero quando se associa 80 calorias de um copo de 200 ml com a formação de barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam. É claro que, se tomar grandes quantidades diárias, fica impossível evitar a “barriguinha”.
Hmmmmm.... dancei.
Vou ficar craque na matemática, subcategoria múltiplos de 80.
Pra vezo de indulgência, a informação não poderia ser mais precisa? O que se quer dizer exatamente com "reativa o metabolismo"?
Legal que dá pra ver que a nota foi redigida por mulher, né? Acho que macho nenhum escreveria "barriguinha".
Pança é muito mais bonito (eufonicamente, eufonicamente.)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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