Aproveito as madrugadas insones para ler um pouquinho de história do Brasil. Cara, como eu sabia pouco de nada ou nada de muito. Muitas coisas, até então suspeitadas mas jamais pesquisadas, agora se confirmam, ou surpreendem, ou começam a fazer sentido.
Lógico - a prosa de um Eduardo Bueno ajuda praca. Tirante o sabor e a ironia, são também textos que retratam nossa era: enxutos, práticos, sem o preciosismo de uma avalanche de detalhes, feitos para rápida digestão e, portanto, ideais para preguiçosos congênitos.
Já comprei o Raízes do Brasil, mas, se bem me lembro, tive que abandonar a leitura perto da 100ª página por motivo de força menor. Claro, é bem mais denso - outra época, estilo, proposta - mas ainda darei cabo à tarefa qualquer dia. Ou quaisquer noites.
O fato é que ano passado me deu de ficar cismado com esse vácuo cultural nas andança das minhas idéias e uma certa animação e curiosidade de preenchê-lo. No fundo, fruto de um certo fastio recorrente em reuniões sociais: meu primeiro impulso é sempre resistir à afirmação de que os brasileiros somos naturalmente, em vários sentidos, “pior” do que os outros povos. (Somos, não. Minha fé é que ser humano é tudo igual).
Bem, ainda espero ter coragem de encarar um Gilberto Freyre e talvez mais um ou outro sujeito, mas aí entram as cervejadas: eu teria que enxugar menas pra ter mais tempo - esse "menas" que o brasileiro tanto fala e que a língua-pátria um dia, pelo força do uso, ainda acaba por reconhecer. Nada, nada, perto dos problemas da nossa história, menas mesmo não tem nada de mais.
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