Imprevistos fora, parece que o carnaval no Serro tá se desenhando. Quem sabe dá até pra dar um pulinho em São Gonçalo. Carrapatos, afiem as presas. Aí vou eu.
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Espero que seja como sempre: nada daquela muvuca de Ouro Preto e Diamantina. Mas aquela farra tranqüila de boteco, no máximo um furdunço na Praça João Pinheiro. Hora boa para rever amigos ausentes, gente que se conhece desde menino.
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Aí tem um lado cômico, quase inconfessável. Secreta e maliciosamente, começamos a fazer cálculos, avaliações e jogar com probabilidades. Aquele ali, com a barriga daquele tamanho, não encolhe mais. Puxa, como ela está enxuta. A maturidade a fez bem. Fulano, dou-lhe no máximo dois anos para a careca plena. O divertido é que ninguém nessa vida é estilingue sem ser vidraça e o tempo passa indistintamente para todos.
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As conjecturas ficam restritas ao plano da mente. Já frente a frente, a gente goza a cara um do outro, como lá se diz, direto e reto. Nunca encontrei pessoal mais bem-humorado e hospitaleiro do que o serrano - exceto, talvez, o nordestino. Ô povo que gosta de rir.
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No final, tudo é bandeira branca, amor, e mais de mil palhaços no salão.
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