terça-feira, 9 de junho de 2009

Juventude, do J.M.Coetzee

Rola uma identificação com o estilo do Coetzee. Gosto de suas indagações. Gosto de acreditar (ou de me iludir; quando não, é a mesma coisa) que também seja mais conveniente, fácil ou natural escrever fazendo perguntas do que dando respostas. Gosto de pensar que questões honestas têm lá o seu quilate.

Mezzo autobiográfico, mezzo calabresa, o livro conta a história do jovem inseguro, em busca de reconhecimento literário; o medo, dúvidas, frustrações e amadurecimento ao longo de uma fase cinzenta da vida.

Nascido em 1940, hoje o tal Coetzee é Nobel de literatura e ganhador de outras láureas de valor.

Talvez a disponibilidade do sucesso dependa também de uma predisposição para o fracasso.

Para os bem-sucedidos do mundo, isso é uma sólida verdade; para os fracassados, um alento indulgente; para mim, mais um sofisma.

Nenhum comentário: