Lembram do conjunto formado pelo Bob, Roy, George e outros caras? Ia botar o link, mas me lembrei que alguns conteúdos do oglobo não permitem o acesso. Então colei tudo aqui. A dica é do JamSessions, blog do Jamari França.
Os Traveling Wilburys de novo na área
Bob Dylan, Jeff Lynne, Tom Petty, George Harrison e Roy Orbison
O maior supergrupo da história do rock está de volta às lojas. De existência efêmera, de 1988 a 1990, Os Traveling Wilburys eram George Harrison, Bob Dylan, Roy Orbison, Jeff Lynne (da Electric Light Orchestra) e Tom Petty (líder dos Heartbreakers), cinco amigos reunidos ao acaso por Harrison no que ele chamou de “encontro mágico”. “Se a gente tivesse tentado planejar, jamais reuniria um grupo desses,” diz Harrison no DVD que acompanha a caixa “The true history of the Traveling Wilburys”, com os dois discos gravados em 1988 e 1990, lançada no Brasil pela Warner Music.
Os dois discos têm um rock sessentista misturado com folk e country, no geral boas canções apesar do pouco trabalho dedicado a elas. O primeiro disco foi completado em seis semanas, com a maior parte das composições feita em conjunto: todos reunidos numa sala, violões em punho, jogando versos no ar. Algumas composições eram mais de um ou de outro. Dylan estava às vésperas de uma turnê, daí não acompanhou tudo do começo ao fim.
A história começou quando Harrison tinha que gravar uma canção inédita para o single “This is love”, de seu álbum “Cloud nine”. Ele pediu ajuda a Jeff Lynne, que estava produzindo Roy Orbison e o trouxe junto com ele. Harrison ligou para Bob Dylan para saber se podia trabalhar no estúdio que ficava na casa dele: “Às vezes você liga para Bob e leva anos para falar com ele, mas desta vez ele respondeu de primeira e falou que estava tudo bem,” conta George no documentário. O violão de Harrison estava na casa de Tom Petty, ele passou lá com Lynne e chamou Petty para ir junto.
A música que fizeram foi batizada por Harrison de “Handle with care” porque nada lhe ocorreu e ele viu num caixote esta inscrição, que significa manipule com cuidado. Quando levou na gravadora, Mo Ostin, o chefão da Warner, achou a música boa demais para ir no lado B de um single e perguntou se não dava para transformar aquilo num álbum. Como todos tinham tempo e Dylan ainda podia dispor de algumas semanas, eles toparam e nasceu “Traveling Wilbury’s Vol. 1”.
O nome nasceu de uma brincadeira de Harrison (foto), que chamava de Wilburys os erros de gravação deixados para correção posterior. Daí decidiram ser os Wilburys, filhos de Charles Truscott Wilbury, Senior, com uma genealogia que levava a uma dinastia de serralheiros muito hábeis em instalar e abrir cintos de castidade na Idade Média. E adotaram os nomes de Nelson Wilbury (George Harrison), Otis Wilbury (Jeff Lynne), Lefty Wilbury (Roy Orbison), Charlie T. Wilbury Jr. (Tom Petty) e Lucky Wilbury (Bob Dylan).
O disco, lançado em outubro de 1988, emplacou os sucessos “Handle with care” e “End of the line”, duas canções em midtempo com levada folk rock. Orbison morreu do coração em dezembro de 88 e quando gravaram o clipe de end of the line, botaram um retrato dele sobre uma cômoda e uma cadeira de balanço vazio com um violão em cima para simbolizar sua presença.
Como o disco vendeu 5 milhões de cópias, decidiram fazer um segundo disco em 1990, batizado de “Volume 3” (Harrison inventou que as canções de um volume 2 tinham sido roubadas e pularam o número pra o caso de a banda original voltar a se reunir, o que seria impossível sem Orbison). O sucesso foi menos, mas há canções muito boas, como as animadas “She’s my baby” e “Wilbury twist”, além de “The devil’s been busy” e “7 deadly sins”. No DVD, batizado de Volume 2, há um documentário de 24 minutos sobre a banda, além de cinco clipes. Indispensável para os fãs do rock clássico.
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