terça-feira, 21 de setembro de 2010

Figaro, Figaro

A diferença entre o anti-jornalismo do PIG e uma reportagem imparcial, que coloca os fatos à mesa sem deixar de lado as observações críticas.

Aliás 1, vale a pena ver o FHC no Youtube sendo encurralado por um jornalista inglês. FHC + Hard Talk.

Aliás 2, cada vez mais ulula o óbvio: as eleições este ano não são Dilma contra Serra, são Dilma contra PIG.

Como a virulência do PIG jamais foi tão intensa e a guerra nunca esteve tão declarada como agora, no caso de vitória de Dilma, é preciso rever com urgência as leis que tratam da comunicação no país. Não no sentido de cercear a liberdade de imprensa; isso nunca. Mas, antes pelo contrário: dar mais abertura, regularizar as concessões, estimular a concorrência com a entrada de grupos estrangeiros, favorecer a inclusão digital com banda larga gratuita ou barata, acabar com o monopólio golpista do PIG.

Boêmios no divã, em sua contribuição ínfima contra o PIG.


Lula foi o presidente que modernizou o Brasil, diz jornal francês

Publicação: 21/09/2010 08:24 Atualização: 21/09/2010 08:38



A chamada para a matéria ocupou o alto da capa do 'Le Figaro' (à esquerda) (Reprodução/Le Figaro/internet)
A chamada para a matéria ocupou o alto da capa do 'Le Figaro' (à esquerda)
Uma reportagem na edição desta terça-feira do jornal francês Le Figaro afirma que Luiz Inácio Lula da Silva foi o presidente responsável por "modernizar o Brasil". O texto, que recebeu uma chamada na capa do Le Figaro, é assinado pela correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Lamia Oualalou.

A reportagem conta a história de Ricardo Mendonça, paraibano de Itatuba que se mudou para o Rio de Janeiro à busca de emprego em 2003 e conseguiu entrar na universidade graças a uma bolsa do programa Pro-Uni, do governo federal.

O jornal atribui o sucesso de Mendonça às políticas do governo Lula.
"Histórias como esta de Ricardo o Brasil registra aos milhões. A três meses do fim do seu segundo mandato, este é um país mudado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará ao seu sucessor", escreve o Le Figaro.


Leia a matéria publicada no Le Figaro


'Barbudo onipresente'

O jornal diz que quando Lula chegou ao poder, em 2003, o Brasil era um país sem "grandes esperanças" que havia finalmente dado uma chance a um "turbulento barbudo onipresente na cena eleitoral deste o restabelecimento da democracia". O Le Figaro destaca que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu combater a hiperinflação com o Plano Real, mas que se tornou "muito impopular" antes de deixar o poder em 2002.

Citando analistas políticos brasileiros, o jornal diz que Lula foi responsável por ampliar políticas sociais do governo anterior. "O chefe de Estado reagrupou algumas medidas sociais do seu antecessor e às deu uma dimensão inimaginável", diz a reportagem do jornal. "Pela primeira vez na história, o Brasil assiste a uma redução continua e inédita das desigualdades. Em dois mandatos, 24 milhões de brasileiros saíram da miséria e 31 milhões entraram para a classe média."

O jornal diz que o governo quer agora usar a riqueza dos novos campos de petróleo descobertos no litoral brasileiro para criar um fundo que beneficie os mais pobres. O Le Figaro destaca que apesar dos avanços, o Brasil ainda é um dos mais desiguais da América Latina e do mundo, com altos índices de analfabetismo e problemas crônicos de saúde pública.

O jornal alerta também que as autoridades e parte dos analistas no Brasil não estão imunes a "complacência".

2 comentários:

K disse...

Os franceses adoram o Lula .

Todo governo , se vc presta atenção, tem algo de positivo, fez algo de bom ou muito bom.Os militares por exemplo, criaram a Embraer e o Proalcool.Collor fez a abertura de mercado e ainda, antes dele não havia prazo de validade nos alimentos .A estabilidade do Real e o fim da inflação foram obras de Fernando Henrique mas em compensação, se não me engano,foi ele quem criou a lei de diretrizes e bases que pipocou universidades por todo lado , verdadeiras empresas onde quem paga , passa.
Alguns alegam que isso ajuda a criar massa crítica.Duvido.Acho apenas que inunda o mercado de profissionais ruins e mal preparados.

Rubão disse...

De fato, K. Talvez seja o mínimo que se espera de um governo: não fazer bobagem o tempo todo. No entanto, mais que avaliar qual governo é realmente responsável pelo quê, o busílis da questão é saber quais os critérios que definem o que aqui chamamos de "positivo". Positivo para quem, para que segmento? Positivo de acordo com que princípios? Positivo sob que visão? Pessoalmente, acredito que, nessa linha de raciocínio, o governo Collor e, principalmente, o Éfe Agá, agradaram bastante. Sobretudo àquela significativa parcela da população brasileira.

Valeu o comentário.