quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ecológicas

De rabo de olho, vi uma questão da prova que a gataça ia aplicar. Algo como distinguir entre biocenose, taxocenose e guilda.

Na pressa, ela não quis ou não pôde me dizer exatamente o que significavam.

Nunca estudei biologia, fiz curso técnico e praticamente não tive a matéria. Considero as aulas de ciências no ginásio e o primeiro ano de biologia no CEFET falíveis e insuficientes. Fraquíssimos, primários, diria.

No cursinho pré-vestibular, havia Biologia I, II e III. Com todo o resto das disciplinas para estudar, e aterrorizado diante de todo o bioconteúdo(ali, nem sendo dado, e sim revisto, de forma sintética e esquemática, embora para mim fosse a primeira vez), comecei a entrar em colapso. E, com quatro ou cinco meses de cursinho, parei de assistir às aulas de biologia. A I, a II e a III também. Seja o que Deus quiser, pensei, e de alguma maneira ele quis que eu fosse aprovado nos quatro vestibulares que fiz, sabe-se Ele como.

Voltando à questão. Segundo as buscas internéticas, a biocenose (ou comunidade biótica) de um ecossistema é constituída pelo conjunto de populações interdependentes que vivem no mesmo local, num determinado período de tempo, que se relacionam entre si e que dependem dos mesmos factores físico-químicos do meio.

Taxocenose - embora o prefixo indique o significado, esse deu mais trabalhinho. Taxocenose, dizia, refere-se à caracterização de comunidade. Aparentemente e salvo enganos, é um grupo de espécies com identidade taxionômica (reino, filo, classe...) que não possui similaridade em suas distribuições geográficas ou papéis ecológicos. Tal caracterização varia segundo os objetivos pretendidos e pode obedecer a critérios taxionômicos, funcionais e morfofisionômicos.

Já Guildas podem ser definidas como “um grupo de espécies que explora a mesma classe de recursos ambientais de modo similar e que mostra padrões semelhantes de exploração de recursos” (Root, 1967), ou, em outras palavras, são grupos de organismos que têm maneiras semelhantes para sobreviver. Uma guilda pressupõe identidade taxionômica de seus componentes.

Nada como uma parceira biológica que colabora para a erradicação da ignorância alheia e eleva seu conhecimento a patamares insuspeitados.

Certo, Meguilda?

Um comentário:

MegMarques disse...

Certo, parabéns! Eu só tiraria meio ponto da sua questão: organismos que pertencem à mesma guilda não têm necessariamente que pertencer a um mesmo táxon.