quinta-feira, 12 de março de 2009

O Terror de espinhas

A questão é complexa e certamente mereceria uma reflexão mais consistente. 

Entretanto, os massacres protagonizados por adolescentes em instituições de ensino na Europa e nos Estados Unidos parecem ter deixado a raridade pela intermitência, e tremo só de pensar na possibilidade, nada desprezível, eu diria, de algo similar acontecer por aqui em mais um desses estrangeirismos que adoramos copiar.

Na busca por uma causa, a chacina pode ser vista por diferentes prismas. Mas de saída me espanta a facilidade com que um jovem tem acesso a armas. Há desequilibrados de todas as idades, e, no caso de pessoas (relativamente) normais, mãos erradas se tornam certas somente com a passagem dos anos que levam à maturidade. 

Ora, se há por aí gente grande que não sabe nem deveria manejar uma simples faca de descascar legumes ou acender uma churrasqueira, que dirá um adolescente bolinando uma Beretta. Um adolescente! Quem já sobreviveu a essa fase sabe o que é o ser cujo cérebro partiu em uma jornada desconhecida e que só retornará ao dono depois de alguns anos, no início da vida adulta! É pistola na mão de um macacóide.

Esses desatinados que perpetram essas matanças e que se suicidam logo depois dão a sua colaboração para o clima de medo, paranóia, desconfiança, preconceito e ódio gratuitos que assola nosso mundinho. 

O terrorismo faz escola. Uma lástima.

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