quarta-feira, 4 de março de 2009

Lula, Collor, Ideli, Renan, Sarney...

Política no Brasil é:

a) o paroxismo da hipocrisia

b) o samba da infidelidade

c) o sofisma pelo poder

d) a arte da pantomima

e) uma tragédia em três atos -  Legislativo, Executivo e Judiciário (Judiciário, sim, tem tudo a ver, apesar de ser um Poder coerente: quando trata com o zé povim, dá pena; quando trata com o colarinho branco, também)


Do blog do Noblat. Link aí do lado.

Por 13 votos a 10, o senador Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado na disputa com a senadora Ideli Salvatti (PT-SC). O novo líder da bancada do PMDB, Renan Calheiros (AL), que em 2007 renunciou à presidência da Casa para escapar da cassação, se empenhou pessoalmente nos últimos dias para garantir a eleição de Collor .

Para derrotar Ideli, Renan designou para a comissão sua mais fiel tropa de choque - os senadores Wellington Salgado (MG), Gilvam Borges (SE) e Almeida Lima (SE) - em substituição a nomes de peso do partido, como Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO), que haviam lhe comunicado a intenção de votar na candidata do PT. Leia mais em Collor é eleito presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado

(Comentário meuReal política é assim. Collor e Renan foram aliados quando Collor governou Alagoas e depois se elegeu presidente da República. Renan acabou promovido a líder do governo na Câmara. Mais tarde resolveu disputar o governo de Alagoas. Aí Collor preferiu apoiar outro candidato. Uma vez derrotado, Renan rompeu com Collor e denunciou-o como corrupto. Ajudou a derrubá-lo.

Collor havia sido eleito em oposição ao então presidente da República José Sarney. Durante a campanha eleitoral, alvejou-o com os mais pesados insultos.

Como líder do PT no Senado, obedecendo a ordens de Lula, Ideli foi da tropa de choque que salvou Renan duas vezes no ano passado de ser cassado por ter usado um lobista de empreiteira para pagar despesas de uma ex-amante. Renan foi obrigado a renunciar à presidência do Senado, mas preservou o mandato.

O meio que Renan encontrou para voltar a ser influente no Senado foi eleger Sarney presidente da Casa pela terceira vez. Convenceu Collor a votar em Sarney contra Tião Viana (PT-AC), candidato do PT e naturalmente de Ideli. Lula, como sempre, fez jogo duplo: preferia Tião, foi enganado por Sarney que negou três vezes que seria candidato, por fim engoliu a seco a eleição de Sarney.)



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