segunda-feira, 2 de março de 2009

Arte de JK


Demos uma passadinha ontem na mostra modernista no Palácio das Artes, uma seleção de obras a partir da Semana de Arte Moderna até os anos de Juscelino Kubitschek. Legal inferir que, nas filas das galerias, perfilava-se gente de todo tipo e de classes econômicas diferentes - se meu olhar preconceituoso não me engana. Eu achava que esse era um programa de gosto apenas das elites. Não é - povo gosta de ver arte também, de levar os filhos para ver, mesmo que (como eu), talvez não saiba ou entenda muito lá dessas coisas.

Taí, caiu a Bastilha de um equívoco. 

Mas deu pra consolidar uma velha teoria: a de que JK tenha sido o mais sensível de nossos presidentes, aquele com maior pendor para arriscar, ousar, incentivar as artes, a música, a arquitetura. Mais do que FH, decerto. Dom Pedro II, obviamente, não entra na lista.

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Lá havia uma pequena galeria com peças publicitárias, objetos, vestidos, acessórios e revistas da época. Manuseando uma Manchete de 1957, decobri, no índice, "Uma página de Rubem Braga". Na crônica, o sabiá discorria sobre "a primeira mulher do Nunes", por quem se apaixonara, mas que jamais conhecera. Gostei de folhear uma crônica publicada em seu original, com todos os cacoetes ortográficos da época. Nos dias de hoje, talvez o Braga tivesse um blog.

Não estranhe, essa conversa não vai a lugar algum. Só estou pensando alto e sozinho.

Um comentário:

MegMarques disse...

Eu gostei muito da exposição e desse galo virado. E mais ainda da sua companhia!