No texto do post anterior, que repliquei do blog do Noblat (ando pegando muitas coisas de lá; embora não tantas quanto gostaria, como a tal Estação Jazz e Tal, coisa boa, vocês têm que ouvir), o Luiz Fernando cita, entre parênteses, a figura de linguagem oxímoro (prefiro com o acento agudo, mas parece que é facultativo).
Há coisa de dois anos, eu desconhecia o significado dessa figura de linguagem. Ou seria de estilo? Peraí que vou dar uma googlada e volto.
Figura de linguagem. O oxímoro é uma molecagem semântica: mistura dois sentidos interpretativamente opostos, produzindo uma mensagem que deve margear o absurdo.
Minha relação com as figuras de linguagem ou de estilo é assim-assim. Eu nunca me importei muito em saber ou decorar qual é qual. Desde que sejam bois, imagino que a relevância de lhe saber os nomes seja relativa para o criador de letras. A noção do nome de cada figura seria apenas um detalhe, o importante é o prazer que proporcionam. Seria até uma relação meio riquinho-esnobe-que-só-veste-o-fino-das-marcas, mas finge não ligar pra isso:
- "Isso pendurado na sua frase é um Epizêuxis? Luxo!"
Blasé, você responde:
-"Mesmo? Nem tinha notado."
Como dizia, há dois anos eu desconhecia o termo oxímoro e seu significado, que soava mais como um primo do oxíuro do que um recurso literário. Fui topar com a figura em uma revista em quadrinhos, numa historinha dos X-men.
Não sei bem por quê estou dizendo tudo isso. Talvez para mostrar que quadrinhos e cultura (nem que seja a inútil) não sejam, digamos, um oxímoro.
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