Como se fosse ironia de menos, logo depois veio a notícia de que uma das vítimas das enchentes devolveu 20 mil pratas encontradas no bolso de um casaco doado. Mais não sei porque não li. Mas, na boa: nessas circunstâncias, será que eu devolveria?
Desabamento em encostas, flagelo nas áreas de risco, etc. O curioso é a falta de novidade. Todo ano é a mesma coisa, a mesma incúria por parte - por parte de quem mesmo? Certamente que a ausência de condições mínimas de infra-estrutura urbana, sanitária e habitacional recai sobre os ombros das autoridades públicas responsáveis. Afinal, como todo mundo sabe, no Brasil a gente paga imposto é pra isso. Mas será que certas tragédias ainda assim poderiam ser evitadas?Esses dias, um trecho da moderníssima Linha Verde, obra viária recém-incluída e tão cara ao nosso governador, virou um riacho. Mesmo com uma eventual e possível falha no conjunto urbanístico local ou na execução do empreendimento, e quando chegar o dia em que a natureza resolver embirrar de verdade? A cada verão tentamos mitigar os efeitos das chuvas em detrimento da prevenção. Mas teríamos condições de realmente nos precaver?
Calcemos nossas galochas.
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