segunda-feira, 30 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Tuda!
Atenção, marqueteiros, publicitários, cientistas sociais! Falo aqui de uma verdadeira aula antroponeurolingüística de graça, oportunidade imperdível de ver, ouvir e conhecer um nicho representativo de gente inteligente, de ampla formação cultural e formadora de opinião! Ui!
Tentei fazer uma listinha, mas saiu pouca coisa. Peço ajuda a quem conhecer mais para fazer um inventário:
- Amicaaaaa!
- Morri!
- Óptimo!
- Me amarrota que eu tô passada!
- Me colore que eu tô bege!
- Puro loosho!
- Mega-maxi-hiper-ultra-plus-Virada pra Meca-legal!
Essas meninas são ou não são tuda?
Vilarejo
Ê canção bonita. Como dizem as garotas: eu quero, preciso, eu tenho que ir pra um lugar assim.
Rosa,100 anos
Pois que viver é muito perigoso. Deixar de é muito mais.
Estréia
O Pixar Animation Studios é hoje o estúdio de Hollywood mais apaixonado pelo que faz. Fato.
Desde Walt Disney não havia no ocidente produtores tão empenhados em levar o mundo da animação a um novo patamar de qualidade técnica e narrativa. Aliás, muito mais narrativa que técnica. Diferente da maioria dos projetos de computação gráfica que se vê por aí, o meio aqui é mero veículo para a mensagem. Pense: Quando você se lembra de Toy Story pensa primeiro em Woody e Buzz Lightyear ou em como o visual era bem feito? E quando você lembra de Ratatouille? E de Incríveis? Monstros S.A? Procurando Nemo? Na Pixar a computação gráfica vem em segundo plano. O que ela cria são mesmo personagens e momentos eternos. "Personagens com apelo às crianças, mas que têm problemas adultos", como escreveu David A. Price no livro The Pixar Touch.
E Wall-E, o nono longa-metragem da irretocável carreira da empresa, é cheio desses personagens - e desses momentos.
Começa memorável já na primeira cena, uma tocante panorâmica pelo planeta Terra completamente tomado por torres de lixo. Lá embaixo, rastros na poeira, sem qualquer trilha sonora, um robozinho segue sua programação: Limpar a bagunça dos humanos. Surge então, sem qualquer alarde, o título do filme.
A cena é tão impactante que chega a dar arrepios... Cortesia tanto do diretor e co-roteirista Andrew Stanton (Vida de Inseto, Procurando Nemo) quando do consultor visual Roger Deakins. Sim, a Pixar contratou o diretor de fotografia de O Assassinato de Jesse James e Onde os Fracos Não Têm Vez, entre dezenas de outros projetos, profissional indicado a sete prêmios Oscar, para dar realismo ao movimento das câmeras virtuais e não-virtuais (já que pela primeira vez um filme da Pixar tem elementos reais, que não estragarei aqui).
Quanto ao robozinho, (...) Wall-E é muito mais que mera homenagem a um gênero. O pequeno autômato apaixonado é Charles Chaplin - no espaço! A paixão cega pela robô Eve, a solidão, o interesse na humanidade, o jeito atrapalhado, os olhos tristes e ao mesmo tempo engraçados, os problemas com as autoridades e até mesmo a mudez (toda a "voz" do robô é composta por pequenos sons criados por Ben Burtt - o lendário designer de sons da série Star Wars) reforçam essa idéia de que esse mega-blockbuster tecnológico é, em essência, uma comédia romântica do cinema mudo.
Não pense, porém, que trata-se de algo "velho". A Pixar não esqueceu a ação e a coreografia digital de seus pixels é das mais empolgantes. O balé espacial de Wall-E e Eve é pra entrar para a história das animações ao lado do spaghetti com almôndegas de A Dama e o Vagabundo. E se o final soa um tanto óbvio e previsível, já estamos suficientemente cativados por esse personagem e seu universo pra chegar à feliz conclusão de que às vezes o óbvio bem realizado é exatamente o que queremos. E se isso não bastar, logo depois há aquela belíssima seqüência de créditos finais, verdadeira aula de história da arte, começando nas pinturas rupestres e seguindo até os gráficos digitais no estilo Atari. Gênios.
Os criadores encontram espaço ainda para encaixar questões ambientais e humanitárias sem soarem panfletários - e ainda assim obtendo algo tão impactante quando os documentários-denúncia que nos assustam nas telonas e na TV. Mas diferente desses filmes, Wall-E é otimista. Afinal, há algo de reconfortante em saber que o robozinho é definido pelas sutilezas materiais descartadas de uma raça incapaz de entender seu lugar ou viver em conjunto. Ao nos colecionar, Wall-E extrai o melhor de nós.
Parece que a Pixar tem mesmo fé na humanidade. E não é que também tenho mais fé no mundo sabendo que temos a Pixar?
From Omelete
Demônios da Garoa
Dou o passo a passo para a retirada de um par de ingressos, até às 18h, no Estado de Minas.
Mais uma cortesia do Boêmios no Divã Promoção e Eventos.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Não há vagas
Do jeito que a coisa anda, ou pior, não anda... e se a disputa das vagas de estacionamento fossem como as do mercado de trabalho?
- Infelizmente, senhor, seu automóvel não foi selecionado para a próxima etapa.
- Oh, não!
- Sinto muito.
- Posso saber os motivos?
- Seu veículo não preenche os pré-requisitos.
- Mas, a manutenção tá toda em dia!
- Lamento, mas há candidatos melhores qualificados.
- Impossível!
- Na verdade, estamos à procura de um perfil mais jovem.
- Meu carro é quase zero!
- Que seja mais aerodinâmico, mais flexível.
- Ele tem sistema flex de combustível!
- Com mais bagagem.
- Tem espaço para três malas no bagageiro e outra na direção!
- Com ótimo desempenho, capaz de dar respostas rápidas quando exigido.
- Por favor, preciso dessa vaga!
- E, é claro: aparência é fundamental. Aqui consta que seu veículo vive sujo, por dentro e por fora. Quem despreza a higiente nunca terá lugar em nossa organização.
- Aí, não!!! Vem cá, safado! Sabe o quanto custa o lava-jato aqui do posto dos grã-finos? Sabe?
Meu lado Pluto
Fiel
Brincalhão
Moleque
Divertido
Inconseqüente
Amistoso
Carinhoso
Lambedor
Valente
Corajoso
Ladrador
Cachorro
Meu lado Pateta
Desajeitado
Letárgico
Leviano
Ciumento
Moleirão
Imprevidente
Indulgente
Inseguro
Imprudente
Preguiçoso
Negligente
Meu lado Patinhas
Muquirana
Miserável
Mão-de-vaca
Sovina
Sem lanche
Sem jantar
Sem tira-gosto
Sem lavar carro
Genéricos
Bolacha Carrefour
Suco Extra
Lojas Renner
Pipoca (microondas, não!)
Posto da Andradas (Savassi, nunca!)
Meu lado Donald
Ranheta
Rabugento
Raivoso
Neurastênico
Implicante
Impertinente
Impaciente
Irritadiço
Mal-humorado
Birrento
Teimoso
Fico irado por ser pato.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Da D. Martha
Segue, portanto, texto de D. Martha Medeiros. Que, desconfio, se entrasse aqui nesse momento, cogitaria me tascar um processo na cacunda - menos por reproduzir seus excertos sem autorização do que por tratá-la como "Dona". Enfim, correr é viver riscos.
E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?
Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Lá de Itabira
Desejo a você,
fruto do mato,
cheiro de jardim,
namoro no portão,
domingo sem chuva,
segunda sem mau humor,
sábado com seu amor,
filme do Carlitos,
chope com amigos,
crônica de Rubem Braga,
viver sem inimigos,
filme antigo na TV,
ter uma pessoa especial,
e que ela goste de você,
musica de Tom com letra de Chico,
frango caipira em pensão do interior,
ouvir uma palavra amável,
ter uma surpresa agradável,
ver a banda passar,
noite de lua cheia,
rever uma velha amizade,
ter fé em Deus,
não ter que ouvir a palavra "não",
nem nunca, nem jamais adeus.
Rir como criança,
ouvir canto de passarinho,
sarar de resfriado,
escrever um poema de amor que nunca será rasgado,
formar um par ideal,
tomar banho de cachoeira,
pegar um bronzeado legal,
aprender uma nova canção,
esperar alguém na estação,
queijo com goiabada,
pôr-do-sol na roça,
uma festa,
um violão,
uma seresta,
recordar um amor antigo,
ter um ombro sempre amigo,
bater palmas de alegria,
uma tarde amena,
calçar um velho chinelo,
sentar numa velha poltrona,
ouvir a chuva no telhado,
vinho branco,
bolero de Ravel...
e muito carinho meu!
CDA
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Inverno hoje
Os passeios que a ignorança me leva: - não é meio curiosa essa pontualidade invernal? No sudeste brasileiro, um inverno britânico!
No fundo, no fundo, sempre achei um grande privilégio não ter que passar frio. Tem quem passe e esse provavelmente não deve ser o maior dos problemas.
Portanto, alegrai-vos e agradecei-vos, ó, afortunados! Porque vossos serão o Caudaloso Reino das Sopas e o Fumegante Principado dos Caldos!
Preparai as louças profundas! Separai as bojudas colheres!
Se tudo gela lá fora, nada na tigela cá dentro. No prato, o que sobra é pecado.
Sortidas
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Business
Clínica especializada em tratamento de cirrose:
Prometheu
Nome para marca de motel:
Clamor
Nome para oficina mecânica:
Auto-Ajuda
Nome para bar realmente intelectual*:
Uqbar
Nome para bar metido a intelectual:
Calabar
Nome para o boteco da frente:
Tupinambar
* Atualizado
Ciência, minha verdade
"Somos falíveis. Não podemos esperar impingir nossos desejos ao universo. Assim outro aspecto chave da ciência é a experimentação. Cientistas não confiam no que é intuitivamente óbvio, porque o intuitivamente óbvio não o leva a lugar algum. Que a Terra era plana já foi óbvio uma vez. Digo, realmente óbvio; óbvio! Saia para um campo plano e dê uma olhada: é redondo ou plano? Não me dê atenção; vá e prove a você mesmo. Que corpos mais pesados caem com mais velocidade do que corpos mais leves já foi óbvio uma vez. Que sanguessugas curam doenças uma vez já foi óbvio. Que algumas pessoas são escravas por natureza e direito divino já foi óbvio uma vez. Que a Terra está no centro do universo já foi óbvio uma vez. Você está cético? Vá lá fora, dê uma olhada: as estrelas nascem no leste, põem-se no oeste; aqui estamos nós, estacionários (você sente a Terra girando?); vemos as estrelas movendo-se por nossa volta. Nós somos o centro; elas andam à nossa volta.
A verdade pode ser intrincada. Pode dar algum trabalho para agarrá-la. Ela pode ser contra-intuitiva. Ela pode contradizer preconceitos profundamente arraigados. Ela pode não ser consonante com aquilo que desesperadamente queremos que seja verdade. Mas nossas preferências não determinam o que é verdade. Temos um método, e esse método nos ajuda a alcançar não a verdade absoluta, apenas abordagens assintóticas da verdade - nunca lá, apenas mais e mais perto, sempre achando novos e vastos oceanos de possibilidades não descobertas. Experimentos projetados inteligentemente são a chave.
Na década de 1920, houve um jantar em que o físico Robert. W. Wood foi requisitado para responder a um brinde. Era um tempo em que as pessoas se levantavam, faziam um brinde, e então selecionavam alguém para responder ao brinde. Ninguém sabia a que brinde pediriam que respondesse, portanto era um desafio para os perspicazes. Nesse caso o brinde era: "À física e à metafísica." Por metafísica queria-se dizer algo como filosofia - verdades às quais podia-se chegar apenas pensando sobre elas. Wood levou um segundo, deu uma olhadela sobre ele, e respondeu nesse teor: O físico tem uma idéia, ele disse. Quanto mais ele pensa sobre ela, mais sentido ela faz para ele. Ele busca a literatura científica, e quanto mais lê, mais promissora a idéia parece. Assim preparado, ele planeja um experimento para testar a idéia. O experimento é apurado. Muitas possibilidades são eliminadas ou levadas em conta; a precisão das medições são refinadas. Ao final de todo esse trabalho, o experimento é completado e... a idéia mostra-se inútil. O físico então descarta a idéia, limpa a mente (como eu dizia a um momento atrás) da confusão do equívoco, e muda para outra coisa.
A diferença entre física e metafísica, Wood concluiu, é que a metafísica não tem laboratório."
Excerto da Skeptical Enquirer, Volume 19, Edição 1, Janeiro-Fevereiro 1995. © 1994 Carl Sagan.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Puxão de oreia
All right. Vou ficar ligado, véi.
A partir de agora, vou repetir de mim para mim em pensamento para falar em voz alta diante do espelho*:
(Pensando. Diga: Você é fenomenal.)
- EU SOU FENOMENAL!
(Você é fantástico.)
- EU SOU FANTÁSTICO!
(Você é o máximo.)
- EU SOU O MÁXIMO!
(Ao diabo com a autocrítica!)
- AO DIABO COM A AUTOCRÍTICA!!!
* Relembrando uma tirinha do Verissimo.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Meg-aniversário
O respeitabilíssimo senhor, português de origem, é um cavalheiro educado, austero, reservado. De seriedade e postura tais que, infere-se, não é de admitir gracejos e piadinhas de qualquer ordem ou sujeito. Que dirá do namorado da filha que ele está para conhecer no dia do aniversário dela. Sem mencionar que o homem, como um Hemingway do Tejo, foi caçador na África e coleciona na parede cabeças empalhadas de animais (incluindo aí genros, ouvi dizer).
Pra vocês verem como eu já estava à vontade.
Meninos, que dizer? De início, fiquei petrificado. Congelado, mas só da cintura pra cima: torcia pra que ninguém percebesse o tremor em minhas pernas. Ao entrar naquela sala, entendi o que sentiram Amundsen e Schackleton ao singrar em meio aos glaciares.
A tensão estava no ar. Dura. Gigante. Maciça. Mané faca o quê: só daria pra cortar aquilo com britadeira. Ficamos ali, sem saber o que falar.
Pensei: já sei como quebrar o gelo. Saquei do casaco o presente da gataça: uma singela caixinha que cabia na palma da mão.
Senti a doutora prendendo a respiração, imaginando que eu estava prestes a cometer uma loucura. À minha esquerda, o pai da gataça permanecia mais imóvel do que quinze estátuas, embora seus olhos arregalados estivessem prontos para saltar das órbitas. Excitadíssimas, as meninas pulavam como cabritas sobre o sofá, berrando “Anel de casamento!”, “Anel de casamento!”, mas tudo em mim eram murmúrios distantes, o atabaque no meu coração me ensurdecia e a periferia da minha visão turvava enquanto eu e a doutora gritávamos em desespero um “Nããããããããããããããão!” que pareceu durar a eternidade.
Todos, todos os olhos e respirações daquela sala estavam fixos naquela caixinha, e o tempo transcorria mais lentamente porque, estou certo disso, naquele momento, à espera do desenlace, abriu-se uma fenda na quarta dimensão, nunca segundos foram arrastados, nunca olhares estiveram tão cravados em um par de mãos numa caixinha.
Então, para enterrar as angústias, a gataça desembrulhou o papel que continha o aparelhinho e retirou o MP3. Não posso garantir 100%, mas poderia jurar ter visto o pai dela desabar no sofá; as meninas continuavam saltando como gafanhotos, a doutora voltou a sorrir, aliviada, e eu nem precisei de sais aromáticos.
Durante o jantar, o clima foi amainando. Pudemos trocar palavras, e o resto da noite, tirante uma ou três bobagens que falei, transcorreu sem maiores incidentes . Apesar de toda a tensão e desconforto, acho que tudo acabou bem.
Ainda estou respirando, não estou?
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Quem Manda
Zoando
Portei-me bem, acho. Ainda em casa - embora não prontamente, preciso confessar, preferiria almoçar em Macacos - atendi ao ronronar das felinas; no parque, vencemos com sorrisos a distância entre os bichos; suportamos com vistas grossas os papéis, restos e lixos que cresciam no solo, brotos da má-educação; e até quando uma das gatinhas, extenuada, miou incessantemente seus lamentos, nossa disposição e humor permaneceram fortes.
Como dizia, de minha parte não houve registro de incidentes. Sobrevivi, inclusive, ao passeio em torno do Serpentário; engoli o medo, fiz cara de bravo que a gente aprende no Jequitinhonha e cheguei ao fim incólume. Micos, só os das jaulas.
Não só micos. Foi impossível ver tudo, mas conferimos leões, órix (órixes?), veados, cervos, onças pintadas e pardas, chimpanzés e Idi Amin (ainda solteiro, garotas), jacarés-do-papo-amarelo e tartarugas, girafas, avestruzes, elefantes, rinocerontes.
Houve, também, momentos de digressão. Caminhando, eu me distraía pensando no almoço, o que fazer para alimentar a gataria. Seria o frango suficiente? Não, talvez, não; seria preciso um macarrão, legumes e molho à bolonhesa; passar no supermercado, comprar queijo parmesão ralado, azeitona e ervilhas. Quem sabe uma farofinha? Hmm, a grana está escassa, mas um restaurante com playground pode ser boa idéia...
Enquanto me perdia nessas tarefas iminentes e elucubrações, a bela também divagava. Por acaso, na seção dos grandes gatos.
- Deve ser muito bom levar essa vida, não? Ficar aí na sombra, parado, o dia inteiro.
- Mas, amor. Esses bichos não fazem nada!
- Óbvio.
- Só comem e dormem!
- Exatamente.
- Mas...
- Se você não precisasse caçar, ia gastar energia à toa? Ficar fazendo graça pra turista?
Ainda preocupado com o que teria de fazer para garantir o almoço do bando, me ressenti:
- Por que não? É o emprego deles! Eles ganham pra isso! Exijo piruetas, rugidos, acrobacias!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Amor e lealdade
No sábado, às 10 horas em ponto, seu amigo está à porta, quando seu filho, absolutamente estarrecido, lhe pergunta: "Pai, você esqueceu o nosso filme?".
O que você faz numa situação dessas?
1. Você diz que não irá ao futebol. Pede mil desculpas ao amigo, diz que não poderá jogar conforme o prometido, pede que ele explique o ocorrido ao seu chefe, e fim de papo.
2. Você pede mil desculpas aos seus filhos, explica a situação, diz que o chefe vai estar lá, que você os levará no sábado que vem, com direito a pipoca em dobro. E tudo se resolverá a contento, sem prejuízo de ninguém.
Qual das duas opções você escolhe? Se respondeu que é a primeira, lamento dizer que você está mentindo. Todo mundo escolhe a segunda opção. Afinal, é sua carreira que poderia estar em jogo. Você bem que podia se tornar mais amigo da turma do trabalho, você está inseguro. Aliás, quem não está?
O que quero discutir aqui é a razão por trás da sua escolha, o raciocínio que determinou a decisão de postergar o cinema com os filhos. Você fez essa opção porque no fundo sabe que seus filhos o amam. E, porque o amam, eles entenderão. Sem dúvida, eles ficarão desapontados, mas não para sempre. Afinal, você conseguiu conciliar a agenda de cada um, só vai demorar mais um pouquinho.
Porém, com esse tipo de raciocínio, você acaba colocando as pessoas que o amam para trás. Justamente as pessoas que nos amam é que acabamos decepcionando, vítimas dos nossos erros do dia-a-dia. Que recompensa é essa que dispensamos àqueles que nos amam e que nos são leais? Por quanto tempo eles continuarão nos amando diante de atitudes assim?
Eu não tenho a menor dúvida de que você escolheu jogar futebol porque sabe muito bem que seu chefe não o ama. Muito pelo contrário, ele não está nem aí para você. Ele pode substituí-lo na hora que quiser, sem um pingo de remorso. Você aceitou jogar com os colegas para que eles gostem um pouco mais de você. E com os seus filhos, que já o adoram, você aproveitou para negociar. Eles não vão dizer nada, vão entender, mas sentirão calados uma punhalada nas costas. A lógica diz que deveríamos ser leais com as pessoas que nos amam, mas na prática fazemos justamente o contrário.
Se acha que ninguém o ama ou que não é amado o suficiente, talvez isso ocorra porque você não tem sido leal com as pessoas a quem ama. Achar que elas serão sempre compreensivas e razoáveis é seguramente o caminho para o desastre. Seus filhos acreditarão em você na próxima vez que lhes fizer uma promessa? Eles aprenderão o significado da palavra lealdade? Seu chefe vai esquecê-lo totalmente um mês depois de você se aposentar, bem como os seus colegas de trabalho. Os únicos que jamais vão esquecê-lo são seus filhos, pela sua lealdade ou pelas pequenas decepções e infidelidades cometidas por você ao longo da vida."
Stephen Kanitz é administrador (http://www.kanitz.com/)
Revista Veja, Editora Abril, edição 2053, ano 41, nº 12, 26 de março de 2008, página 22
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Os Bragas
Isso posto, a questão que sobra é: há como não ser brega no dia 12 de junho? É possível escrever alguma coisa que escape à sanha da crítica e do cinismo?
Há, certamente que há. Talvez um dia eu ainda consiga. E é aí que entra outra questão: eu gosto tanto, tanto dos Bragas de Cachoeiro do Itapemirim que vou pedir a benção para que eles falem por mim. Aliás, por toda a vida, tanto o cantor quanto o sabiá - que há tempos voa por outros céus - falaram, essencialmente, de amor.
Então, pensei. Melhor trazer o Rubem e o Roberto pra cá hoje. Cada qual com seu estilo. Ora picante e matreiro, ora lírico e pungente. Mas sempre intensos, sempre simples e sempre amorosos - porque amor tem que ser assim - simples. E intenso. E sempre.
"Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque
Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço
Depois de toda a cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço
Sem me importar se neste instante
Sou dominado ou se domino
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino"
Que as almas dos Bragas de Cachoeiro vistam as palavras que não tive e cubram de beleza os versos que não fiz, pois como disse aquele personagem de O carteiro e o poeta: Poesia não é de quem faz; poesia é de quem precisa.
"Bendita a chuva que tomou de súbito em teu caminho, e bendito o raio que fez saltar teu cavalo, e o mormaço que te fez inquieta e aborrecida, e a lua que te surpreendeu nos braços de um homem escuro entre as grandes árvores azuis. Bendito seja todo o teu passado, porque ele te fez como tu és e te trouxe até mim. Bendita sejas tu."
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Meu Bem. Meu Mé. Meu Mal.
Maria Margarida Granate Sá e Melo Marques: nacionalidade portuguesa-brasileira, graduada em Ciências Biológicas e Doutora em Ecologia Conservação e Manejo de Vida Silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mãe de Laurinha e Bibi, filha de Seu Antônio e D. Zezinha. É magra, bonita, dança bem. Adora bares, butecos, bons restaurantes e festas, mas prefere livros a teatro, cinema ou tv. Tem um ponto de interrogação tatuado no tornozelo; gosta de carinho, bom-humor, risadas e sorrisos. Tem medo de altura, barata e galináceos.
Meu Zen
Cerveja: bebida alcoólica fermentada, feita de lúpulo e cevada ou outros cereais. Acredita-se que tenha sido das primeiras bebidas alcoólicas feitas pelo homem. Como é composta principalmente por água, a origem dessa água e as suas características têm um efeito importante na qualidade da cerveja, influenciando, por exemplo, o seu sabor. Dentre os maltes, o de cevada é o mais freqüente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.
Meu Mal
Sinusite: inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Na sinusite aguda, costuma ocorrer dor de cabeça na área do seio da face mais comprometido (seio frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal). A dor pode ser forte, em pontada, pulsátil ou sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, surge obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, sanguinolenta, que dificulta a respiração. Febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite costumam estar presentes.
Que remédio
Caro por caro, prefiro feijão.
Melhor sarar rápido.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Porto alegre
Tantas dores
Tantos doenças
Tantos horrores
Tantos débitos
Tantos cortes
Tantos féretros
Tantas mortes
Tantos soluços
Tantos punhais
Tantos lutos
E tantos ais
Que uma musiquinha bestinha dessas me leva pra praia, me sopra vento na cara, me deixa distante desse tudo que é tanto pra ser, brevemente, na leveza do momento, feliz.
http://www.youtube.com/watch?v=BInKjtA62nM
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Gone
Cara, mas que m*!
Essa menina foi uma que simpatizei desde o início. Brincava com ela, porque tinha uma voz muito bonita. Falava baixinho e pausado. Dizia que ela podia ser locutora de aeroporto. Ela era muito segura e competente para apresentar trabalhos. Concatenava um raciocínio ao outro, não se descontrolava, não se perdia.
É isso. Num instante você está aqui.
No outro,
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Meus caros bagos
Tenho ouvido que a previsão dos especialistas para os próximos anos é mesmo uma alta dos gêneros alimentícios. Mas tinha que começar pelo feijão? Meu feijãozinho?
Tanta coisa por aí que podia aumentar o preço que não machucava ninguém. Jiló, por exemplo. Ervilhas. Vagem. Batata-doce. Rúcula.
Mas vá lá: um saquinho de feijão está custando 6,7, 8 reais!
A continuar a escalada dos preços, daqui a pouco, nosso popular feijão tá virando comida nobre, artigo de mesa de bacana. Mais um caso de ascensão social: Brasil, um país de todos.
E se feijão ficar tão caro de sumir do prato do brasileiro? Digo, do brasileiro popular. No futuro, o diálogo seria mais ou menos assim:
- Cara, lembra feijão?
- Nem me fale.
- Tem gosto de infância.
- Lembra o barulhinho da panela de pressão?
- Ô.
- E pensar que, naquela época, a gente nem dava importância. Hoje vejo panela de pressão e fico nostálgico.
- Sei o que sente. Outro dia mesmo li "João e o Pé de Feijão" para ninar a Clarinha.
- Nostalgia pura.
- Poisé. Mas aconteceu algo estranho.
- Sim.
- Ela logo pegou no sono...
- Normal. Eles não têm a mesma conexão sentimental com o feijão que a gente. Afinal, só o comem no Natal.
- Mas, eu não consegui dormir! Passei a noite em claro. E, embora não tenha pregado os olhos...
- Que tem?
- O travesseiro amanheceu todo babado!
Pílulas
Do Eugênio Mohallen, publicitário autor do livro “Razões para se bater em um sujeito de óculos”.
Sortidas
Mais valem quatro cabeças no vídeo do que uma bem na sua frente no cinema.
Jornalismo é o contrário de tumor: quanto mais superficial, mais perigoso.
Não se pode confiar em colegas de escritório. Deixei uma Montblanc sobre a mesa e, quando voltei, tinham roubado a Bic.
A busca pela boa idéia é difícil como procurar agulha em palheiro e dolorida como procurar palha em agulheiro.
Tento ensinar minha mulher a ser econômica, mas ela só consegue colocar em prática quando passa filtro solar nas minhas costas.
Trabalho em equipe só serve para dividir a culpa quando não dá certo. E não dá certo porque foi feito em equipe.
Não sou de guardar rancor. O médico que me deu um tapa quando nasci, por exemplo, já estou quase perdoando.
O closet é a biblioteca dos fúteis.
O guarda-roupa pode decidir a sorte de um homem. Mesmo quando ele não está se escondendo dentro de um.
Para mim, férias na praia é apenas o jeito mais caro de se ler um livro.
A humanidade ainda não encontrou resposta para alguns mistérios. Por exemplo, par aonde vão todos aqueles japoneses que passam em primeiro no vestibular?
Impunidade é uma idéia na cabeça e uma câmara de deputados na mão.
Minha cidade é como um jogo de xadrez: para cada dama, oito peões.
Não precisamos de muitos amigos. Caixão só tem seis alças.
Publicitárias
Se sua mãe estivesse com dor de cabeça naquele dia, você não existiria.
Aspirina
Você escolhe médicos e hospitais. Melhor do que isto, só se escolher as enfermeiras.
Bamerindus Seguro Saúde
É crueldade matar um pernilongo quando se pode espantá-lo para o vizinho.
Baygon Genius - repelente elétrico
Seriedade de jornal com velocidade de boato.
CBN
Brinquedo só no Natal. Bife de fígado toda semana. E depois você se pergunta por que há tanta criança traumatizada no mundo.
Estrela
Globalização é quando o governo da Tailândia atrapalha tanto a sua empresa quanto o governo daqui.
Exame
Geografia é como o sexo oposto: quando criança você não acha graça, mas depois muda de idéia.
National Geographic
A única surpresa que seu pai gostaria de flagrar dentro do armário.
Samello
Mais cedo ou mais tarde você vai preferir a United. (Mais cedo se voar para o oeste, mais tarde se voar para o leste.)
United Airlines
Em vez de mandar dizer que não está, não esteja.
Volkswagen Saveiro
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Ligações perigosas
- Alô?
E uma voz masculina do outro da linha, num tom de autoridade, de mando, de ordem irreproduzível aqui, diz. Diz, não. Parecia ultimato de batida policial. O cara berra:
- QUEM TÁ FALANDO?
Meu primeiro impulso é quase sempre responder. Mas eu estava calmo. Falei pausada e tranqüilamente:
- Você quer falar com quem...?
E o general:
- MARLÚCIA!
Aí não aguentei, mas continuei falando devagarinho:
- Não é a casa dela, não. E da próxima vez que ligar, você não seja mal-educado; seu safado.
Ih, pensei, pronto. Falei m*. Agora vai ter bate-boca, xingamento de lado a lado e coisa e tal. Só que aí o cara disse:
- Opa! Desculpa aê. Ow, foi mal, cara...
Desliguei. O cara afinou. Para minha surpresa. Nem levantei o tom de voz.
Bem, sorte a dele, no fim.
Ah, se sinusite e dor de garganta pudessem ser transmitidos via fone.
O semducação ia saber o que é bom pra tosse.
Trio Ternura
A guerra continua
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Brunão: é hoje!
Esse só tem nome e cara de bobo. Entretanto, se a partida for para os pênaltis, o Flu joga com um batedor a mais.
Grudem no rabinho do Palacios
Como assim, até agora ninguém provocou a expulsão desse sujeito puxando aquele rabinho-de-cavalo ridículo? Hoje é uma excelente ocasião.
Não deixem Riquelme respirar
Com esse aí vale tudo: pregador de roupa no nariz, espartilho, soltar peido alemão no calção dele, assoprar rapé na fuça.
No mais: ao ataque, Fluzão!
Sambando em ovos
Por algum alinhamento cósmico-planetário, das cinco colegas aqui no estúdio, três estão de ovo virado.
Jogo de cintura, muito molejo, manobras de esquivamento, solicitude e sorrisos.
Sobrevivi até agora, mas o dia é longo.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Blogar é...
Às vezes, é desesperante. Você está a escrever algo, na sua (minha) opinião, formidável, e aí escuta o clap-clap daquele trote ansioso adentrando o estúdio e então tem de parar e clicar correndo no outlook express para verificar e-mails. Ou pegar a caneta e botar a máscara de pensador, “por favor não me interrompa, estou no momento decifrando questões profundamente existenciais nesse job, feito o quê apresentarei soluções criativíssimas que vão render horrores para nós e para o cliente”.
Pior é quando o bicho surge de sorrate atrás de você e te dá um flagrante (como acabou de acontecer). Aí continua sua vigília quinzenal (a cada quinze segundos, juro que não invento) pelos computadores de cada um no estúdio, falando ou não ao telefone.
O danado é que o homem não diz nada. Tenho a impressão de que ele me flagra e permanece alguns momentos atrás de mim, momentos que parecem eternos e durante os quais não tenho coragem de me virar. Nada é dito e o bicho segue sua ronda.
Gente, esse homem não trabalha? Né possível! Não tem nada melhor para fazer do que ficar nos fiscalizando para ver se cumprimos com nossas obrigações?
Vem ao caso se estou com serviço ou não por fazer? Vem (por acaso, minha pauta está vazia nesse instante). Na verdade, eu não deveria me dedicar menos ao serviço do que ao blog. Mas é que escrevo apressado, os posts saem sem buril, e eu realmente gostaria de tentar fazer melhor.
Queria continuar e esclarecer detalhadamente meus pontos-de-vista, mas, por falar nisso, já vejo no meu rabo de olho um espectro se aproximar...
doo-wop
Adoro o gênero, cara!
Botão esquerdo do mouse e tecla shift: http://br.youtube.com/watch?v=DxWcElRHBZI
Quem güentá, que ouva!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Astonishing
There´s so much conflit, so much pain...
You keep waiting for the dust settle and then you realize this is it:
The dust is your life going on.
If happy comes along, that weird, unbearable delight that´s actual happy...
I think you have to grab it while you can.
You take what you can get.
Cause it´s here, and then...
Gone".
Planos
ZB
* * *
Hoje um bicho veio me oferecer seguro de vida. Incríveis duas coisas: a sincronicidade com a zona documental/financeira que é meu dia-a-dia e, mais ainda, com uma necessidade profunda e crescente de organização. De menos discurso e mais ação.
Hoje mesmo M. tinha analisado um sonho antigo e recorrente em que meu carro é roubado como um temor inconsciente de insegurança profissional, de perder minha identidade e independência.
Protestei. Exagero carro representar isso tudo, sobretudo pra mim. Perguntei se ela andava lendo o almanaque dos sonhos. Depois, fiquei meio calado.
Em uma de suas cartas a Lucílio, Sêneca disse que devia-se importar mais em viver bem do que em viver muito. Seria interessante ouvir a opinião das prestadoras de planos de saúde e das seguradoras a respeito: até que ponto concordariam? Em que medida objetariam?
Mas o cara da Prudential me fez tanta pergunta para qual não tenho resposta e ainda não saberia responder que... "Você quer trocar de apartamento? Qual valor, 200, 300 mil? Em quanto tempo? Sítio? Daqui a cinco, dez, 20, 25 anos? Quando se pretende aposentar? E quanto quer ganhar?"
Deve ser mais fácil pra quem tem planos pra vida, sabe o que quer e como. Já eu, tenho certeza de que minha capacidade de planejamento não supera a do Cebolinha.
Saco. Alguém aí precisa de consultoria em imprevidência financeira?
Não é tão simples viver um dia de cada vez.