segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ruins de bola

Na boa: depois do debate de ontem, reitera-se aquele pensamento já antigo em seus recônditos. Vota-se na Dilma pelo projeto - inclusivo, social, desenvolvimentista - e pronto.

Não fosse o Serra uma Miss Congeniality, a coisa já teria ido pro beleléu faz tempo.

Culpa dos erros do próprio PT, é claro, que fez besteiras em seus próprios quadros ou sofrecom a ausência de uma renovação. Releve-se o despreparo retórico e a falta de simpatia, Dilma ainda é o melhor que se pôde arrumar (ainda que veja Tarso Genro com bons olhos).

Em outras palavras: como carisma não está em jogo neste pleito eleitoral, fiquemos com quem tem um projeto social claro. Não com quem irá, em termos propositadamente vagos, "fortalecer" as estatais.

Às vezes, como eleitor, me sinto como se fosse o capitão escolhendo o time. Todos os bons de bola e os mais-ou-menos já foram escolhidos, sobraram apenas a Dilma e o Serra. No caso de simpatia ser um dom semelhante ao de jogar futebol. Você olha para a Dilma toda ansiosa, a gorduchinha agitada do bairro que sempre quer participar das brincadeiras mas quase ninguém deixa porque ela apela quando perde. Hmm. Aí você olha pro Serra, para as mãozinhas de T-rex do Serra, as canelas finas de siriema e a linha do calção acima do umbigo, pensando no desastre que ia ser ele no time e se lembrando de todas as vezes que ele tira onda porque tem os brinquedos mais caros da rua.

Então não reflete mais, aponta o dedo e diz:

- Dilma: você pro gol.

2 comentários:

Tina Lopes disse...

Realmente.

Bruno Perpetuo disse...

Hehehe... muito bom. Isso mesmo. Abs