terça-feira, 19 de outubro de 2010

Foi bonita a festa, ó pá

Acabo de ver o Bom (Bom?) Dia Brasil, com a cobertura do apoio dos artistas e intelectuais a Dilma, realizado ontem, no Rio. A má vontade da reportagem global era comovente. Cinicamente, enquanto as imagens mostravam vários nomes de peso, a reporcagem citou apenas, pela ordem, a presença de "entre outros", Leonardo Boff, Chico Buarque e Oscar Niemeyer (será que passaram a imagem do velhinho na cadeira de rodas por último para transmitir a idéia subliminar de que ir com Dilma é sinal de senilidade ou decrepitude?).

Esqueceram-se de citar Elba (até outro dia não era Serra?), Osmar Prado, Hugo Carvana, Ziraldo, Alcione, Beth Carvalho, acho que Tom Zé. Isso dos que vi.

Enquanto isto, Lula botava o dedo na ferida, num evento de Carta Capital. E que aqui no blog nossa equipe de colaboradores (eu e o labrador Nelson) concorda: enquanto a gente não tiver uma imprensa responsável, a gente não tem uma democracia estável. Porque a oligarquia dos meios e o consequente controle da informação cria uma classe despolitizada, uma massa de manobra manipulável segundo interesses que não são necessariamente (sendo bonzinho) sociais e democráticos.

* * *

"Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai".

Chico Buarque

3 comentários:

MegMarques disse...

Muito bom, o Chico! Em todos os sentidos!

Leo disse...

Esse Chico é foda.

Sâmia disse...

Já falei: ele nunca me decepciona!