Chato sei que me podem chamar, porque nao calo no peito este assunto; mas atire a primeira pedra aquele que gostar de bancar o trouxa.
Muitos nós do nosso Brasil varonil se entrelaçam na questão da comunicação. Nós históricos, nós culturais, nós mesmos.
Informação é a matéria-prima da opinião. Opinião é o alicerce que sustenta ações e atitudes que afetam a realidade social. Mas, venhamos e convenhamos: e se inform
Quem controla a informação controla a opinião; quem controla a opinião controla as ações sociais. Quem controla a ações sociais controla a política. E política, camaradas, desde que aprendi lá atrás com João Ubaldo Ribeiro, tem a ver simplesmente com isto: quem manda, por que manda e como manda. Posto que, desiludamo-nos: alguém manda, sempre.
Na verdade, tudo é muito mais complexo e irisado do que apenas se arranha aqui. Mas o que eu queria enfatizar uma vez mais, mesmo correndo o risco de aborrecê-lo (se é que ainda continua aqui), é muito simples:
Enquanto não houver uma mudança significativa nas regras dos meios de comunicação do país, nessa prostituição da imprensa com instâncias dos três poderes, nesse emaranhado que não sei onde começa o oligopólio midiático e onde termina a plutocracia brasileira, nunca seremos uma nação em toda a sua potencialidade.
Comunicação é o entrave total, o nó górdio político, o ponto crítico para que você tenha uma vida melhor no Brasil.
Talvez não seja demais repisar o simplismo: informação molda pensamento. Por isso é preciso cuidado com as fontes de informação que se tem, por isso é preciso lutar pela pluralidade de vozes.
Não existe isenção, não existe objetividade no jornalismo. Deleta esse discurso da sua cabeça. Isso é cascata, besteira que inventaram para lhe engrupir. Aliás, não existe nada, nenhum setor do conhecimento humano que seja objetivo, isento e imparcial – quiçá nem a matemática e a física de partículas*. Desconfio sempre dos que tentam vender essa retórica: é caso de pura ingenuidade ou de má-fé.
Por formação (graduei-me em publicidade e em jornalismo pela UFMG) e profissão, comunicação me é assunto caro. Mas o problema é que tento evitar o tom de militância (inutilmente, como se vê) porque julgo procedente que as pessoas parem para pensar nisso só um pouquinho, mas tudo o que consigo é me sentir meio derrotado porque, a cada vez que o bate-papo se politiza, mais tenho a impressão. Minto. Mais tenho a certeza de que me acham um porre. Eis a questão.
Bem, se for a natureza do bicho, melhor me conformar. Até não me doeria aporrinhá-lo agora com um derradeiro recadinho: pare de ler a Veja, pare de acreditar na CBN, pare de assistir os canais da Globo, pare de dar crédito aos jornalões. Eles não têm credibilidade. Acredite. Se não, pesquise. Pode começar por aqui, se quiser.
É isso. Talvez valha mais a pena aceitar a chatice com resignação porque me incomoda muito mais aceitar a trouxidao sem resistir. Se censurarem este meu proceder, não faz mal: como diz a canção, perdão foi feito pra gente pedir.
*Não diz essa cambada que só de observar um evento você o influencia?
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