No percurso para a agência, ouvindo o barulho do trânsito nas ruas e vindo de CBN no rádio, chamou atenção uma notícia que denunciava a situação de abandono de uma das classes mais marginalizadas da nossa sociedade: o assaltante.
Aqui em Minas, um legítimo representante da bandidagem entrou com uma ação na justiça contra sua vítima. Alegou que a vítima se defendeu.
Ao tentar assaltar uma padaria qualquer, dessas que figuram na esquina de qualquer bairro, o assaltante foi fisicamente repreendido pelo padeiro e, por conseqüência, impedido de exercer seu ofício.
Escorraçado aos safanões ou (adoro uma expressão do Nelson) "caçado a pauladas como uma ratazana prenha", deixou o estabelecimento polvilhando ameaças contra seu agressor: "Isso não vai ficar assim! Isso não vai ficar assim!".
Entrou na justiça em busca do resgate moral e das indenizações pertinentes, sustentando, no fulcro principal de suas argumentações, que ninguém tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos.
No Tribunal, o juiz babava: "Deboche! Acinte!". Deu parecer contrário à causa, mas o assaltante ainda pode recorrer.
Brasil, um país de todos.
Um comentário:
"caçado a pauladas como uma ratazana prenha" hahahahahahahahahahahahahahahahahaha.
Postar um comentário