sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Deveres e direitos

No percurso para a agência, ouvindo o barulho do trânsito nas ruas e vindo de CBN no rádio, chamou atenção uma notícia que denunciava a situação de abandono de uma das classes mais marginalizadas da nossa sociedade: o assaltante.

Aqui em Minas, um legítimo representante da bandidagem entrou com uma ação na justiça contra sua vítima. Alegou que a vítima se defendeu.

Ao tentar assaltar uma padaria qualquer, dessas que figuram na esquina de qualquer bairro, o assaltante foi fisicamente repreendido pelo padeiro e, por conseqüência, impedido de exercer seu ofício.

Escorraçado aos safanões ou (adoro uma expressão do Nelson) "caçado a pauladas como uma ratazana prenha", deixou o estabelecimento polvilhando ameaças contra seu agressor: "Isso não vai ficar assim! Isso não vai ficar assim!".

Entrou na justiça em busca do resgate moral e das indenizações pertinentes, sustentando, no fulcro principal de suas argumentações, que ninguém tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos.

No Tribunal, o juiz babava: "Deboche! Acinte!". Deu parecer contrário à causa, mas o assaltante ainda pode recorrer.

Brasil, um país de todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

"caçado a pauladas como uma ratazana prenha" hahahahahahahahahahahahahahahahahaha.