quarta-feira, 28 de maio de 2008

Poetadas

M. levantou a bola no Mesa de Bar. Corto pra cravar bem minha posição: Nunca - nunca - me achei poeta. Nem ruim, nem bom: não sou do time. E quando entro nessas quadras, arre: é como você combinar um bloqueio na saída de rede com o Nelson Ned.

Falta-me estatura para fazer poesia.

Mas, ó sina! Ó musas! Cubram-me com a carapuça: não é de ontem que me dá na veneta fazer riminhas e juntar versinhos - os mais infames possíveis!!! Dessas falíveis mãos não saem uma jornada nas estrelas, uma viagem ao fundo do mar. Só bola fora.

Pra fazer poesia, precisa ter talento. Isso todo mundo saca.

Mas, pra ser cara-de-pau, basta não ter vergonha. Sacou?

2 comentários:

Anônimo disse...

Não se menospreze, ó vate! Aposto que muitas obras-primas foram antecedidas de muito suor, muito rascunho. Bom que inventaram o 'PC". Já pensou o tanto de papel que rasgaríamos (ainda tem acento?) até chegar ao produto final? Sou insuspeito pra dizer que tenho gostado - e muito!
Don't stop.
A.None Moh

Rubão disse...

Tive que ir no dicionário pra ver "vate" (deveria ter sacado a raiz latina). Valeu!

(E né menosprezo nem mendicância, creia.)

Vou seguindo.

Abraço,