terça-feira, 13 de maio de 2008

Pé na tábua

Vou dizer o óbvio, mas hoje fiquei pensando que a gente tem que tocar a vida como se dirigisse numa auto-estrada: o que importa é daqui pra frente. O presente e o futuro do presente. O passado, não. Sua importância é relativa. Já experimentou dirigir só de olho no retrovisor? Todo mundo sabe o que acontece: sem olhar pra frente, você bate. Desvia do caminho. Sai da estrada. Também não é o caso de dirigir sem a referência do retrovisor, nunca. Você precisa dele às vezes pra dar uma olhadela por onde passou, pra não ser atropelado pelo que vem de lá de trás, pra muitas vezes ceder lugar e dar passagem a certos sentimentos. Pra deixar essas coisas irem.

Eu tenho muitos problemas nesse sentido. Sinto que alguns comportamentos se repetem. Como se eu buscasse inconscientemente no retrovisor alguma coisa a me perseguir ou estivesse sempre preocupado e receoso, a esperar algum enguiço na rebimboca. De um jeito ou de outro, você não curte a viagem.

Percebi, despertando de um sonho ruim às 4h30, que só vai dar pra ser feliz se a gente deixar medos e recalques no lugar onde eles devem ficar: ultrapassados e esquecidos. Lá atrás, a quilômetros de distância, muito depois daquela curva onde, agora, nada mais se vê.

Fé em Deus, pé na tábua. E veja que paisagem.

2 comentários:

Douglas Amorim disse...

Já falei pra você fazer terapia...

Anônimo disse...

Mais uma vez, "andar com fé eu vou porque a fé não costuma falhar"!

Vamo que vamo!!!!!!!!!!!!!!!

:-)