quarta-feira, 9 de março de 2011

De Túnis a Madison

Vendo este discurso do Michael Moore pra massa reunida em Madison, Wisconsin... pô, os olhos chegaram a marejar.

Fico divagando: quem acha que a luta dos trabalhadores nos Estados Unidos não tem nada a ver conosco, com a situação aqui no Brasil, pode estar enganado.

Dizem que Wisconsin é, historicamente, o estado da maior tradição sindical dos americanos, símbolo da garantia de direitos trabalhistas. Se o governador neocon de lá destruir o que resta de resistência dos direitos da classe trabalhadora; se Wisconsin cair, pronto: efeito bola de neve nos outros estados. Consequência: se os EUA em peso adotarem esse modelo de arrocho de estado, adivinha onde isso pode parar.

Menino, hoje um peido de camelo no Iemen aumenta o preço do papel higiênico aqui no Buritis.

Pra entender um pouco do que está acontecendo em Wisconsin, do que representa e do que está em jogo, clique aqui.

Para ver como é bonita a indignação diante da injustiça, aqui.

Um comentário:

Leo disse...

Concordo totalmente. O capital coorporativo, e hoje em dia especulativo, é transnacional. O nixo, o lugar no mundo, o encaixe nessa máquina global, meu, seu, se assemelha muito mais ao de um policial, um professor, um pequeno empresário, em Madison, em Tunis, no Cairo, do que o de um milhonario de Higienópolis. A elite financeira não tem patria e castiga igualmente o zé povinho, seja de qual nacionalidade ele for.