Acordo e estou numa praia deserta tomando água de côco. A claridade é forte e estreita os olhos. Tudo está
Leio dois parágrafos e paro. O Livro não está perto do fim. Levanto a cabeça outra vez rumo ao horizonte. Algo reflete mais do que a espuma do mar. Um objeto avança e reflui por sobre a indiferença das ondas... Metálico? Não. Vidro.
Decido ir até lá. Cato a garrafa transparente e a examino. O sol no polido da superfície raia meu rosto. Vedada por uma rolha, contém o que parece ser um pergaminho.
Trago a garrafa para debaixo do coqueiro e me sento. Cravo a rolha nos dentes e a cuspo adiante. Removo um volumoso maço de papéis antigos. Cheira bolor. A impressão não fora danificada; as páginas, suficientemente legíveis.
A narrativa é de espantosa familiaridade; são trechos do volume que eu estava lendo pouco atrás – a se iniciar exatamente do ponto onde minha leitura havia terminado.
Fito detidamente o Livro por alguns minutos. Giro os olhos e encaro o assombroso alfarrábio. Num rompante, levanto e atiro com força o Livro sobre o oceano. Encharcando-se, logo sucumbe.
Tomo o pergaminho e recomeço a leitura, tranqüilizado. Depois adormeço.
6 comentários:
Ei Rubens!
Tá por dentro dessa polêmica aqui?:
http://www.omelete.com.br/quad/100025557/Texto_sobre_violencia_da_Turma_da_Monica_gera_controversia.aspx
Lets, não sei como andam os roteiristas da Turma da Mônica hoje, mas me parece que o tal Dioclécio é malamado - ou seja, mala e mal-amado.
Hahaha...tb acho que é por aí mesmo. Nunca conheci ninguém que tenha desenvolvido qualquer problema comportamental e de caráter lendo Turma da Mônica. E olha que esses gibis fizeram parte da infância da grande maioria das pessoas...
Sem falar na incrível chatice dos xiitas da patrulha do politicamente correto, da qual esse cara parece fazer parte.
Seu texto: realismo fantástico!
A.None Moh
Borgiano!
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