sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Correnteza

Há, entre bêbados e maus letrados, uma tentação gigante de fazer má poesia. Puxa, eu não queria. Jamais quereria trapacear. Não existe literatice que valha o sentimento verdadeiro. Tudo bem: parcos recursos, vocabulário andrajo. Mas, mesmo que fancy fosse, nada valeria de nada que não sucedesse ao repuxo das válvulas imortais! Nada valeria que não fosse o talvegue desse leito maior, fluxo-refluxo de uma força indizível, inomeável, irreprimível.

Assim como a correnteza corre para o mar, meu amor, manso e voluptuoso sob a lua, se dirige a você.

Nenhum comentário: