sábado, 9 de fevereiro de 2008

Vikings

Há tempo que nessa vidinha ordinária tenho tentado velejar numa onda de auto-conhecimento e deixar para trás as águas da culpa. Nessa maré, digo: ora navegamos muito bem, com vento a favor; ora, há mesmo tempestades terríveis.

Há não muito entrei em tormenta. E; por seguir instintos que fizeram mãos, antes trêmulas, se agarrarem com uma firmeza desconhecida ao timão; na completa escuridão de chuva e vento e granizo que arrastam culpados ou inocentes indistintamente às profundezas; submetido à pressão incessante que cobrava de mastros sacolejantes e velas diáfanas apenas obediência e humildade; confesso: por dor, por raiva, por coragem, por amor - tomei o coração como bússola para viver.

Temo a permuta da sobrevivência pelo sacrifício de alguém. Como se o Destino ou a Fortuna não prescindissem de seu quinhão. Nessa viagem, há uma grande irmandade que em mágoas naufraga. Que a bóia que ei de te estender seja capaz não só de simbolizar a salvação da nossa amizade, irmão Viking, mas também da minha´lma.

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