quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

E no final a morte

Cabei de chegar a BH. Fui a Teófilo Otoni na quarta, virei noite, estou de volta nesta quinta. Exausto, mas nem se compara ao que minha família passou. Nem chega perto.

Na boa, não consigo entender. Não, não é verdade. Entender, eu entendo; a palavra certa é aceitar. Não consigo aceitar facilmente a existência do velório. A meu ver, nem muito sensato, nem racional. Mas aconteceram circunstâncias que me fizeram estar lá. E, olha, foi bom poder oferecer algum apoio aos primos, vovó, mãe. Que seja um abraço, um olhar, uma palavra - ou até uma piada! As pessoas contam com você. Nada do que rolou, no entanto, muda o fato de eu agir freqüentemente como uma besta egoísta. A gente, apesar de saber o que é certo, nem sempre age e decide pelo que é certo. Ainda bem que este não foi o caso. Se, por orgulho, entrei em contradição, não importa. Só um imbecil completo não se contradiz. E eu não sou completo.

Descanse em paz, tio, nesse destino que a gente comunga, que quase sempre nos oprime, embora também talvez nos redima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tb fiquei muito cansada. Acho que até agora não me recuperei direito... Imagine o pessoal lá! Eu ainda não sei lidar direito com essas coisas... Foi a primeira vez que vi isso na nossa família. E espero não ver tão cedo!!! Fizemos o que estava ao nosso alcance. Talvez não tanto da forma como gostaríamos... Mas valeu nossa ida. Que estejamos sempre unidos! Boa semana!!! Some não!!! Abração!!!