terça-feira, 8 de novembro de 2011

Reconciliação

Este é também o relato de uma admissão.

Hoje encontrei Biba, o gato, cutucando um filhote de cobra na porta do meu quintal.

Gelei - odeio ofídios. Parecia morto o peçonhento, mas, só parecia. Consumido pelo medo e ignorância, fui lá matar o bicho. Que permanecia vivo, apesar das minhas machadadas.

Me senti péssimo, crudelíssimo. Venenoso ou não, era só um filhote. E vai saber se não me caberão futuras retaliações.

Afastei tais pensamentos para não me sentir um escroto ainda pior e voltei-me para o gato. Agora o via com outros olhos. Abracei-o e coloquei uma comidinha especial na sua tigela. Tomei-o em meus braços, entre afagos dizendo:

- Meu herói! Meu garoto! Meu guardião! Gato lindo do papai!

E Nelson ali, apreensivíssimo de ciúme.

Calma, Nelsinho. Desta vez o pequeno crápula merece.

Um comentário:

nanda disse...

Nossa! Cuidado!!!