Hoje encontrei Biba, o gato, cutucando um filhote de cobra na porta do meu quintal.
Gelei - odeio ofídios. Parecia morto o peçonhento, mas, só parecia. Consumido pelo medo e ignorância, fui lá matar o bicho. Que permanecia vivo, apesar das minhas machadadas.
Me senti péssimo, crudelíssimo. Venenoso ou não, era só um filhote. E vai saber se não me caberão futuras retaliações.
Afastei tais pensamentos para não me sentir um escroto ainda pior e voltei-me para o gato. Agora o via com outros olhos. Abracei-o e coloquei uma comidinha especial na sua tigela. Tomei-o em meus braços, entre afagos dizendo:
- Meu herói! Meu garoto! Meu guardião! Gato lindo do papai!
E Nelson ali, apreensivíssimo de ciúme.
Calma, Nelsinho. Desta vez o pequeno crápula merece.
Um comentário:
Nossa! Cuidado!!!
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