sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Belo monte de especialistas


De repente, com o vídeo dos atores da Globo na minha e-mailbox, descobri que estava cercado de especialistas em Belo Monte e não sabia. Tanto que os colegas já assinaram a petição virtual e repassaram os emails, corrente adiante.

Da matéria, meu conhecimento é somente superficial. Incapaz de assumir uma posição terminantemente contra ou a favor - se é que o assunto exige uma postura assim, ou preto ou branco -, acabei ficando invejado da erudição de todos a respeito. Até porque, tenho certeza disso, as pessoas jamais passariam recibo público de algo ou alguma coisa em que são ignorantes.

4 comentários:

Tina Lopes disse...

Imagina! Olha, Rubão, eu em princípio sou contra usina hidrelétrica. A de Itaipu ferrou com o clima naquela região do Paraná, tornando-a muito mais quente e úmida; além disso, perdemos as Sete Quedas. Já fui entusiasta da energia eólica, mas depois que vi aqueles ventiladores monstrengos em Portugal - e soube que sua instalação exige desmatamento - perdi o tesão. Sei lá. Mas por isso mesmo, não assino.

Rubão disse...

Tinovsky, a questão é mesmo controversa. Merece pesquisa e reflexão, se o vivente estiver a fim de participar do debate. Duro é aguentar os artistas aí posando de bacana, endossando um arrazoado de ideias desconexas. Eu investigaria quem tá por trás desse discurso, mas tô sem tempo pra fuçar a fundo na web. Sem falar que a peça publicitária dos "artistas" toca o assunto de forma superficial, é dispersiva nos argumentos, mistura tonico com pinico, uma retoricazinha bem ao gosto de uma certa postura cool de quem agora se lixa pra índio, mas aposto que fecha o vidro com insufilme no carro e anda de ar condicionado pra não ver a mendigada.

Leo disse...

A bola que eu levantei é que o video, de um marketeirismo profissional e suspeito, longo e cheio de charminhos, na hora de responder a pergunta central: qual alternativa para a questão energética? – gasta apenas dez segundos. O Marcos Palmeira pergunta(aos dois minutos) e o outro ator responde: "Tem a energia solar, tem a energia eólica." E pronto, a questão complexa da geração de energia e seus inevitáveis impactos, que é um problema global, está respondida em dez segundos pelo bonitão. Não tem um dado, não tem um argumento, um case. E o pessoal já se considera convencido e sai repassando o tratado. Faça-me o favor.

Rubão disse...

Pois eu, que não sou expert em energia mas de impacto ambiental conheço bem, dei gargalhadas quando ouvi falar que energia eólica e solar são opções às hidrelétricas! Só faltou fazerem referência aos biocombustíveis como alternativa!

Todo mundo ainda tem pavor da energia nuclear, com certa razão. Mas o futuro vai ser ela mesmo.

Meg (usando a conta do Rubão)