quarta-feira, 31 de março de 2010
Gratidão
terça-feira, 30 de março de 2010
Hoje vou assim
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
Oh, pedaço de mim
segunda-feira, 29 de março de 2010
Armando
sexta-feira, 26 de março de 2010
Jotapê
quinta-feira, 25 de março de 2010
Parabéns
quarta-feira, 24 de março de 2010
Casa
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
La Pulga
Em 2005, falei pro Leo: Esse Messi é diferente. Soará acaciano, mas vai assim mesmo: se a besta do Pekerman tivesse botado o menino pra jogar direito em 2006, tudo poderia ser diferente para os argentinos. Agora, parece que todo mundo anda enxergando o óbvio. O bicho já figura na ante-sala do Panteão do futebol: só falta o êxito numa copa pra consagração.
sexta-feira, 19 de março de 2010
¡ay!
Topei com um concurso cultural da Espn na internet e, custa nada, fui lá participar. A promoção consistia em responder a uma questão em no máximo 256 caracteres. Autores das duas melhores frases ganham uma viagem à Espanha (com acompanhante) para presenciar, dia 11 de abril, no Santiago Bernabéu, o clássico entre Real Madrid x Barcelona.
A pergunta era a seguinte:
De que lado desta batalha você está? E por quê?
Ai, quién me dera ter ganho. Me desembestei a responder assim:
Viver o futebol num sonho de Quixote
“Que chute! Que dribles! Que toque!”
Valente, como se a domar o touro à unha
Somente entre as fileiras da Catalunha
Pois é este o futebol cuja alma não esgarça:
Por ser Brasil, mais do que nunca hoje sou Barça!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Rosinha, sim, vai encarar?
terça-feira, 16 de março de 2010
Marujo
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Mas foi nele que espelhou o céu.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Meu Deus, vou ser pai
sexta-feira, 12 de março de 2010
Dizem que é de Caymi
"Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?"
quinta-feira, 11 de março de 2010
Torcedor
Vez em quando me dá vontade de virar a casaca e torcer pra outro time. Não tenho compromisso com a burrice.
Gosto de bom futebol. Destemido, com toque de bola, jogado pra frente. E a cultura imbecilóide que se posta sobre o Atlético Mineiro como uma auréola, desde sempre, e infelizmente, é a de que “tem que ter raça”. Raça, raça, raça.
Tudo bem, sem elán não chupa nem um Chicabon. Mas pergunto: e o bom futebol? Não conta?
Essa mentalidade deturpada impregna e perpassa tudo – torcida, jogadores, dirigentes. E é em boa parte a responsável por essa draga em que o Galo está há décadas. Se o clube, o dístico e tudo o mais que o representa não mudar radicalmente a cultura – abandonar a valorização do futebol brucutu, do futebol de “machos”, para valorizar o futebol bonito, que eventualmente o levará às vitórias - não haverá solução. Pobre Galo. Sempre entre a tragédia e a chacota. Não é por acaso que quase ninguém o respeita.
Mas, se fosse mesmo virar a folha – comportamento condenado por nossos pares – aonde miraria minha simpatia?
Cruzeiro, não posso. Sem contar que é muito melhor tê-lo como rival, um rival de respeito.
Corinthians e Palmeiras, nunca. Antipatia plena.
Botafogo. Tremenda simpatia, o time de Mané. Mas muito parecido com o Galo nas patetadas.
Fluminense. Muito aristocrático.
São Paulo. Joga pra frente, mas – hum – não...
Flamengo. Jamé.
Os do sul. Uma identificação muito distante.
Santos. Opa. Também é alvinegro, tem tradição do melhor futebol brasileiro, meteu
Mas, ai de mim. E seu eu começar a torcer pro Santos e ele começar a jogar mal?
Vou ficar com o Galo. Só mais um pouquinho.
terça-feira, 9 de março de 2010
Fabulices
Acordo e estou numa praia deserta tomando água de côco. A claridade é forte e estreita os olhos. Tudo está
Leio dois parágrafos e paro. O Livro não está perto do fim. Levanto a cabeça outra vez rumo ao horizonte. Algo reflete mais do que a espuma do mar. Um objeto avança e reflui por sobre a indiferença das ondas... Metálico? Não. Vidro.
Decido ir até lá. Cato a garrafa transparente e a examino. O sol no polido da superfície raia meu rosto. Vedada por uma rolha, contém o que parece ser um pergaminho.
Trago a garrafa para debaixo do coqueiro e me sento. Cravo a rolha nos dentes e a cuspo adiante. Removo um volumoso maço de papéis antigos. Cheira bolor. A impressão não fora danificada; as páginas, suficientemente legíveis.
A narrativa é de espantosa familiaridade; são trechos do volume que eu estava lendo pouco atrás – a se iniciar exatamente do ponto onde minha leitura havia terminado.
Fito detidamente o Livro por alguns minutos. Giro os olhos e encaro o assombroso alfarrábio. Num rompante, levanto e atiro com força o Livro sobre o oceano. Encharcando-se, logo sucumbe.
Tomo o pergaminho e recomeço a leitura, tranqüilizado. Depois adormeço.
Wouldn't it be nice?
Wouldn't it be nice if we were older?
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong
You know it's gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together
Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through?
Happy times together we've been spending
I wish that every kiss was never ending
Wouldn't it be nice?
Maybe if we think and wish and hope and pray
It might come true
Baby then there wouldn't be a single thing we couldn't do
We could be married
And then we'd be happy
Wouldn't it be nice?
You know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But let's talk about it
Wouldn't it be nice?
segunda-feira, 8 de março de 2010
Um pedido a fazer
sexta-feira, 5 de março de 2010
Incentivo
quinta-feira, 4 de março de 2010
Mineirice que irrita
terça-feira, 2 de março de 2010
Museu do Futebol
Você chega tranqüilo e sem expectativa. Com a serenidade dos que já viram muitas partidas e uma bagagem de quase-almanaque. Mas, assim que coloca os pés no Museu do Futebol, se depara com uma exposição composta de vídeo e fotos que te rouba a bola e te desarma.
São flagrantes de adultos, jovens e crianças, homens e mulheres de trocentas nações em diferentes cenários e paisagens. De moleques nepaleses nus chutando bola em algum lugar do Himalaia a iraquianos disputando a pelota numa piscina vazia e inclinada
Todo o mundo jogando bola.
Aí, pronto: você se rendeu, agora é tarde demais. Seu coração já disparou rumo à infância e você lembra como era boa a sensação de brincar, do tesão que era entrar numa pelada (opa!) e saber que naquela época nada, absolutamente nada, era mais importante do que jogar bola.
Falar nisso, disse quem que, das coisas desimportantes, futebol é a mais importante de todas?
Ora, bolas; no fim, o que importa - o que sempre importou - é o Espírito, grafado assim, maiúsculo. Pois se é pelo Espírito que um emaranhado de meias, um novelo de lã, um côco, castanha, laranja, limão, um botão de roupa, embalagem de toddynho, caixa de sapato, caixinha de fósforos e tampinha de garrafa se transformam em uma bola de futebol, chego quase a acreditar que futebol é tudo.
Craque
segunda-feira, 1 de março de 2010
SP
Encontrei Meg
E aí só dá Rubão, com sacola a tiracolo, batendo perna por Pinheiros e Jardins Paulista. Os aparts e flats na região estavam todos ocupados (havia alguma espécie de convenção de esportistas) e a outra opção era ficar em hotéis de quarta categoria, tipo rendez-vous, cama redonda, espelho no teto, o escambau.
Eu já não agüentava mais andar carregando peso e tomando chuva na cara. Ia desistir, pegar um táxi e me resignar a ficar longe da Paulista, onde já tinha traçado todos os mapas, rotas e meios de transporte para os lugares que desejávamos visitar.
A solução, ironia, foi ficar na outra unidade do hostel que me passara a perna. Detalhes do caso eu conto outro dia, mas acabamos ficando num quarto com banheiro privativo e quatro camas de solteiro. Juntamos duas e... voilá! Bora bater perna.
Em quase quatro dias, conhecemos e curtimos o máximo que conseguimos. Se apenas garoou na minha chegada, choveu em nossa despedida, atrapalhando, em parte, o passeio ao Parque Ibirapuera. Nesse ínterim, tempo nublado e até um solzinho pintou na manhã de sábado.
Se mais não fizemos foi porque a falência física e financeira não permitiram. No final, nossos corpos e finanças arrebentadas constituíam uma só massa falida. Mas foi muito, muito bom. E sem dúvida: com Meguinha, eu voltaria e repetiria tudo outra vez.
Achismos:
- Não dá para confiar
- Velhice: da próxima vez que viajar, saber com uma antecedência tal que me permita um treinamento intensivo de pelo menos duas semanas caminhando, correndo, fazendo polichinelos, etc. Minha cacunda e minhas pernas ficaram em frangalhos logo no primeiro dia.
- O paulista é avaro no cumprimento. Experimente saudar um paulista: uma carranca muda estará à sua frente. Na grande metrópole brasileira, “bom-dia” não faz eco.
- Eu provavelmente comi o melhor bife da minha vida. Me recuso a chamar aquele pedaço de carne de“filé”.
- Eu decididamente comi o melhor croissant da minha vida.
- Avatar no Imax do Shopping Bourbon: nada a declarar sobre o roteiro do filme, mas ver cinema 3D pela primeira vez na (acho) maior tela do país foi bem legal.
- Praça Benedito Calixto: feira de antiguidades, point dos descolados, com butecos, sebos e lojinhas alternativas ao redor. Compramos cerveja e bebemos livros.
- Museis (sic, como diz uma amiga da Dra.):
Pinacoteca: agradável surpresa na Praça da Luz.
Museu da Língua Portuguesa: por ser renomado, esperava um pouco mais. Há um show audiovisual chatésimo no 3º andar
MASP: por ser tão renomado, esperava muito mais. Apesar do propalado grande acervo que tem, me pareceu haver pouco espaço para exposição. Enfim, o mais legal que achei no MASP foi uma moedinha de 2 cents de Euro que encontrei no chão, logo na entrada (brincadeira, Doc, brincadeira).
Museu do Futebol: show de bola. Teve hora até que os zóio marejou.
MAM: não gostei, dei azar de pegar umas exposições beeeem marromenos e outras, francamente, bem sem-vergonhas.
MAC: perto do MAM, pareceu um alívio. Mas tinha pouco a mostrar.
Museu Afro: embora um pouco caótico em sua organização, o mais bem servido de materiais, peças e obras em exposição.
Museu do Ipiranga: Não deu pra ir. Fica pra próxima.