segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Emergência

Estávamos numa boa, no sábado, quando minha querida sogrinha ligou de Viçosa, pedindo a Meg para ir à casa do pai. Ele havia desistido de viajar para lá porque havia se sentido mal. 

Meg ligou e, embora o pai insistisse que estava tudo bem, não se sentia tonto nem nada, ela haiva achado a voz dele um tanto quanto arrastada. Em seguida, D. Zezinha insistiu para que ela fosse lá verificar. Depois de alguns minutos, ela ligou uma vez mais para o pai; achou a fluência na voz ainda pior. Seguiu direto para lá. 

Combinamos: se estivesse tudo bem, Meg ficaria um par de horas com o pai, mantendo-o sob observação. Em caso de hospital, ela me ligaria avisando. 

Quando finalmente Meg ligou, já se encontrava no hospital. Hipoglicemia. Por agora, está tudo bem, mas na hora foi um desespero, como contaria depois. O pai, semi-inconsciente, sem condições de ficar de pé, telefonemas em sucessão dos familiares preocupados, ela tendo de falar com a médica, lembrar o endereço para o socorro médico, chamar os vizinhos para acorrerem, dar açúcar, achar os documentos paternos: tudo praticamente ao mesmo tempo. 

Eu me senti mal quando ela falou isso. Deveria ter estado lá para ajudar. 

Cá com meus botões, fico a pensar se eu saberia o que fazer em uma emergência. Ignoro o número do SAMU e meu treinamento de massagem cardíaca e respiração boca-a-boca se baseia nos filmes de Hollywood.

Mas pelo menos eu poderia servir um copo de água com açúcar.  Que seria, no caso, de extrema conveniência a todos - principalmente para o sogrão.