quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fantasia de adulto

Meg e as meninas, Bibi principalmente, ficaram impressionadas com o filme Onde vivem os monstros, adaptação do livrinho Where the wild things are, de Maurice Sendak. Gostei, porque não segue aquela receitinha de bolo hollywood, de respostas fáceis com glacê no fim.

Choraram juntas. Já o monstrengo aqui segurou a onda legal. Talvez por ter mais familiaridade com o tema.

O que não me impediu de refletir: curioso constatar que minhas relação com as meninas é sensivelmente melhor quando desço o zíper da fantasia de adulto e deixo a criança sair (apesar do olhar assustado da Meg).

É assim quando a gente - eu e a duplinha - dialoga fácil e se entende, nos termos delas, com minhas ações e reações sem constrangimento ou preocupação com censores, dando breve vazão aos instintos primais e, ainda que às vezes brutais, infantis.

O adulto não existe. O dia a dia (agora sem crase) é que envelhece e embuça a natureza da gente.

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