Aí pensei: num pode. Se é bactericida, mata as bactérias. Se for anti-homicida de bactérias, me parece contra-senso. Salvo em alguns casos, como produtos para regulação intestinal, nos quais é saudável estimular o crescimento de certa flora bacteriana, não acho que o lance seja vender algo que inclua a vantagem de impedir o "crescei-vos e multiplicai-vos" da colônia.
Aliás, imagino que pode ser isso - antibacteriana, não antibactericida. Faz sentido ou tô completamente doido?
Porque comecei a reparar, numa googlada só, que o esquadrão antibactericida taí faz tempo. Muita gente usa, de jornalistas a publicitários. Como nesta chamada do Victoria´s Secret Hand Gel Antibactericida Berry Kiss: Suas maos livres dos germes e bactérias.
Ah, é?
Quer saber? Acho que vou dizer que o produto do meu cliente é mais fácil de limpar. Ou porque é realmente muito inapropriado para a reprodução das bactérias ou, por outro lado, porque é tão propício à sua proliferação que é impossível não notar aquele bacanal bacteriano todo, passar um panim com detergente e acabar com ele assim, ó.
5 comentários:
Pois não é que 'cê' tá certo? Se o sufixo 'cida' quer dizer matar (como em homicida, suicida, formicida, etc.), o 'anti' deve ser a salvaguarda que toda bactéria esperta deve sonhar carregar consigo, prevenida, né? Ah.None Moh
Ah, publicidade. Me lembrou aquela história da refrescância - uma palavra que não existe/existia no nosso dicionário, até que uma agência decidiu traduzir o "refresment" de um creme dental. E não achou as palavras corretas, "frescor" ou "refrescante", adequadas. Mas vc já deve saber disso há muito mais tempo que eu, claro. ;)
Refrescância: parece coisa de veado, como dizia o Pasquim.
A.None Moh
Isso mesmo!
Aparecida
Ah, Rubão isso me fez lembrar de um lapso que tive há anos e o Fabien não me permite esquecer:eu disse que precisava comprar anti-repelente para os meninos.
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