terça-feira, 5 de abril de 2011

Ventríloquo

Não conheço o cara - Joesley Batista, mas é como se ele colocasse na minha fala o que vivo dizendo aos colegas no trabalho e aos compadres no serão extra dos botecos.

Catei lá do Nassif. Grifos meus:

Por falar em desenvolvimento, no mínimo interessante a entrevista que o Diário Catarinense publicou com o presidente do Conselho de Administração do Grupo JBS.

Sua sinceridade e simplicidade, e competência dos que constroem empresas e nações, joga no chão a cantinela chorosa de oposicionistas da direita inconformada e a imprensa monopolista que os apóiam, a respeito dos impostos altos, da falta de infraestrutura, do governo, etc.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3261382.xml&template=3898.dwt&edition=16810&section=129

Segue o teor da entrevista:

Diário Catarinense – Quando esteve no Brasil, o presidente Barack Obama disse que somos o país do presente, não do futuro. Esse futuro já chegou aos negócios?

Joesley Batista – Nós operamos em vários mercados emergentes e não tem nenhum que se compare ao Brasil. Somos o emergente mais ocidental, mais capitalista e mais regulamentado entre todos. É o mais “Primeiro Mundo” dos países do Bric (Brasil, China, Índia e Rússia). Os outros têm enormes desafios institucionais, de governança, de consolidação da democracia. Estamos quilômetros à frente deles.

DC – Então, por que a sua empresa aposta tanto nos EUA?

Joseley – Nós temos uma melhor percepção sobre a economia americana comparada com a média de mercado. Por isso, chegamos a 25% do mercado de carne bovina lá, além de 12% da carne de porco e 22% do frango. Apostamos muito nos EUA porque acreditamos que seremos, nós e eles, o celeiro do mundo daqui para a frente. Brasil e EUA são as duas plataformas com mais condições de dar a resposta necessária à demanda mundial por proteína. A food inflation (inflação da comida), que faz os preços subirem no mundo todo, se dá justamente pela demanda. E quem tem água, sol e terra são Brasil e EUA.

DC – Quais reformas o Brasil precisa fazer para confirmar esse novo patamar? O que nos falta?

Joesley – Não falta nada. Estamos cada dia mais produtivos. A economia está crescendo 7% ao ano, a ponto de o governo ter de segurar. Hoje, estamos sofrendo de todos os bons problemas que uma economia pode sofrer. Está faltando aeroporto, está faltando estrada. Por quê? Porque temos movimento.


2 comentários:

Unknown disse...

Ei concunhado!
Conheci esse senhor pessoalmente em 2007 (uma longa história), mas no momento não tinha idéia de quem era e do que ele fazia. Me diverti muito com sua simplicidade e suas piadas além de ter ficado impressionada com as histórias sobre sua família, descordei de algumas coisas mas vale a pena conhecer alguém que do "nada" conquistou muita coisa.

Rubão disse...

Fala, concunhada! Que interessante, depois cê conta o causo. E comé que tá o barrigão?

Abraço nos três,
r