quinta-feira, 31 de março de 2011

Câmbio

Continuam os procedimentos para il nostro progetto. Eu tava crente que o negócio era aproveitar a condição de correntista do BB ou do Itaú e ir lá pegar os Visa Travel Cards, comprar Euro e pronto.

Santa ingenuidade, Batman. Procesvê como é incauto este provinciano viajante.

Descobri que cada banco e agência de câmbio têm sua própria política e taxas para as operações financeiras. O IOF vale para todos. Mas cada instituição vende o Euro no preço que quiser - com muitos centavos acima da cotação que divulgam nos jornais -, variando também se há ou não uma taxa extra de administração, ou sei lá qual eufemismo chamam a isto. Por exemplo, além do indigitado IOF, o Itaú cobra uma taxa fixa de 77 reais sobre montante de qualquer valor e o Euro é cotado a R$2,45 (acho). Já o BB cobra 3% sobre o montante da operação, mas a cotação do Euro é R$2,39.

Ora, como papito aqui é um sujeito chegado numa economiazinha, dá-lhe pesquisar e fazer conta. Posto que inda falta averiguar mais alguns bancos e lojas de câmbio.

Para lascar um pouco mais: quando, de alguma maneira, nos escritórios do Ministério da Fazenda e do Banco Central chegou a notícia de que Rubão ia mesmo para o exterior na lua-de-mel, os técnicos do COPOM ficaram naquele alvoroço todo, com a ameaça de desestabilização do mercado, queda dos juros e redução do superávit primário. Depois de várias reuniões noites adentro com o Mantega e o Tombini, o governo aumentou o IOF para compras do cartão de crédito no exterior, de 2,38 para 6,38%.

Se o governo disse que o aumento do IOF foi por outros motivos, não acredite. Só aqui em Boêmios no Divã você se informa de verdade.

4 comentários:

Tina Lopes disse...

Vocês vão quando mesmo? Vou apressar o post Florença-Veneza em homenagem. Nós compramos euros em casa de câmbio mesmo, saía mais em conta. E não compramos os Visa Travel Cards e afins, achamos exagero - e daí que não aceitava em lugar nenhum pra comer. Outra coisa: sabe a propaganda do HSBC? Que tem no mundo inteiro? Não existe na Itália. E nas cidades menores os restaurantes não aceitam cartão. Ficamos sem dinheiro pros gastos pequenos, tipo almoço e ônibus,em Veneza, e tivemos que apelar pra uma casa de câmbio, em que a taxa pra transação era absurda! Só que não entendemos cazzo do que foi dito e no fim, pra retirar coisa de 200 euros, cobraram taxa de uns 80! Maior prejuízo.

Rubão disse...

Valeu pelas dicas. Mesmo levando em conta seu depoimento, acho que merece levar o VTM - um primo foi a esse mesmo roteiro ano passado e o utilizou sem maiores problemas. Enfim, deve ser útil em alguns momentos/locais.

E ó, tô no aguardo deste post faz um tempinho. Abraço,
r

MegMarques disse...

Putz, amore, desestabilizamos a economia internacional!

Tina Lopes disse...

Quanto mais garantias de não ficar de bolso vazio, melhor. ;)