terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ecce omo

Nietzsche é uma figuraça.

Figuraça.

Demente ou são, não importa.

Às vezes, dá impressão de que o bicho está o tempo todo fazendo galhofa. Tirando sarro.

Mas não dá pra saber ao certo.

É indecifrável.

Mas não deixa de ser, independentemente de sua filosofia e todos os eventuais achaques, um verdadeiro estilista, e, como pensador, absolutamente invulnerável ao consenso crítico.

"Eis o homem". Mas quem hoje lavaria as mãos por ele?

* * *
Nota: não estranhe, mas se eu fosse editor de um tablóide inglês, tascava a manchete "Ecce homo" para a matéria sobre o Ricky Martin finalmente assumindo e saindo do armário. Daria ao jornalismo de celebridades um, ahn, sei lá, um certo "frescor intelectual". Falei.

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