Coetzee, Bolaños, Koetler e Auster. Parece escalação de zaga, mas são estes os escritores titulares do Cabeceira Futebol Clube.
Não sei se dará muito certo leitura simultânea. Vejemo.
O Verão tem uma prosa fluida, mas dá cansaço do processo: fico me perguntando se o Coetzee faz as personagens falarem dele, a-mesma-impressão-o-tempo-inteiro-repetidas-vezes, de propósito. Lembra o chiste daquele cara com um puta ego para a mulher: "Mas, já falei muito sobre mim. Vou deixar você falar agora- de mim, é claro".
2666 - enigmático título daquele a quem críticos consideraram o romance em língua espanhola da década - estou começando agora. Nada de significativo aconteceu ainda, mas como se trata dum "caiau" de livro, há muita página pra correr debaixo desses dedos.
Marketing 3.0, do papa americano sobre o assunto, é uma daquelas leituras meio chatas que você, profissional, de vez em quando tem que fazer. Pra referência, uso e consulta quando e se necessário.
Achei que meu pai fosse Deus é um livro fácil de ler - um bocado de historinhas curtas recebidas pelo Auster enquanto ele protagonizou um programa radiofônico nos Estados Unidos. Bonitinho. Embora assegurem que foram contribuições de pessoas de vários estados americanos, ambos os sexos e de uma ampla escala etária, sei não: até onde li, a maioria das histórias é de quem já passou dos quarenta, cinqüenta. Fiquei imaginando velhinhos ouvindo rádio, talvez à noite, ensimesmados e presos a antigos hábitos - como ouvir rádio -; em seu interior o desejo por uma iota de atenção, a ânsia reclusa por dividir suas histórias com alguém ou apenas um ombro amigo para comungar sua solidão.
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