sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carná na terra de Chatô

João Pessoa é boa cidade; no Brasil, tem a costa mais oriental. Chove todo dia, mas tem sol, calor e sal. Bem quente e muito úmida - o que, no Nordeste, é normal. Não tem carnaval; suas festividades e blocos ocorrem nas vésperas, desde uma semana antes da data oficial. Deve ser pra evitar disputa com Recife, Olinda e Natal. Vixe! Rimou tudo e olhe que nem sou repentista e tal!

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Adorei Rubacão, mistureba em que vai feijão verde, arroz, creme de leite (acho), queijo e um ingrediente protéico à escolha: ou camarão ou carne de sol/charque/lingüiça/frango. O nome do prato típico parece o pseudônimo de um mascote que eu teria, caso fosse um super-herói em um seriado ou desenho animado dos anos sessenta. "Ariel! Rubacão! Ukla! Vaaamos!"

Faltou achar um ensopadinho de lagosta pra sorver e um goiamum pra destrinchar. Estava em falta na maioria dos quiosques e restaurantes. Ficamos com a impressão de entressafra.

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No comércio, mais de uma pessoa me perguntou se eu era nativo. Legal. Me deu ganas de engatar um sotaque arretado, pra ver se passava mesmo como um local sem ser desmascarado. Mas acabei deixando a ideia pra lá.

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Passeio em Picãozinho, piscinas de água transparente longe da costa. Não vale a pena. Barcos em excesso, gente em demasia. A água acaba ficando turva e não tem espaço pra se locomover porque não se deve pisar nos corais. Só que a quantidade de turistas acaba estimulando a transgressão.

Praia do Sol, ao sul de JP. Vale conhecer, o esqueminha que eu gosto. Gente pouca, praia ampla, quiosquinho com mesa na areia para ficar ali. Só não pude tomar uma gelada porque dirigia.

Praia Bela, encontro mar e rio e mesas n'água. Os indefectíveis carros com porta-mala aberto e o som das profundezas do Hades. Dispenso.

Coqueirinho. Mesmo esquema descrito acima, mas é mais bonita, a meu ver. Mas é melhor que a Praia Bela, pois tem um restaurante onde dá pra se isolar um pouco do furdunço.

Ponta do Seixas. Interessante, do alto da falésia, ótima vista do mar. E o museu do Niemayer, ali do lado, vale ir só pra não dizer que tu não foi.

Centro histórico tá precisando de um capricho. Quase tudo em estado de abandono. E, quando fomos, na terça, tava tudo fechado. Pena.

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Na ida, conexão no Rio, eis que surge uma mulher com um derriere inversamente proporcional ao tamanho do seu vestido. Era a tal Nicole Bahls - uma das celebundas mais em voga, atualmente.

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Talvez o ponto máximo desse carnaval na Paraíba tenha sido Tambaba. Quem conhece a praia sabe o que significa.

Mas é matéria para outro post, talvez intitulado: "Sem frescura, sem disfarce, sem fantasia".

2 comentários:

nanda disse...

Tava doida pra saber da viagem. Achei "Rubacão" o máximo! Abraços!!!

nanda disse...

E Nelson? Como passou?