sexta-feira, 30 de abril de 2010
Treinadores
Done
quinta-feira, 29 de abril de 2010
A rodada
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Preparativos
terça-feira, 27 de abril de 2010
Malévolos personagens para futuras tirinhas
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Highlanders
A rodada vindoura
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Reação
Hoje é sexta-feira
terça-feira, 20 de abril de 2010
A massa cheirosa
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A rodada
"Que sirva de lição para todos os pragmáticos – eufemismo para medrosos – deste país, incluindo o treinador-mor da Seleção: esse é o futebol brasileiro que queremos, a soma exata de arte e eficiência."
Alberto Helena Jr., Bola Virtual
"A bola que os meninos estão jogando é mais do que redonda. É alegre, mágica... Nos faz feliz."
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Uma frase para o final de semana e além
Vão
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A rodada
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Constatação
sexta-feira, 9 de abril de 2010
ausente, desinteressado e não-envolvido
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Trama
O Desaparecido
Rubem Braga
Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.
Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um menino lírico. Olho-me no espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais publicam de um desaparecido que a família procura em vão.
Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente, docemente em ti, meu amor.
"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa"
Lindo, lindo.