Li, um tiquinho aterrado (aterrado é a palavra certa), que, na penúltima segunda-feira, um asteróide raspou a superfície da Terra, passando a uma distância de 72 mil Km - alizinho, o termo técnico em linguagem científica-espacial. Um fio de cabelo galáctico.
Pra se ter uma idéia melhor: na comparação da reportagem, se o coração de um humano adulto fosse do tamanho da Terra e o asteróide, um projétil de revólver, o tiro acertaria a coxa. Com o potencial destrutivo de 1000 bombas nucleares.
Como o pedregulho tinha entre 21 e 47 metros de diâmetro, só foi possível detectá-lo dois dias antes de sua aproximação.
E você, aí, sem saber de nada. Alheio a eventos cósmicos de suma importância e de seu interesse, se preocupando com a zaga do Galo ou se vai chover no sábado.
Paro e me pergunto por um momento se a ignorância de uma hecatombe global iminente seria mais tranquilizante. Ou, caetanicamente, não.
Alguém aí gostaria realmente de saber a hora da morte?
Depende, né. Depende, em primeiro lugar, do prazo que se tem até o instante da devastação total. E, sobretudo, se dá tempo de chegar à Bahia pra tomar uma geladinha à sombra dos coqueiros.
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