Transitando aí entre as estantes das livrarias ou pelas esquinas do ciberespaço, já topou com a coleção Cidades Ilustradas, da Ed. Casa XXI? A proposta é convidar um artista, desenhista ou ilustrador para apresentar uma perspectiva pessoal sobre cidades brasileiras, intercalando a arte com algum tipo de narrativa.
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Se presta, não sei; mas certas representações ficaram belíssimas, cada qual em seu estilo. As edições de Salvador e de Porto Alegre me impressionaram mais; Belém, menos, e Belo Horizonte ficou demasiadamente bonitinha, corretinha, caretinha - sei lá, carecia mais paixão. Será a que a cidade e a população são em parte responsáveis por esse efeito no artista?
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Talvez sim. Há quem pense diferente, por certo. Porém, BH e todos os seus significados e pertences simbólicos estão mais para uma pintura apaixonante que você expõe na parede do seu hall ou para aquele quadro do qual você meio que se envergonha e deposita num canto empoeirado de garagem? Uma cidade surreal? Impressionante ou impressionista? Pós-contemporânea ou mixórdia?
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Seja o que for, me aguarde no centro da alameda principal da Praça da Liberdade. Dê dez passos para trás e monte seu cavalete. Quando eu contar até três, saque seus pincéis.
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PS. As edições se encontram disponíveis para download no
site da editora. Penso em dar essa dica à amável sogrinha, que recentemente passou alegre semana em companhia dos irmãos soteropolitanos.
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