sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pena do Galo

A tal "garra" do Atlético Mineiro não resiste a um insucesso vulgar. Uma derrota banal - como aquela de 1 a 0 para o São Paulo - é o suficiente para despertar velhas inseguranças, velhas fragilidades. Basta ver qualquer entrevista: do roupeiro ao centroavante, é um plantel que desconfia dos próprios méritos - apesar de, frente às câmeras, prometerem "fibra" e se declararem "confiantes". Pura fachada. Muda-se o treinador, muda-se o time, a tal "confiança" do time do Galo tem a solidez de um mocotó. Em vez de cobrar dos jogadores "vergonha na cara", os dirigentes poderiam exigir de todos um pouco mais de massa cinzenta, a começar por si mesmos.

Este é o resultado de séculos de uma cultura administrativa que valoriza a burrice. Digo, o jogador forte e burro, mas que tem "garra", em detrimento daquele bom de bola e inteligente. Faz tempo o Galo se habituou a perder, se acostumou com a mediocridade - esta é a verdade. Precisa da derrota para alimentar seu martírio eterno. E mais, basta olhar o retrospecto de todos os últimos campeonatos: tem o Galo uma necessidade impressionante de ser goleado. Não suporta a idéia de passar mais de três jogos sem uma humilhação. E aí, vem o pranto de toda uma geração frustrada, gente que vai nascer e morrer sem ver uma vez sequer um time que preste. Mas nada vai mudar até que lá substituam até o último idiota. Aí, talvez, começará alguma esperança.

Ainda bem que torço pro Santos.

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Com o anúncio da doença de Hugo Chavez, houve decerto o espocar de champanhes em alguns setores da Venezuela e dos Estados Unidos.

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Cada vez mais, ser simples é complicado. Ser complicado que é simples.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lá pelas bandas da Toca da Raposa, o mau início de Brasileirão não foi suficiente para gerar crise. Um sinal amarelo, talvez. Não que eu fosse a favor da saída do Cuca, pois os onze em campo eram os verdadeiros responsáveis. Muitas vezes é crise de identidade (passageira). Tamos aí, de novo, em busca de melhor posição na tabela.
Quanto ao seu time, apenas confirma o que sempre digo: não consegue passar 3 meses sem turbulências. Enquanto tiverem presidentes que raciocinam (?) sob o fogo das paixões, nada haverá de mudar.
Tenho dito.
A.None Moh

P.S. - viu no que sua rebeldia foi dar? Torcer pra outro time, ora...

Rubão disse...

De fato. Mas a vida é curta. Não podendo ser atleticano por me recusar ser burro nem ter compromisso com o erro, torço agora para um bom futebol. Independentemente da camisa que o pratique. Até para o Cruzeiro, vá lá.

Anônimo disse...

Tks.
A.None Moh