Vi finalmente Tropa de Elite. Bom, mas não excepcional como diziam. A narrativa, bem construída; o Wagner Moura, um dos bons atores da sua geração; o filme, bem produzido. Não sou crítico, e embora tenha gostado de acompanhar e compreender um determinado ponto-de-vista, as vozes que acusaram o Padilha de apologista da tortura, violência ou facismo, ou sei lá o quê na repressão contra o crime, me pareceram exageradas. Tropa não é isso mesmo? Uma opinião, um juízo de valor, um ponto-de-vista? Por outro lado, tampouco entendo a baba, fissura ou pico de testosterona que até hoje uma pá de gente parece sentir ao repetir os bordões “Pede pra sair, Zero-dois”, “Traz o saco”, etc.
De qualquer forma: na narrativa desse dilema social, visto pelo olhar do Capitão Nascimento, Tropa de Elite bate. Bate bem, bate em cima - um olhar que mata mais do que atropelamento e menos que bala perdida.
Pra mim, o trunfo de Tropa é seu recorte - de uma realidade, de uma perspectiva -, visto que, se está longe, bem distante de ser um filme ou história ruim, também não é lá essas coisas.
É ali essas coisas.
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