Viver sem planos é curioso. Todo dia é uma aposta no escuro, uma carta pra virar. Cê nunca sabe qual é o limite. E tá sempre jogando pra não estourar.
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Reveillon Roleta Russa - em BH, em sítio, em clube, em festa com um chapa, em festa com uma chapa?
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Bateu saudade do Serro. Embora a cidade, que um dia aos sete anos me acolheu, que um dia à minha infância pertenceu , que um dia de lar eu chamei, agora olha dentro dos meus olhos e não me reconhece.
Somos, como amantes que se reencontram, estranhos novamente. Sou, de novo, forasteiro.
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De repente me dei conta: que cidade na vida a gente pode chamar de casa? Se sentir em casa? Nenhuma mais, talvez.
3 comentários:
O grande filósofo carioca/mineiro Valmir Falcão ensina que nossos sonhos, pequenos que sejam, são o mote da existência; projetam-nos para a frente, para o amanhã. Diz Falcão, do alto de seus quase 73 anos, que os sonhos o mantêm de pé.
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Reveillon, modesto embora, também se passa em Itaúna
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Estive no Serro, no Natal. Por volta de 21:30, olhava para os lados do morro do Cruzeiro e ouvia o silêncio do noturno serrano. Parecia pequeno presépio, de especial encantamento. Quem nasceu em Teófilo Ottoni tem ligações históricas com o berço de seu fundador. Sinta-se filho e, tal qual mãe amantíssima, seus braços estarão sempre abertos para recebê-lo.
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Gozado: será o sangue espanhol que corre nas veias da gente e nos dá alma de ciganos errantes? Drummond diria que principalmente nasci em Juerana, mas cadê a ligação afetiva? Certas horas dá inveja daqueles que nascem, crescem, vivem suas vidas (pequenas/grandes?)no mesmo chão e por ali viram semente. Acho que foi o "Poeta das Pombas" quem escreveu:
' como ave que volta ao ninho antigo,
depois de um longo e tenebroso inverno,
eu quis também rever o lar paterno,
o meu primeiro e virginal abrigo'...
Se é o sangue espanhol que nos dá alma de ciganos, direi: é provável. Mas que o sangue espanhol, galego, belga, negro, índio e Deus mais sabe o quê conjuram em meu escarlate o espírito de um vira-lata, isso você pode estar certo.
Enfim, o que eu queria dizer mesmo é que no boemiosnodivã sempre há lugar para quem sonha.
Seja bem-vindo, pai.
Eu nasci em Portugal, passei a infância em Moçambique, vivi a maior parte da vida no Brasil.
Meu lar é onde estão meus sapatos.
bjo
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