quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ação e reação

Eram três riscos paralelos por toda a lateral; de nascente no bagageiro, serpenteando pelas portas, até a foz sobre o capô - como se o próprio Wolverine tivesse alguma coisa muito pessoal contra os Clios hatch pretos.

Cara, tem sujeito muito, muito espírito de porco.

* * *

Se você flagrasse alguém deliberadamente depredando seu veículo, o que imagina que faria?

Dependendo do tamanho do animal, daria um pau? Se fosse um moleque, uns bons tabefes?

A violência seria admissível? Pouco sensata, porém lícita? Nada que consertasse os danos provocados ao bem, mas, no calor dos acontecimentos, infligir um pouco de dor ao responsável daria uma sensação de reconforto?

Se, num caso desses, fosse possível antecipar que os punhos seriam as únicas armas empregadas, acho que os fins justificariam os meios e valeria correr o risco: bora partir pro bacubufo no caterefofo pra tirar a história a limpo.

Mas, como se sabe, não existe código de ética nas ruas.

C.Q.D.


PS. Caralho, foi o carro inteiro.

2 comentários:

MegMarques disse...

Ai amore,
minha ziquizira azarenta pegou vc...

Anônimo disse...

Rubão,
é de lascar. A palavra mais forte que conheço para descrever o sentimento de flagrar alguém fazendo isso no carro da gente é: "possesso". Tenho medo de explodir de raiva; o único desbafo que conheço é partir pra cima do f.d.p.(com todas as consequencias que possam advir).
A.None Moh