sábado, 28 de julho de 2012

Vulto

Shakes era malandro. Em muitos sentidos. 

Ainda mais combinando "som" e "fúria". Esses vocábulos, que tanto fascinaram e a tantos, me intrigam também - embora não saiba exatamente por quê.

A vida é só um vulto, um pobre ator, que se pavoneia e choraminga num momento, sobre o palco, e depois não é mais ouvido. É uma fábula, contada por um idiota, cheia de som e de fúria, significando nada“.

Esse é o ponto. Toda vez que alguém diz "significa nada", cuidado.  


Significa tudo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns , muitas felicidades, muitos anos de vida... tudo de bom e do melhor. Não consegui falar com o meu genro preferido mas não esqueci o seu dia.gd abraço

Anônimo disse...

Eu me lembro! Eu me lembro! Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia
E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
A branca espura para o céu sereno.

E eu disse à minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver de maior que o oceano
Ou que seja mais forte do que o vento?"

Minha mãe, a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: - "Um ser que nós não vemos,
É maior que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus."

"Deus" (Casimiro de Abreu)

Toda vez que vejo, juntos, SOM e FÚRIA, voltam-me à lembrança os versos acima. Experimente estar frente ao mar, em dia de arrebentação no litoral: é a Natureza, em sua manifestação mais pura.
A.None Moh

P.S. - mais uma vez, a jaqueta ficou prá trás. Desta vez, com o filme Retratos da Vida.

Rubão disse...

Sogrinha - imagino que sejas tu - obrigado pela consideração e carinho. Não carecia.

Referência bacana, A. None. E o Casimiro, quem diria, era um bom romântico - eu não o sabia!